sábado, 15 de outubro de 2011

HARVEY SPENCER LEWIS (2ª PARTE)



A Iniciação
Algumas horas após ser julgado digno de se encontrar com o Grande Mestre da Ordem Rosacruz, Spencer Lewis tomou um táxi par ir ao endereço indicado pelo arquivista. Afastando-se de Toulouse, o motorista seguiu uma rota que margeava um rio, passando pela velha cidade de Tolos para chegar ao final da viagem chegando diante de um edifício de pedra cercado de muros altos situado numa colina. Foi nesse castelo que ele foi iniciado na Ordem Rosacruz. Em sua autobiografia Lewis informa que foi recebido pelo conde Raynaud E. de Bellcastle-Ligne, um homem de setenta e oito anos que lá vivia com a filha viúva. Falando em inglês perfeito conduziu o futuro iniciado para um salão afmi de interrogá-lo sobre as pesquisas psíquicas que ele havia dirigido na América e se mostrou interessado nas experiências místicas vivenciadas pelo visitante.
Após a entrevista Spence Lewis foi informado que naquele dia seria iniciado, ma antes teria que passar pelo “Terror do Umbral”. Seguindo o conde até o primeiro andar do castelo, foi lhe mostrado as ruínas de uma antiga Loja Rosacruz. Aquele Templo estava sem uso a mais de sessenta anos, aina que até 1890 ele tivesse sido visitado pó alguns franco-maçons.
A visita prosseguiu até o momento em que o conde parou diante de uma porta de ferro e anunciou ao visitante que ele deveria cruzar sucessivamente três câmaras, “somente com Deus e o seu Mestre”. Obedecndo a orientaçaõ Harvey Spencer Lewis entrou na primeira das três câmaras, mais precisamente a anticâmara. Na seguinte, um local escuro onde ele sentiu a “a prova do Umbral”. Tendo nessa câmara uma experiência mística durante a qual sentiu novamente a presença do Ser invisível que já se manifestara a ele no ano anterior. Finalmente, chegou a terceira câmara, onde o conde o esperava, explicando que aquela peça não tinha mais todos os ornamentos e acessórios de que em outros tempos dispunha e, por isso, ele tinha de adaptar a cerimônia de sua iniciação. Ele o concluiu a diferentes pontos da câmara e lhe transmitiu o sentido secreto daquele ritual. A partir daquele momento o velho mestre, o levou a um pequeno salão. Após ter ouvido a orientação para que descansasse, pois deveria ficar naquele lugar durante algumas horas antes de encontrar outras pessoas.  Harvey Spencer Lewis deitou em um sofá a fim de tirar um cochilo. Ao acordar percebeu que dormiu por três horas. Nesse tempo viveu em sonho a mesma cerimônia que acabara de vivenciar. Porém que o conduzia não era o conde e sim o mestre cuja presença ele percebera na segunda câmara. Um pouco mais tarde o conde, o apresentou a três homens de idade avançada cujo os pais e eles próprios haviam sido membros da Rosa-Cruz. Após uma entrevista com eles, Spencer Lewis foi novamente conduzido a antiga Loja, onde o conde lhe passou uma cruz ornada com uma rosa, que pendurou em seu pescoço. Comunicou-lhe então que ele estava agora incumbindo de instaurar a Ordem na América.
Após essa comunicação um dos membros presente autorizou Harvey Spencer Lewis a consultar um registro em que constavam os princípios e as principais Leis da Ordem. Permitiu também copiar os símbolos e os diagramas das diversas cerimônias rosacruzes. De uma mala colocada no centro da sala o conde retirou tábuas simbólicas, uma toalha de altar e vários documentos de arquivos, para que o novo iniciado pudesse anotar os símbolos próprios dos diferentes graus da Ordem. Foram-lhe em seguida comunicadas as informações necessárias para se implantar o rosacrucianismo na América.
Quem dirigia então a reunião não era o conde e sim um personagem chamado Lasalle, que atuou como mestre de cerimônia. Embora a ortografia do seu nome seja ligeiramente diferente, será que se trata de Clovis Lassalle, o fotógrafo que o co-fundador da AMORC encontrou naquela manha mesmo, na sala do Ilustres? Fica-se tentado a crer que não, visto que Harvey Spencer Lewis apresenta o mestre de cerimônia como o autor de numerosos documentos históricos, ao passo que não se conhece nenhum texto escrito pelo fotógrafo de Toulouse.  É, entretanto possível que essa indicação faça alusão aos inúmeros trabalhos fotográficos realizados pó Clovis Lassalle relativos a arqueologia e pré-história. Seja com for, o mestre de cerimônia informou Harvey Spencer Lewis de que ele estava então de posse e todas as instruções necessárias, mas que teria de vivenciar outras experiências interiores. Pediu-lhe a final que não abrisse a Loja na América antes de 1915.
No dia seguinte ao da sua recepção na Ordem da Rosa-Cruz, 13 de agosto de 1909, Harvey Spencer Lewis escreveu à sua esposa Mollie informando sobre o acontecido.
Alguns dias mais tarde, em 26 de agosto, quando ele estava de volta em Paris, Harvey Spencer Lewis recebeu um carta de Clovis Lassalle. Na segunda-feira seguinte, Aaron Lewis e seu filho seguiram a caminho de volta. Após um para da em Londres, onde visitaram o Museu Britânico, embarcaram na quarta-feira, 1º de setembro, a bordo do White Star, rumo à Nova York.

Fonte: Livro -  Harvey Spencer Lewis - Um mestre da Rosacruz 

Um comentário:

JoséMaurício Guimarães disse...

Renato, parabéns pelos excelentes posts sobre Harvey Spencer Lewis.

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