segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O VERDADEIRO ESTUDANTE DE MISTICISMO



Um verdadeiro estudante de misticismo é todo o homem e toda a mulher que decidiu reinvindicar sua filiação espiritual como filho e filha do Criador e passou a encarar a vida como uma sucessão de acontecimentos em prol da sua evolução. Percebeu que é um ser espiritual tendo experiências humanas e não um ser humano que de vez em quando tem experiências espirituais.
Para ser um verdadeiro estudante de misticismo você precisa ser uma pessoa de coragem. Coragem para saber que a vida nunca vai ser explicada em apenas algumas linhas ou mesmo num grande tratado, porque a vida é para ser vivida e não explicada. Talvez seja esse o tão procurado sentido da vida; VIVER, e aprender a crescer.
Um verdadeiro estudante de misticismo tem sede de informação e usa da meditação para colocar em prática, no dia a dia, aquilo que aprendeu em suas pesquisas, leituras e práticas ritualísticas. Práticas ritualísticas sim! Acendemos nossos incensos, nossas velas, fazemos preces de abertura e de encerramento, emitimos pensamentos positivos para toda a humanidade, entramos em comunhão com o Cósmico, pedimos pelos que sofrem, pelos doentes, pelos que estão nas prisões, nos asilos e ainda temos que tolerar o olhar severo daqueles que não nos compreendem.
Como vocês podem ver, ser um verdadeiro estudante de misticismo é pra quem topa qualquer parada, não pra que para em qualquer topada.
Mas no final, quando nos apresentarmos novamente ao Criador (torço muito por isso), nos aproximemos dele de cabeça erguida, felicidade estampada nos olhos e coração cheio de entusiasmo. Que Ele possa ver mesmo sem necessidade, tudo que fizemos, aprendemos, crescemos, e com os olhos cheios de lágrimas possamos dizer; muito obrigado, dignifiquei minha vida, auxiliei meu próximo para a glória do Teu nome, e amei a humanidade com todas as minhas forças.
Que assim seja!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

UM MOTIVO PARA SER MAÇOM




Hoje apresento-lhes o outro lado da moeda

Único - Desejo de aperfeiçoamento

Só existe uma motivação válida para se pretender ser admitido maçom: o desejo de se aperfeiçoar pessoal, ética e espiritualmente.

Quem, sendo homem crente, livre e de bons costumes, tiver este desígnio e estiver disposto a utilizar o método maçônico na busca do transcendente, é bem-vindo!
Esse pode estar ciente de que nada lhe é ensinado, mas tudo pode aprender.

Esse pode confiar que nada lhe é imposto, mas que de bom grado aceitará as regras de conduta que encontrará.

Esse pode e deve estar preparado para um longo, e difícil, e trabalhoso, percurso, mas verificará que nunca fará sua jornada só, antes e sempre acompanhado por seus Irmãos.

Esse pode ficar certo que começou o seu trabalho no momento em que foi iniciado e que só o terminará no momento da sua passagem ao Oriente Eterno.

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, tornar-se-á melhor, portar-se-á melhor, atuará melhor, em todos os aspectos da sua vida e será assim e só assim, por virtude, da sua melhoria, que será respeitado e poderá aspirar a influenciar os demais, quiçá na Política, porventura nos negócios, seguramente nas relações sociais, mas sobretudo nos corações de quem com ele privar.

Esse será solidário e benemerente, porque assim a sua condição de maçom, de homem justo e íntegro e interessado o levará a ser, com a naturalidade de quem respira e a discrição de quem dorme.

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, poderá aspirar a Conhecer, a conhecer o que ninguém lhe pode transmitir, a conhecer o que só ele pode intuir, a entrever o Divino, a espreitar o Sentido da Vida e da Criação. E, se o conseguir, vai entender que não conseguirá por palavras transmitir esse conhecimento a mais ninguém, apenas ajudar seus Irmãos a fazerem seus percursos para poderem aspirar a intuir, a entrever, a espreitar. E então perceberá que esse é o célebre segredo e o é devido à incapacidade humana de conseguir que deixe de o ser.

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, terá um lampejo de compreensão do significado da Vida e da Morte e não temerá esta e assim verdadeiramente cumprirá o que Camões cantou e será um d' "aqueles que por obras valorosas /se vão da lei da Morte libertando".

Esse, se fizer bem e persistentemente o seu trabalho, será, ainda que nunca nada mais sendo do que simples obreiro numa simples Loja, um verdadeiro Grão-Mestre, de si próprio, da sua consciência, de seu percurso iniciático.

Esse, ainda que nunca o tenha visto nem sentido, já usa o avental; os maçons limitar-se-ão a ajustar à sua cintura a peça visível.

Esse será o Aprendiz que eu, Mestre eternamente Aprendiz, jubilosamente ajudarei a evoluir e a tornar-se Mestre, certo que ele próprio também me ajudará a mim, Aprendiz em veste de Mestre, a dar mais um pequeno passo no meu sempre inacabado percurso.

Esse não terá a honra de ser admitido maçom; esse honrará os maçons ao consentir em se juntar a eles.


- Texto de Rui Bandeira (11.04.07)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cinco motivos para NÃO SER Maçom


Meu principal objetivo quando decidi criar este blog foi o de desmistificar o misticismo tendo em vista o alto nível de desinformação, preconceito e informações erradas sobre esse assunto tão vasto, significativo e importante para todos os que decidiram pautar sua vida sob os preceitos místicos.
Encontrei esse artigo sobre a maçonaria e acredito que o autor tem o mesmo objetivo em relação a Maçonaria quanto o meu sobre o misticismo. Decidi postá-lo para os seguidores e leitores se informarem melhor sobre o assunto.
  





1. Influência política - Poder

Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria - pelo menos a maçonaria Regular; e, mesmo quanto à Maçonaria Liberal, acho que são mais as vozes do que as nozes... - não tem mais influência junto do Poder Político do que qualquer outra instituição social. A única influência que a Maçonaria pode exercer é apenas de ordem moral, pelo exemplo dos seus membros através da aplicação dos seus princípios. Engana-se quem pensa que,  ao juntar-se à Maçonaria, terá acesso aos corredores do Poder...
Aliás, uma das coisas de que o maçom rapidamente se dá conta, dentro da Ordem, é que é muito mais abrangente a ilusão do Poder, do que este propriamente dito. Ao menos em ambiente democrático, cada um exerce apenas o Poder que os demais lhe reconhecem e admitam que exerçam.
Em Loja, o detentor do Poder, o condutor, o decisor, o que detém os símbolos do Poder é o Venerável Mestre. Pois bem: como todos os que já se sentaram na Cadeira de Salomão rapidamente verificaram, a função de Venerável Mestre é aquela em que, afinal, não se tem mais direitos do que o mais recente Aprendiz e se tem mais deveres do que os restantes Mestres.
Portanto, quem busca o perfume do Poder, procure-o noutro lado, não na Maçonaria. Aqui apenas aprenderá o cumprimento dos seus deveres.


2. Influência econômica - negócios e dinheiro


Quem pensar que a entrada na Maçonaria é uma porta aberta para obter contactos e negócios e o propiciar de condições para "subir na vida", pense outra vez, e pense melhor! Se for este o motivo que o faz desejar entrar na Maçonaria, poupe-se ao trabalho e às despesas. Dentro da Maçonaria fará os mesmos negócios que faria fora dela. O que todos lhe pedirão na maçonaria é que dê algo de si em prol dos outros. Dos demais receberá o que efetivamente necessite e os demais lhe possam dar, não o que deseje ou egoisticamente pense que lhe convenha. Os negócios da Maçonaria são de índole moral e espiritual. Quem deseje entrar no Templo tem que deixar os seus metais à porta deste.


3. Influência social - honrarias e reconhecimento


Na Maçonaria usam-se aventais e colares e jóias, é verdade. Mas o maçom considera tudo isso como meros penduricalhos. A única diferença entre o mais rico, bonito, bordado e colorido avental de Grande Oficial ou de Altos Graus e o simples avental branco de Aprendiz é que quem usa aquele pagou bem mais caro por ele do que o que usa este. Aliás, de todos os aventais que um maçom possa possuir, aquele que para ele tem significado é precisamente o primeiro, o mais simples, o avental branco de aprendiz. Esse é o que qualquer maçom, qualquer que seja o seu grau ou qualidade, pode sempre usar e simbolicamente deve sempre usar. Esse é o adorno que o maçom deve cuidar de manter sempre alvo e puro e, portanto, nunca conspurcado por ações censuráveis ou indignas.
O maçom gosta de usar a jóia de sua Loja, não porque seja bela ou valiosa, mas apenas e tão só porque é um dos símbolos de sua Loja e o seu uso demonstra a todos os seus Irmãos e o grupo fraterno que se entrega
O maçom usa colar quando exerce uma função, não porque lhe fique bem, mas apenas e tão só como distintivo de que a está exercendo. Em bom rigor não é o maçom que usa o colar; é o colar de função que usa o maçom...
Nem na sociedade profana o estatuto de maçom atribui qualquer privilégio que não o reconhecimento das eventuais qualidades de quem o seja, nem no interior da Maçonaria o estatuto social, profissional, acadêmico ou de fortuna diferencia um maçom de outro; o mais jovem aprendiz só tem uma maneira de se dirigir ao Muito Respeitável Grão-Mestre (apesar de formalmente lhe dar este tratamento): "meu Irmão"! E é esse mesmo o tratamento que recebe do Grão-Mestre.
Assim, aquele que porventura sonhe ser a maçonaria um local ideal para obter ou reforçar reconhecimento social, não se engane a ele, nem engane os maçons: abstenha-se de pretender ser maçom!


4. Beneficência - ajuda ao próximo

O bem intencionado que porventura procure na Maçonaria o instrumento para dar largas ao seu anseio de ajudar o próximo, de ser beneficente, se é essa a principal razão que o move, se é isso que vê na Maçonaria, também está enganado.
Não que a Solidariedade e a Beneficência não sejam prosseguidas pela Maçonaria. Claro que o são. Mas não é essa a razão de existir da Maçonaria. Não é por causa da Solidariedade e da Beneficência que a Maçonaria existe. A Solidariedade e a Beneficência são simples conseqüências de se ser maçom.
Em linguagem de "economês", por muito praticadas que sejam, a Solidariedade e a Beneficência não fazem, no entanto, parte do "core business" (essência) da Maçonaria.
Em linguagem de "industrialês", por muito importantes que sejam, a Solidariedade e a Beneficência são simples subprodutos da Maçonaria.
Portanto, se são a Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem intencionado, e nada mais, e não essencialmente algo mais, então o melhor que o bem intencionado tem a fazer é dar largas ao seu anseio através de outras organizações especialmente vocacionadas para isso. A Ajuda de Berço é uma boa opção. A Cruz Vermelha, também. Os Bombeiros, idem. O Banco Alimentar contra a Fome, a mesma coisa. E muitas mais organizações há que têm na Solidariedade e na beneficência a sua razão de ser. E , mesmo sem se juntar a qualquer organização, certamente na sua rua ou na sua localidade encontrará alguém que necessita da sua ajuda. Dê-lha!

5. Curiosidade - conhecer o "segredo maçônico"


Se é a curiosidade que o faz desejar ser maçom, não se iluda: naquilo que ela pode ser satisfeita, não precisa de ser maçom para o saber.
Quer conhecer as palavras de reconhecimento mútuo dos maçons? Por quem é, não seja por isso, arme-se de um pouco de paciência, leia uns livros, encontre umas obras onde estão transcritos rituais antigos e faça favor! Nunca ouviu dizer que os maçons preservam a Tradição? Então, basta tirar a conseqüência: o que se fazia antigamente continua válido agora... Mas, o quê? Ser maçom só para tomar conhecimento dessas palavras sem ter de ter o trabalho de procurar? Meu caro, a Preguiça é um Pecado Mortal... Se é só por isso que quer ser maçom, os maçons não querem preguiçosos no seu seio... E - acredite em mim! -, garanto-lhe que vai ter muito mais trabalho e demorar muito mais tempo para tomar conhecimento dessas palavras, grau por grau, do que se ler nos livros certos. Está tudo publicado!
Quer conhecer os sinais secretos dos maçons? Mau caro, o You Tube preenche-lhe o anseio! Siga este atalho e ei-los, não ao vivo e a cores, mas em filme e a preto e branco! Não lhe garanto que tudo o que vir esteja certo, mas posso afirmar-lhe que algo do que vir o está...
Portanto, caro curioso, se é a curiosidade que o move a ser maçom, esqueça! Tem outros meios de a satisfazer!
E, afinal, se o que pretende é apenas conhecer como pensam, o que fazem, de que tratam, os maçons, nem sequer precisa de se incomodar muito: basta-lhe ir lendo o A Partir Pedra...


In Blog "A Partir Pedra" - texto de Rui Bandeira (10.04.07)

domingo, 2 de janeiro de 2011

SOBRE A NECESSIDADE DAS RELIGIÕES E ORDENS INICIÁTICAS



Foi com muita alegria que completei no último dia 23, o primeiro mês (espero que de muitos) o meu ingresso a blogsfera com a criação do blog Por Entre os Pilares. Nestes 30 dias foram contabilizados pouco mais de 300 acessos, 3 comentários e alguns emails me parabenizando pela iniciativa. Hoje peço licença a vocês leitores e seguidores pela informalidade do texto para esclarecer um ponto ainda obscuro para alguns. Constantemente sou questionado sobre a utilidade de fazer parte de uma Ordem Iniciática (já me perguntaram até se isso dá dinheiro!). Pergunta feita muitas vezes por religiosos fanáticos, religiosos desinformados e algumas poucas vezes por ex-membros de Ordens Iniciáticas (os que não aprenderam nada). Muito bem! Expliquei o conceito de Misticismo e suas características nas postagens anteriores e acredito que foram bem entendidos. A pergunta é; por quê ingressar em uma Ordem Iniciática se Jesus disse que é o Caminho, a Verdade e a Vida? Tem também, não é melhor estudar somente os Evangelhos? Sem querer polemizar, mas tendo certeza que o farei acredito que se todos nós tivéssemos capacidade suficiente para entender e vivenciar os mandamentos do Cristo, a Bíblia Sagrada seria reduzida a um só mandamento “Amai o teu próximo como a ti mesmo”. Porque se nos amassemos, amaríamos e respeitaríamos o próximo como a nós mesmos, não julgaríamos o próximo como julgamos a nós mesmos, perdoaríamos a quem nos tem ofendido se perdoássemos a nós mesmos, não mataríamos o próximo como matamos a nós mesmos (nos matamos diariamente quando desistimos dos nossos sonhos, desistimos de ser nós mesmos para agradar o namorado(a), marido/esposa ou qualquer outra pessoa que se nos amasse nos aceitaria do jeito que somos).
Por tanto meus caros, temos que entender que somente o amor pelo Pai e por nós mesmos poderá retirar o véu simbólico da ignorância. Isto feito conheceremos a verdade que nos liberta, não só na teoria mas também na prática. Não necessitaremos dessa diversidade de religiões, ordens iniciática e afins. Nesse dia, haverá somente A Religião, com o objetivo pelo qual foram criadas todas as religiões, religar (reintegrar) o homem ao Deus do seu coração. Será um novo tempo em que não precisaremos mais de caminhos para chegar ao Pai porque as orientações do Deus do nosso coração será o caminho, a verdade e a vida.
Mas enquanto estivermos vazios de Ágape, o amor puro e verdadeiro, continuemos todos com as nossas religiões, parafernálias mágicas como querem alguns e as Ordens Iniciáticas.
Comentários!!!
Que a divina Sophia nos ilumine sempre.
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