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.´. Fabiano Camargo Gonçalves
Meus
IIr .´., escrever sobre o misticismo maçônico realmente não é uma tarefa fácil
depois então de solicitar ajuda para alguns IIr.´. e pesquisar em alguns livros
por indicações.
Misticamente
sobre a maçonaria tem se muito a dizer. Podemos, em alguns casos, reunir alguns
elementos como misticismo, esoterismo, alquimia, cabala, astrologia e
numerologia, que de alguma forma se correlacionam com a maçonaria.
As
influências místicas sobre a escalada iniciática da maçonaria, de maneira
geral, vêem das antigas civilizações e dos agrupamentos medievais. Entre as
antigas civilizações, encontra-se a da Grécia Arcaica, com os chamados
Mistérios de Eleusis (representada com espigas de trigo nos braços) e o
Pitagorismo.
A
iniciação maçônica, como, geralmente, ocorre na maioria das ordens iniciáticas,
desde a antiguidade, representa a morte física do iniciado e o seu renascimento
em um plano superior. Assim no Grau de Companheiro Maçom, que o símbolo é uma
espiga de trigo, que, além de representar fartura, conseqüência do trabalho,
simboliza, também, a renovação sempre constante da vida (morte e ressurreição)
A
Estrela de Cinco Pontas citada por mim em meu trabalho de Companheiro Maçom
“Letra G”, ou Estrela Pentagonal, ou Pentagrama, ou Estrela Hominal é um dos
diversos símbolos da magia e sempre surge nos ritos de varias correntes
místicas, tanto as dedicadas à magia branca (Teurgia), quanto à magia negra
(Goecia).
Para
todos os ocultistas, todos os mistérios da magia e da alquimia mística, todos
os símbolos da gnose e todas as chaves cabalísticas da profecia resumem-se no
Pentagrama.
Quem
deu, ao Pentagrama o nome de Estrela Flamejante, foi o teólogo, alquimista e
medico Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, natural de Kholn (Colônia), onde
nasceu no final do séc. XV, o qual era dedicado a magia, alquimia e a filosofia
cabalística.
O
significado da Letra G, que é inscrita no centro da estrela pentagonal tem sido
para os maçons, objeto de ampla especulação e de teoria mística absolutamente
arredada da realidade, descrito também no trabalho sobre a Letra G.
Assim
deve entender, também, o Companheiro Maçom, sabendo, entretanto, que a alquimia
mística pode ser aceite, também, como a transmutação espiritual põem que deve
passar todo iniciado, mas não como a fantasia engendrada por alguns alquimistas
místicos e considerada segredo para melhor poder negociada.
A
Cabala, ou, mais propriamente Cabalá, significa tradição e é a essência do
misticismo hebraico. Como doutrina mística e metafísica, e muito antiga,
conforme encontra - se no Torá. O traço da filosofia transcendental, que
evoluiria, através dos tempos, vem sofrendo, constantemente, influencias de
outras culturas.
Os
temas místicos do judaísmo e fonte do pensamento cabalístico são:
O
Apocalipse, a visão de Merkabá, a Halaká, a Hagadá, e as Alegorias.
O
Sepher ha Zoar (livro do esplendor) é o principal texto cabalístico, o Zoar é,
na realidade, um romance místico - filosófico, desenrolado na Terra Santa, que
é, vista como um belo e tranqüilo campo semeado de figueiras, vinhas e pés de
romã, muito propicio para à meditação, ao recolhimento e a elevação
espiritual., em suma o Zoar mostra o infinito incognoscível de Deus.
Embora
a astrologia seja muito antiga, remontada á época dos sumerianos, (Sul da
Mesopotâmia) a partir do V Milênio A.C., foi somente na idade media que ela
cresceu de importância. O primeiro livro astrológico escrito por Claudius
Ptolomeu (Séc II era atual), em Alexandria, houve depois da morte de Ptolomeu
uma grande queda.
Nessa época obscura de grande
queda surgiram os árabes conquistadores, motivados pela força de sua religião o
Islã, habilidosos nos terrenos da medicina, da alquimia e da astronomia,
desenvolveram extensos estudos astronômicos, que mostraram acentuada orientação
astrológica Abu Maachar ou Abumansur, foi o maior astrólogo árabe.
Falar
de astrologia e não falar de sua física universal seria uma falta muito grave.
O zodíaco ou zodiacum ou as constelações celestes com seus determinados signos
zodiacais ocupam um segmento de 30 graus do circulo completo, que tem 360
graus.
O
zodíaco divide-se dessa maneira, em doze constelações, que são percorridas pelo
sol uma vez por ano: Áries (ou Carneiro), Touro, Gêmeos, Câncer (ou
Caranguejo), Leão, Virgem, Libra (ou Balança), Escorpião, Sagitário (ou
Arqueiro), Capricórnio e Peixes.
Com
a numerologia dos hebreus que consideravam certos números como sagrados e
outros nefastos. Para os números fundamentais existem grandes cargas de
atributos místicos.
Zero
– é o símbolo da eternidade ou símbolo da morte, representado pelo circulo,
simboliza o infinito, o universo, o todo.
Um
- símbolo de Deus, número sagrado, inicio ativo, o pai dos números, simboliza o
sol, que foi o primeiro dos deuses da humanidade.
Dois
– número nefasto representa a dualidade, o ser e o não ser, representa também a
dualidade positiva – negativa de tudo que existe.
Três
– representado graficamente pelo triangulo, é o símbolo de síntese espiritual e
a formula para a criação de cada ser humano, numero perfeito de grande
significado místico um numero sagrado.
Quatro
– representa o cubo ou quadrado perfeito, um numero cósmico, já que quatro são
os elementos tradicionais – ar, água, terra e fogo.
Cinco
– o numero do homem, cuja a representação mística e gráfica é a estrela de
cinco pontas, a estrela hominal, já que se refere aos cinco aspectos do ser
humano – físico, emocional, mental, anímico e consciente, a idéia central que o
cerca é a do quinto elemento que seria a quintessência dos alquimistas.
Seis
– o numero do equilíbrio, da união entre espírito e matéria, é representado
misticamente por dois triângulos eqüiláteros – o positivo, do fogo e o
negativo, da água, os quais formam a estrela de seis pontas ou a conhecida
estrela de David.
Sete
– e um numero sagrado para todos os povos da antiguidade, que lhe atribuíram
grande valor astrológico, místico e mágico, pois sete são as notas musicais,
sete as cores do arco íris e a expressão “sete vezes sete”, etc.
Oito
– é o símbolo do logos, ou poder criativo universal, graças a sua forma,
representa o perene movimento em espiral dos céus, e também simboliza o
equilíbrio dinâmico entre as duas forças opostas (masculino e feminino)
Nove
– encerra a serie numérica, antes do retorno da unidade, e o numero simbólico
da humanidade, nove meses levam o homem a nascer, é o numero do adão.
No
Grau de Companheiro há dois números que ligam especificadamente o grau.
Dois
– é o numero místico do Grau de Companheiro Maçom, onde interessa a dualidade
do ser e do não ser, a dualidade em posição ao monismo que se aplica a todo
sistema filosófico.
Cinco
– representa pela estrela hominal ou pentagonal dos pitagóricos, e simbolizando
os cinco aspectos do ser humano, é numero ligado, fisicamente ao grau de
companheiro maçom, cinco passos, cinco toques, cinco luzes, idade simbólica,
embora que possamos notar uma certa influencia da numerologia pitagórica, a que
prevalece é a hebraica.
Conclusão
O
misticismo nada tem de "misterioso". Tudo, absolutamente tudo é
natural. O sobrenatural existe? Nada pode estar sobre a natureza!
O que se posso abordar em meu trabalho são as antigas
ciências ocultas, dando os significados esotéricos como nas iniciações e suas
correlações com a natureza.
Sem
dúvida é um tema abrangente e como tal com minhas palavras tentei responder em
minha peça e arquitetura. Ninguém, absolutamente ninguém poderá me ajudar, pois
coube a eu desenvolver e explicar o misticismo, ou seja, é um tema muito
particular. A única via é a da pesquisa, coisa que, feita por mim tem um
sentido e para outra pessoa tem outra explanação.
Esta
é a gnoses cárdia, o conhecimento verdadeiro, aquele que brota espontaneamente.
Não
existe na maçonaria um misticismo como se abrange, por exemplo, na Rosa Cruz e
no Ilusionismo.