sexta-feira, 25 de abril de 2014

MISTICISMO NA MAÇONARIA



Ir .´. Fabiano Camargo Gonçalves

Meus IIr .´., escrever sobre o misticismo maçônico realmente não é uma tarefa fácil depois então de solicitar ajuda para alguns IIr.´. e pesquisar em alguns livros por indicações.
Misticamente sobre a maçonaria tem se muito a dizer. Podemos, em alguns casos, reunir alguns elementos como misticismo, esoterismo, alquimia, cabala, astrologia e numerologia, que de alguma forma se correlacionam com a maçonaria.
As influências místicas sobre a escalada iniciática da maçonaria, de maneira geral, vêem das antigas civilizações e dos agrupamentos medievais. Entre as antigas civilizações, encontra-se a da Grécia Arcaica, com os chamados Mistérios de Eleusis (representada com espigas de trigo nos braços) e o Pitagorismo.
A iniciação maçônica, como, geralmente, ocorre na maioria das ordens iniciáticas, desde a antiguidade, representa a morte física do iniciado e o seu renascimento em um plano superior. Assim no Grau de Companheiro Maçom, que o símbolo é uma espiga de trigo, que, além de representar fartura, conseqüência do trabalho, simboliza, também, a renovação sempre constante da vida (morte e ressurreição)
A Estrela de Cinco Pontas citada por mim em meu trabalho de Companheiro Maçom “Letra G”, ou Estrela Pentagonal, ou Pentagrama, ou Estrela Hominal é um dos diversos símbolos da magia e sempre surge nos ritos de varias correntes místicas, tanto as dedicadas à magia branca (Teurgia), quanto à magia negra (Goecia).
Para todos os ocultistas, todos os mistérios da magia e da alquimia mística, todos os símbolos da gnose e todas as chaves cabalísticas da profecia resumem-se no Pentagrama.
Quem deu, ao Pentagrama o nome de Estrela Flamejante, foi o teólogo, alquimista e medico Enrique Cornélio Agrippa de Neteshein, natural de Kholn (Colônia), onde nasceu no final do séc. XV, o qual era dedicado a magia, alquimia e a filosofia cabalística.
O significado da Letra G, que é inscrita no centro da estrela pentagonal tem sido para os maçons, objeto de ampla especulação e de teoria mística absolutamente arredada da realidade, descrito também no trabalho sobre a Letra G.
Assim deve entender, também, o Companheiro Maçom, sabendo, entretanto, que a alquimia mística pode ser aceite, também, como a transmutação espiritual põem que deve passar todo iniciado, mas não como a fantasia engendrada por alguns alquimistas místicos e considerada segredo para melhor poder negociada.
A Cabala, ou, mais propriamente Cabalá, significa tradição e é a essência do misticismo hebraico. Como doutrina mística e metafísica, e muito antiga, conforme encontra - se no Torá. O traço da filosofia transcendental, que evoluiria, através dos tempos, vem sofrendo, constantemente, influencias de outras culturas.
Os temas místicos do judaísmo e fonte do pensamento cabalístico são:
O Apocalipse, a visão de Merkabá, a Halaká, a Hagadá, e as Alegorias.
O Sepher ha Zoar (livro do esplendor) é o principal texto cabalístico, o Zoar é, na realidade, um romance místico - filosófico, desenrolado na Terra Santa, que é, vista como um belo e tranqüilo campo semeado de figueiras, vinhas e pés de romã, muito propicio para à meditação, ao recolhimento e a elevação espiritual., em suma o Zoar mostra o infinito incognoscível de Deus.
Embora a astrologia seja muito antiga, remontada á época dos sumerianos, (Sul da Mesopotâmia) a partir do V Milênio A.C., foi somente na idade media que ela cresceu de importância. O primeiro livro astrológico escrito por Claudius Ptolomeu (Séc II era atual), em Alexandria, houve depois da morte de Ptolomeu uma grande queda.
Nessa época obscura de grande queda surgiram os árabes conquistadores, motivados pela força de sua religião o Islã, habilidosos nos terrenos da medicina, da alquimia e da astronomia, desenvolveram extensos estudos astronômicos, que mostraram acentuada orientação astrológica Abu Maachar ou Abumansur, foi o maior astrólogo árabe.
Falar de astrologia e não falar de sua física universal seria uma falta muito grave. O zodíaco ou zodiacum ou as constelações celestes com seus determinados signos zodiacais ocupam um segmento de 30 graus do circulo completo, que tem 360 graus.
O zodíaco divide-se dessa maneira, em doze constelações, que são percorridas pelo sol uma vez por ano: Áries (ou Carneiro), Touro, Gêmeos, Câncer (ou Caranguejo), Leão, Virgem, Libra (ou Balança), Escorpião, Sagitário (ou Arqueiro), Capricórnio e Peixes.
Com a numerologia dos hebreus que consideravam certos números como sagrados e outros nefastos. Para os números fundamentais existem grandes cargas de atributos místicos.
Zero – é o símbolo da eternidade ou símbolo da morte, representado pelo circulo, simboliza o infinito, o universo, o todo.
Um - símbolo de Deus, número sagrado, inicio ativo, o pai dos números, simboliza o sol, que foi o primeiro dos deuses da humanidade.
Dois – número nefasto representa a dualidade, o ser e o não ser, representa também a dualidade positiva – negativa de tudo que existe.
Três – representado graficamente pelo triangulo, é o símbolo de síntese espiritual e a formula para a criação de cada ser humano, numero perfeito de grande significado místico um numero sagrado.
Quatro – representa o cubo ou quadrado perfeito, um numero cósmico, já que quatro são os elementos tradicionais – ar, água, terra e fogo.
Cinco – o numero do homem, cuja a representação mística e gráfica é a estrela de cinco pontas, a estrela hominal, já que se refere aos cinco aspectos do ser humano – físico, emocional, mental, anímico e consciente, a idéia central que o cerca é a do quinto elemento que seria a quintessência dos alquimistas.
Seis – o numero do equilíbrio, da união entre espírito e matéria, é representado misticamente por dois triângulos eqüiláteros – o positivo, do fogo e o negativo, da água, os quais formam a estrela de seis pontas ou a conhecida estrela de David.
Sete – e um numero sagrado para todos os povos da antiguidade, que lhe atribuíram grande valor astrológico, místico e mágico, pois sete são as notas musicais, sete as cores do arco íris e a expressão “sete vezes sete”, etc.
Oito – é o símbolo do logos, ou poder criativo universal, graças a sua forma, representa o perene movimento em espiral dos céus, e também simboliza o equilíbrio dinâmico entre as duas forças opostas (masculino e feminino)
Nove – encerra a serie numérica, antes do retorno da unidade, e o numero simbólico da humanidade, nove meses levam o homem a nascer, é o numero do adão.
No Grau de Companheiro há dois números que ligam especificadamente o grau.
Dois – é o numero místico do Grau de Companheiro Maçom, onde interessa a dualidade do ser e do não ser, a dualidade em posição ao monismo que se aplica a todo sistema filosófico.
Cinco – representa pela estrela hominal ou pentagonal dos pitagóricos, e simbolizando os cinco aspectos do ser humano, é numero ligado, fisicamente ao grau de companheiro maçom, cinco passos, cinco toques, cinco luzes, idade simbólica, embora que possamos notar uma certa influencia da numerologia pitagórica, a que prevalece é a hebraica.
Conclusão
O misticismo nada tem de "misterioso". Tudo, absolutamente tudo é natural. O sobrenatural existe? Nada pode estar sobre a natureza!
O que se posso abordar em meu trabalho são as antigas ciências ocultas, dando os significados esotéricos como nas iniciações e suas correlações com a natureza.
Sem dúvida é um tema abrangente e como tal com minhas palavras tentei responder em minha peça e arquitetura. Ninguém, absolutamente ninguém poderá me ajudar, pois coube a eu desenvolver e explicar o misticismo, ou seja, é um tema muito particular. A única via é a da pesquisa, coisa que, feita por mim tem um sentido e para outra pessoa tem outra explanação. 
Esta é a gnoses cárdia, o conhecimento verdadeiro, aquele que brota espontaneamente.
Não existe na maçonaria um misticismo como se abrange, por exemplo, na Rosa Cruz e no Ilusionismo.


terça-feira, 22 de abril de 2014

O NONO LANDMARK


Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade, de perfeita reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.

Este nono Landmark define, com precisão evidente, as características de quem está em condições de ser admitido maçon.
Tal só pode ocorrer relativamente a homens - o que exclui a admissão, na Maçonaria Regular, de mulheres e a existência de Lojas mistas; conferir, a este respeito, o comentário que elaborei a propósito do terceiro Landmark.
Esses homens têm de ser maiores de idade, isto é, adultos. A maioridade afere-se, desde logo, pela lei civil que vigora no país onde funciona a Loja. Mas o preceito, correctamente interpretado, exige mais: exige a maioridade de pensamento, isto é, a maturidade necessária para compreender o que implica ser maçon e a capacidade e vontade de palmilhar o caminho do aperfeiçoamento.

Têm ainda tais homens de ser de perfeita reputação. Não basta ser sério e honesto, impõe-se que seja tido e reputado como tal no seu ambiente social. O maçon, por o ser, deve impor-se à consideração geral. Dificilmente o consegue quem não tiver angariado por si e suas acções tal reputação. Não seria a aquisição da qualidade de maçon que melhoraria a sua reputação. Pelo contrário, seria a mácula na sua reputação que mancharia a Maçonaria.

Tem de ser gente de honra, ou seja, que dá valor à sua palavra e a cumpre, que sabe o valor, a importância e a responsabilidade da sua honra e age em conformidade.

Devem os maçons ser leais, condição essencial para integrarem uma Fraternidade em que todos em si vão confiar.

Devem ser discretos, porque o é a Maçonaria. Note-se: não secreta, mas discreta! No sentido em que preserva a intimidade e a identidade dos seus membros e da sua actividade. No sentido de que não alardeia nem publicita o que faz, a quem ajuda, o que contribui, seguindo o preceito de que, no vero homem de bem, nem sequer a mão esquerda tem de saber o que deu a mão direita.

Têm de ser dignos de serem bons irmãos, porque só assim podem integrar a Fraternidade Maçónica.

Têm de ter a capacidade de reconhecer os limites do homem, porque só assim podem reconhecer o seu papel no Universo e procurar aproximar-se o mais possível desses limites, sem a pretensão de serem mais do que são: humanos.

Finalmente, têm de ter a capacidade de reconhecer o infinito poder do Eterno, isto é, de serem crentes num Criador Todo Poderoso.

Quem acusa a Maçonaria de ser uma elite... tem razão! Poucos estão ainda em condições de ser admitidos maçons, efectivamente! Mas um dos objectivos do trabalho maçónico é a construção do Templo Colectivo, isto é, o aperfeiçoamento geral da sociedade, através da intervenção e do exemplo dos maçons. Esperamos que cada vez mais estejam em condições de vir a ser admitidos maçons!

Rui Bandeira
Fonte: Apartirpedra.blogspot.com.br
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