segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A ORDEM ROSACRUZ E A MAÇONARIA

Ordem Rosacruz é a denominação da fraternidade filosófica que, de acordo com a tradição, teria sido fundada por Christian Rosenkreutz e representa uma síntese do ocultismo imperante na Idade Média. Mas para Harvey Spencer Lewis, organizador da Ordem Rosacruz na América a partir do início do século XX, a filosofia remontaria ao antigo Egito, à época do faraó Akenaton. Estudiosos do mundo todo tem aceitado essa hipótese com algumas reservas, pois os mais antigos documentos conhecidos sobre a existência dessa fraternidade remontam ao período medieval, embora a mesma apresente, em sua ritualística, muito do misticismo das antigas civilizações, como acontece com a maçonaria. Muitos maçons também querem fazer crer que a ordem maçônica já atuava no antigo Egito e na Pérsia, o que também carece de comprovação histórica. O fato é que o rosacrucianismo, assim como a maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosófico-religiosas, como hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia medieval, doutrinas orientais, entre outras. A primeira menção histórica da fraternidade dos rosacruzes data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “Fama Fraternitatis”, onde são contadas as viagens de Rosenkreutz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados. Uma outra corrente de estudiosos afirma que o nome Christian Rosenkreutz (cristão rosacruz) e sua saga são, na verdade, representações simbólicas com significado iniciático, e não uma história real de um personagem de carne e osso.

Rosacruzes na América
Harvey Spencer Lewis foi quem reativou e organizou o rosacrucianismo na América do Norte no início do século XX, já que ela havia existido anteriormente, sob outras organizações. Personalidades famosas como Benjamim Franklin teriam pertencido à ordens mais antigas. Na ocasião, a Ordem Rosacruz era ativa em alguns países da Europa, como França e Alemanha, mas com rituais diferenciados. Spencer Lewis, ao fundar a Antiga e Mística Ordem Rosacruz (AMORC) na América, não o fez sem antes estudar por mais de 10 anos suas raízes, o que permitiu mais tarde unificar todas as outras ordens, cuja essência era a mesma. Em 1915 ele tornou-se o primeiro Imperator (dirigente supremo da organização), e inovações como a possibilidade de membros estudarem por correspondência permitiram a rápida expansão da AMORC em inúmeros países. A unificação com a as demais ordens ocorreu no início dos anos 30, tornando-se Lewis o primeiro Imperator mundial. No Brasil, os estudos foram introduzidos na década de 50, e o cargo hierárquico mais alto é o de Grande Mestre, que representa o Imperator junto ao resto da organização no país.

O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz
O teólogo Johann Valentin Andréa, neto do também teólogo luterano Jacob Andréa, foi um dos homens que mais divulgou o rosacurcianismo. Andréa, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581, depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha, onde se tornou pregador da corte e, posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, com uma nova insuflação espiritual.

A popularidade alcançada por Andréa foi imensa ao publicar o seu romance satírico “O Casamento Alquímico de Christian Rosenkreutz”, que criticava jocosamente os alquimistas, numa época onde reinava a desinformação e a velha ordem religiosa desagregava-se. A partir de 1597, já aconteciam reuniões de uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foi então que a palavra “rosacruz” adquiriu, rapidamente, uma grande força atrativa, a ponto de, num escrito anônimo de 1614, chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de “Fama Fraternitatis R.C.” sem a necessidade de se explicar a sigla usada. Uma outra pequena obra, surgida um ano depois e intitulada “Confessio”, publicava a constituição e a exposição dos fins a que a Ordem era destinada.

O herói viveu 150 anos, extinguindo-se voluntariamente
De acordo com o “Confessio”, a Ordem Rosacruz representaria uma alquimia de alto quilate, na qual em vez das pesquisas sobre a pedra filosofal e transmutação de metais inferiores em ouro, era buscada uma finalidade superior, ou seja, a transmutação interna e espiritual do homem, que ficaria apto a ver o mundo e os seus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais, diante da necessidade espiritual da época incrementada pela disposição de renovação e organização secreta, tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andréa.

O herói do romance é o mesmo Christian Rosenkreutz já descoberto pelo manifesto “Fama Fraternitatis” e que já tinha viajado pelo Oriente no século XIV e aprendido a “Sublime Ciência”; teria ele, ainda segundo a lenda que lhe cercou o nome, voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos de idade, quando, cansado da vida, extinguiu-se voluntariamente. No romance de Andréa, Rosenkreutz era velho e impotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser alquímico.

O conceito da rosa mística provocou grande sedução
Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andréa havia desvendado tanto de positivo sobre a nova Ordem que restou a impressão de que ela já existia; o encontro dos convidados no tal casamento de Rosenkreutz vindos de todas as partes do mundo e a sua ligação dentro da nova ordem ilustram o desejo de dar corpo aos esforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo da rosacruz.

Esse símbolo corresponde à ansiedade da época. Alguns procuraram relacioná-lo com as armas de Lutero ou Paracelso; vale ressaltar que Andréa representou o seu Rosenkreutz com quatro rosas no chapéu, rosas essas que adornavam as armas de sua família. Robert Fludd, considerado como o primeiro rosacruz da Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo na cruz. A mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para sua grande força de sedução. Os rosacruzes atuais tem uma interpretação mais mística a respeito da cruz e da rosa: a cruz representaria a parte material do ser humano, enquanto a rosa representaria a força espiritual aflorando em seu ser.

A junção dos sexos leva ao segredo da imortalidade
Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosacruz era o segredo da imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essa preocupação. A rosa era uma flor iniciática para diversas ordens religiosas, sendo que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência ou do martírio; Em outra análise, a rosa representaria a mulher, enquanto que a cruz simbolizaria o sexo masculino, pois para os hermetistas, a cruz é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a órbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); ambos cruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono. Assim, a rosa simboliza a Terra, como ser feminino, e a cruz simboliza a virilidade do Sol, com sua força criadora que fecunda a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando a regeneração universal, que é o ponto mais alto da filosofia rosacruz.

A alquimia evidencia a ligação entre as duas ordens
Maçons e rosacruzes estreitaram seus laços na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações de construtores (englobadas sob rótulo de maçonaria de ofício ou operativa), estas começaram paulatinamente a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo inicialmente filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos franco-maçons. Como a Ordem Rosacruz estava impregnada pelos alquimistas, a ligação do rosacrucianismo com a maçonaria ocorreu naturalmente. Deve-se levar em consideração também que, durante o governo de José II, imperador da Alemanha entre 1765 e 1790 e co-regente dos domínios hereditários da Casa d’Áustria, houve um grande incremento da popularidade da Ordem Rosacruz e sua comunidade, atingindo até a Corte. Isso fez com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo exceção apenas aos maçons, o que provocou a migração de muitos rosacruzes rumo às lojas maçônicas.

Da regeneração e imortalidade à reformadora social
A partir da metade do século XVIII, com a maciça entrada dos rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar maçonaria e roscrucianismo, tendo a instituição maçônica incorporado aos seus vários ritos a simbologia dos rosacruzes, como no 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, no 7º grau do Rito Moderno, no 12º grau do Rito Adoniramita etc. A sua origem hermetista e a sua integração na maçonaria, durante a segunda metade do século XVIII, leva a marca dos ritualistas alquímicos, que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismo atribuído ao grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma rosa sobreposta à cruz, representando o sacrifício e o segredo da imortalidade, que é também o significado oculto do esoterismo cristão, manifestado na ressurreição de Jesus Cristo.

A maçonaria, em alguns casos, modificou a simbologia rosacruz, reescrevendo-a em termos menos místicos e mais práticos. Assim, o segredo da imortalidade está, na maçonaria, associado ao aperfeiçoamento contínuo do homem, que é visto como uma pedra bruta que precisa ser lapidada. Todavia, uma parte do misticismo original dos rosacruzes foi mantida, pois embora a maçonaria não seja uma ordem mística, utiliza-se da simbologia de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas para perpetuar seus ensinamentos.

As iniciações
Uma singularidade entre a Ordem Rosacruz e a maçonaria são as iniciações nos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. As iniciações têm o mesmo objetivo: impressionar o neófito levando-o à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante. Se assim o decidir, assume o compromisso de manter em segredo todos os símbolos, usos e costumes da instituição, trabalhando em busca de seu auto-aperfeiçoamento, bem como em prol da ordem.

Semelhanças e diferenças
A maçonaria é uma ordem exclusivamente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Já a Ordem Rosacruz dá ao estudante o livre arbítrio para estudar em casa ou participar das atividades em um Templo Rosacruz. O estudo em casa é acompanhado à distância e, assim como a maçonaria, é composto de vários graus. Apesar de não obrigatória, a reunião templária rosacruz é incentivada, pois proporciona ao estudante o contato com os demais integrantes e a participação em rituais e experimentos místicos em grupo são fatores de desenvolvimento pessoal e fortalecimento da egrégora da organização.

Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos oficiais nos templos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente. Cada ponto cardeal é ocupado por um membro-oficial. A figura do Venerável na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosacruz, na figura do Mestre, que ocupa seu lugar no Leste. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente. O altar dos juramentos maçônico encontra semelhança no shekinah da Ordem Rosacruz, sendo que neste último não se usa a Bíblia ou outro Livro de Lei, mas sim três velas dispostas de forma triangular, que conservam um simbolismo específico. Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais usam paramentos especiais, cada qual de acordo com o cargo que ocupa no ritual. Porém, o avental rosacruz não diferencia o grau dos membros, o que ocorre na maçonaria. Os iniciantes na Ordem Rosacruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os aprendizes maçons recebem sua instruções juntamente com os demais irmãos, no mesmo espaço.

Algumas das maiores diferenças ficam mesmo por conta da condução do ritual, onde na Ordem Rosacruz há um forte caráter místico-filosófico, inclusive com a condução de experimentos místicos e meditações. Finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosacruz inspira sua arquitetura nas construções do antigo Egito.

sábado, 17 de setembro de 2011

ORDENS DE APERFEIÇOAMENTO MAÇONICO

 
Meus Caros Irmãos,
Minhas Cordiais Saudações…
As Ordens de Aperfeiçoamento Maçônico, compostas das seguintes Ordens estabelecidas, REGULARES E RECONHECIDAS no MUNDO Inteiro, estão em pleno desenvolvimento no Brasil, e são elas:
Grande Loja de Mestres Maçons da Marca do Brasil;
Antiga e Honrosa Fraternidade de Nautas da Arca Real do Brasil;
Supremo Grande Capítulo de Maçons do Arco Real do Brasil;
Grande Priorado do Brasil
Ordem dos Cavaleiros Templários,
Ordem dos Cavaleiros de Malta.
O texto abaixo foi retirado das palestras realizadas por Wagner Veneziani Costa.
Primórdios da Maçonaria:
É improvável que o atual sistema da Maçonaria tenha tido qualquer relação com a construção do templo de Salomão. Aquele monumento de arquitetura foi aceito pela Maçonaria como um símbolo e as muitas referências a ele são puramente simbólicas. Lembre-se de que o objetivo da Maçonaria não é ensinar história, mas sim verdades morais. Ninguém sabe quando ou onde se originou a Maçonaria. Não existem registros para mostrar os primórdios da fraternidade. Muitos elementos contribuíram para seu crescimento e desenvolvimento. Deus plantou no coração do homem um desejo de buscar a sociedade de seus companheiros e este anseio por companheirismo foi um grande fator contribuinte nas origens da Maçonaria. Por necessidade de construir uma forma de abrigo da inclemência do tempo, veio à arte da construção ou da arquitetura, e isso formou o plano ou o material com o qual a Maçonaria foi desenvolvida. Em diversas partes do velho mundo serão encontradas ruínas de construções colossais que foram erigidas por associações de homens mostrando que foram unidos para levar a cabo seus planos. Na Idade Média, havia grupos de trabalhadores especializados trabalhando pela Europa, e envolvidos na construção de grandes catedrais. Entre esses trabalhadores especializados, a Maçonaria assumiu uma forma bruta de fraternidade e, a partir desse humilde começo, através de um longo processo de desenvolvimento temos a Maçonaria de hoje. Existem muitas provas de que o atual sistema da maçonaria especulativa teve seus inícios nas antigas guildas de trabalho dos franco-maçons viajantes. Essas diversas sociedades tiveram um forte crescimento até o início do século XVII, quando eles tiveram dificuldade de se manter por causa da falta de operações de construções. No ano 1717 eles mudaram suas regras para admitir homens de todas as profissões e isso marca o início do atual sistema da Franco-Maçonaria filosófica ou especulativa. Alguns homens muito sábios tomaram os diversos materiais e implementos da arte operativa e através de um sistema ímpar de símbolos e alegoria desenvolveram a Maçonaria da qual desfrutamos.
Nenhuma organização de tão alta importância é tão pouco compreendida como a Maçonaria. Não é uma ordem no sentido em que aquele termo é aplicado às sociedades secretas do período, mas sim uma Sociedade, Fraternidade, Irmandade ou Instituição. Não é um clube, pois ela não diverte. Não é um sistema de sinais e apertos de mãos para um uso conveniente, pois ela não oferece nada no sentido de benefícios para doenças e morte, há não ser um devido preparo mental e filosófico. Na cerimônia pela qual você passou lhe foram dadas muitas definições sobre a Maçonaria. Algumas delas, talvez, foram mais ou menos entendidas. Disseram a você que é um sistema de antiga instrução moral hieroglífica ensinada por tipos, emblemas e figuras alegóricas, a forma antiga e primitiva de ensinar aos homens. Reduzir isto a uma linguagem mais simples seria dizer que a Maçonaria é um sistema de moralidade disfarçado de alegoria. Mas definir a Maçonaria na linguagem mais simples possível seria dizer que é a ciência e a arte de viver corretamente. Como ciência, ela tem a ver com a descoberta e classificação desses princípios que visam à conduta moral correta; a arte diz respeito a viver esses princípios antes do mundo. Tudo indica que os homens que formularam a Maçonaria tinham em mente a idéia de uma fraternidade cuja moralidade satisfaria sua concepção de uma vida religiosa e que seria mais bem exemplificada em suas relações diárias com o mundo e uns com os outros. Na Maçonaria podemos encontrar uma mistura das melhores filosofias de todo o mundo. Isso não significa que aqueles velhos filósofos que vocalizaram essas verdades eram Maçons, mas significa que os homens que formularam a Maçonaria colecionaram as melhores vocalizações dos bons e sábios homens do passado e as cimentaram em um belo mosaico e o chamaram de Maçonaria.
Um Pouco dessas estruturas:
Grande Loja de Mestre Maçom da Marca do Brasil - GOB
Conhecida também como o Grau da Amizade. A Sessão é dividida em duas partes: O candidato passa pelo cerimonial onde é reconhecido como Homem da Marca e posteriormente é Avançado como Mestre Maçom da Marca.
O Grau da Marca era um complemento do grau de companheiro. Nessa ocasião era costume, um companheiro de pedreiro, escolher uma marca que fosse diferente de todas usadas por quaisquer outro naquela Loja.
A Lenda do grau é singularmente instrutiva e bem fundamentada nas declarações das Sagradas Escrituras. Seu maior ensinamento é que “a educação é o prêmio do trabalho que contém uma mensagem dramática - de que a fraude nunca poderá ser bem-sucedida.”
A sua estrutura e qualificação é assim:
Venerável Mestre;
Primeiro Vigilante;
Segundo Vigilante;
Mestre Supervisor;
Primeiro Supervisor;
Segundo Supervisor;
Capelão;
Tesoureiro;
Fiel de Registro;
Secretário; Diretor de Cerimônias;
Primeiro Diácono;
Segundo Diácono;
Guarda Interno e
Guarda Externo.
Antiga e Honrosa Fraternidade de Nautas da Arca Real do Brasil - GOB
Esse grau é um dos mais lindos e ricos em instruções, talvez por isso, estimulou a Grande Loja de Mestres Maçons da Marca a tomar a ação decisiva de colocar esse Grau/Ordem sob sua proteção.
A Elevação, nesse grau comemora a providência e misericórdia de Deus e relata a lenda do dilúvio. Referência tomada diretamente do volume das Sagradas Escrituras. Se por um lado o grau da Marca é conhecido como o Grau da Amizade, Nautas da Arca Real é sem sombra de dúvida, o Grau do Amor Fraternal.
Para você ser elevado nesse Grau é necessário ter sido Avançado no Grau da Marca.
Os principais oficiais dessa Loja representam Noé e seus dois filhos, Sem e Jafé.
A sua estrutura e qualificação é assim:
Venerável Comandante (Noé);
Primeiro Vigilante (Jafé);
Segundo Vigilante (Sem);
Capelão;
Tesoureiro;
Escriba;
Diretor de Cerimônias;
Primeiro Diácono;
Segundo Diácono;
Esmoler;
Guarda Externo e
Guarda Interno.
Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Arco Real do Brasil - GOB
Por muitos anos o Arco Real foi praticado como suplemento do Terceiro Grau.
Era considerado pelos Antigos como um quarto grau. Mas os modernos possuíam uma postura totalmente nova para esse grau. É descrito por muitos historiadores como sendo, “a mais sagrada parte da Maçonaria, sendo sua raiz, coração e essência.”
Também é considerado como a conclusão do sistema da Maçonaria Simbólica.
Para ser Exaltado nessa Ordem, você precisa ser Mestre Maçom de uma Loja Regular e Reconhecida pelo GOB.
A cerimônia se desenvolve em uma época muito posterior ao término do glorioso reinado do Rei Salomão. O Templo de Jerusalém tinha sido destruído, o reino da Judéia fora divido e os membros de suas tribos, rendidos…
A Babilônia finalmente caiu sob o comando de Ciro, o Grande, tornando-se parte do poderoso Império Persa, e esse dirigente extraordinariamente humano liberou os judeus do cativeiro e os convidou a retornar a Jerusalém para começar a reconstrução do Templo.
O restauro dos segredos genuínos de um Mestre Maçom é fornecido pela lenda com a contribuição de uma descoberta momentosa feita por trabalhadores, e desse fato produz uma das mais interessantes e instrutivas explicações da natureza de Deus.
O reconhecimento do Arco Real era essencial para a Unificação das Duas Grandes Lojas dos Antigos e dos Modernos. Isto foi alcançado pela ambigüidade do texto da declaração preliminar do Livro das Constituições, que afirma que a pura e antiga Maçonaria consiste de três graus e não mais, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, incluindo a Suprema Ordem do Santo Arco Real.
As lições contidas no ritual nos fazem lembrar a retomar o caminho do encontro com Deus, tal qual no Livro das Sagradas Escrituras, de onde vêm as nossas palavras, lembrando-nos da misericórdia e do perdão de Deus.
Devemos sempre ter em mente que a Maçonaria é um sistema peculiar de moralidade velada em alegorias e ilustrada por símbolos. E também que os nossos rituais são baseados em lendas e não em fatos. Por isso devemos cada um de nós, interpretar que realmente foi “perdido e depois encontrado…” Devemos interpretar as palavras no sentido metafísico… Como se a palavra encontrada fosse algo como:
Descobrindo alguma coisa como se pela primeira vez…
Pensar metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade, em dogmatismo…
A sua estrutura e qualificação é assim:
Primeiro Principal - Zorobabel;
Segundo Principal - Ageu;
Terceiro Principal - Josué;
Escriba Esdras - Secretário;
Escriba Neemias;
Tesoureiro;
Diretor de Cerimônias;
Esmoler;
Principal Forasteiro;
Primeiro Assistente de Forasteiro;
Segundo Assistente de Forasteiro e
Guardião.
Grande Priorado do Brasil -
Grande Priorado das Ordens Unidas - Religiosas Militares e Maçônicas - do Templo e de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta do Brasil.
Essa Ordem é dividida em dois graus, por assim dizer.
Os Cavaleiros Templários e os Cavaleiros de Malta.
Ambas são dirigidas pelo Grande Priorado do Brasil - GOB.
Para ter ingresso e ser Instalado (armado) nessa Ordem é necessário você ter sido Exaltado como Companheiro no Arco Real e professar a fé na Santíssima Trindade.
Temos notícias que em 1791 houve a união de sete acampamentos independentes, foi realizado o primeiro Conclave da ordem, como a conhecemos hoje. As assembléias onde os Cavaleiros Templários se reúnem são conhecidas como Preceptórios e quem a dirige é o Preceptor. As assembléias de Cavaleiros de Malta são conhecidas como Priorado e quem a dirige é o Prior.
A Cerimônia é realizada num Templo que representa uma capela.
A estrutura e qualificação dos Cavaleiros Templários são assim:
Eminente Preceptor;
Capelão;
Primeiro Guardião;
Segundo Guardião;
Tesoureiro;
Escrivão;
Marechal;
Esmoler;
Principal Arauto;
Segundo Arauto;
Capitão da Guarda;
Primeiro Porta Estandarte;
Capitão da Guarda e
Guarda.
Para ter ingresso na Ordem dos Cavaleiros de Malta, o Irmão tem que ter ser Mestre Maçom, Exaltado a Companheiro no Arco Real e Instalado Cavaleiro Templário.
Essa Ordem foi originalmente fundada em Jerusalém, durante a primeira cruzada, aproximadamente no ano de N.S. 1099, para dar alívio aos peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro.
Aqui também a cerimônia é representada pela passagem pelos graus de Cavaleiro de São João, incluindo o Passe Mediterrâneo. E dividida em duas Câmaras, uma representando a Casa do Capítulo ou Sala do Conselho do Priorado. A outra representa a Casa da Guarda.
A cerimônia é uma forma simbólica, onde é realizada a antiga viagem que São Paulo fez indo de leste para oeste.
Ocasião onde os irmãos serão instalados como Cavaleiros de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta.
Chegando posteriormente a Terra Prometida…
Estrutura e qualificação dos Cavaleiros de Malta são assim:
Eminente Prior;
Capitão Geral;
Tenente Geral;
Primeiro Tenente;
Segundo Tenente;
Capelão;
Marechal;
Marechal Adjunto;
Hospitaleiro;
Almirante;
Conservador;
Intendente;
Depositário;
Tesoureiro;
Chanceler;
Capitão da Guarda e
Guarda
De todas elas possuímos a devida Carta Patente, dando-nos o total e amplo direito de funcionamento em nosso PAÍS.
São dezessete as Ordens praticadas e devidamente Reconhecidas na Inglaterra e estamos trabalhando para trazê-las, aos poucos para o Brasil. Muitas já estão em vias de fato.
Colocamo-nos a inteira disposição dos Irmãos…
Peço aos Irmãos que divulguem.
Fraternalmente,
Wagner Veneziani Costa

terça-feira, 13 de setembro de 2011

MAÇONARIA É CAMINHADA

Charles Evaldo Boller
 Sinopse: Incentivo a caminhada maçonicamente orientada.

Pode-se descrever a Maçonaria como instituição de formação cívica, moral, escola de deveres, ciência de busca da verdade divina, instituição orgânica de moralidade com objetivo de eliminar ignorância, realizar filantropia, combater vícios e inspirar amor na humanidade. Mas Maçonaria não é definível. Isto porque abrange todo o conhecimento humano conhecido e desconhecido. A marcha do simbolismo representa esta diversidade do pensamento como o sair da reta e retornar para ela. Cabe ao maçom duvidar de verdades, modificá-las e retornar fortalecido para a reta, em direção à sabedoria. O vaivém da dúvida define a Maçonaria Especulativa, a especulação do pensamento lato, a busca na racionalidade em respostas a questões que orientam e constroem o homem.

Inicialmente o maçom lida com o "conhece a ti mesmo", de Sócrates. Caminha na reta, busca conhecer-se. Aperfeiçoa o intelecto na materialidade onde se identifica como indivíduo. Desbasta a pedra bruta em sua manifestação material. Especula em torno de um espírito de condição melhorada onde desenvolve a admiração ao conceito de Grande Arquiteto do Universo. É caminhada para a espiritualidade. Vê a luz da sabedoria que solicitou ver e inicia uma amizade com esta sabedoria. Num segundo estágio trabalha o "penso, logo existo", de Descartes. Pensar é ser. O pensamento vai mais longe. Diagnostica o ser, transcende a si mesmo. Busca metas e conhecimentos fora da reta. Começa a especular e, com isso, adivinha outras belezas que o conhecimento ainda não determinou. Descobre que o pensamento busca a luz que solicitou e consubstancia riquezas que o tirano não pode usurpar. Busca o conteúdo interno da pedra que tende a transformar-se em pedra polida na relação direta com que especula sua realidade e razão de ser. Torna-se ainda mais amigo da sabedoria.

A Maçonaria Especulativa tem por objetivo espalhar os pensamentos da ordem maçônica para todos os cantos da Terra e é essencialmente conspiratória. Conspirações que, pelo pensamento especulativo iluminista mudou profundamente o desenho político nos séculos dezessete e dezoito onde promoveu a independência de países e fomentou a Democracia. Maçons especularam em templos maçônicos e realizaram magníficas obras em prol da sociedade. Não guardaram segredo da ação maçonicamente orientada. Divulgaram e agiram conforme o que debateram nos templos.

Maçom! Não permita que o fogo da Maçonaria Especulativa se apague dentro de ti. Não te restrinja ao cumprimento automático de rituais e estudos obrigatórios ou esqueça-se da essência do pensamento especulativo de onde nasce a capacidade de mudar a si mesmo e à sociedade. Teu dever é opor-se a obscurantismo, despotismo e tirania. Coloque em prática o que desenvolve em loja. Continue cada vez mais amigo da sabedoria, do grego "philos" "sophia". Ser maçom é filosofar! Para divulgar a filosofia da Maçonaria use de todos os meios disponíveis de comunicação. Os pensamentos que iniciam dentro de loja devem continuar em todos os recantos e até no espaço cibernético. Não divulgar o que se especula e conspira em loja torna sem propósito o reunir-se em templos maçônicos. O maçom especulativo livre não permite que lhe calem ou subjuguem o direito de pensar e expor seus pensamentos especulativos onde quer que seja! Romper com esta obrigação tomada por juramento é falhar consigo mesmo e a sociedade.

A caminhada pelo simbolismo da Maçonaria é o ensino fundamental no Rito Escocês Antigo e Aceito. Outras portas são abertas, numa preparação que pode levar até quinze anos para se chegar ao doutorado e então iniciar outra caminhada, com outros alvos de servir a Maçonaria Especulativa, a si mesmo, aos irmãos e a sociedade. A caminhada para manter vivas as três colunas do simbolismo que suportam o Rito Escocês Antigo e Aceito honram e glorificam a criação do Grande Arquiteto do Universo. Isto não se faz sem tornar-se amigo íntimo da sabedoria e divulgar a filosofia da Maçonaria a todos os cantos da Terra.

Bibliografia:
1. CAMINO, Rizzardo da, Simbolismo do Primeiro Grau, Aprendiz, ISBN 85-7374-076-0, primeira edição, Madras Editora limitada., 188 páginas, São Paulo, 1998;
2. FAGUNDES, Morivalde Calvet, Uma Visão Dialética da Maçonaria Brasileira, Coleção Pensamento Maçônico Contemporâneo, primeira edição, Editora Aurora Limitada, 64 páginas, Rio de Janeiro;
3. PIKE, Albert, Morals and Dogmas, primeira edição, 1076 páginas, Estados Unidos da América, 2008;
4. QUADROS, Bruno Pagani, O Pensador do Primeiro Grau, Coleção Biblioteca do Maçom, ISBN 978-85-7252-247-2, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada., 184 páginas, Londrina, 2007;
5. SOUTO, Élcio, O Iniciado, Drama Cósmico Maçônico, ISBN 85-7374-331-X, primeira edição, Madras Editora limitada., 106 páginas, São Paulo, 2001.

Data do texto: 13/09/2011.
Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, autor, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61 anos de idade.
Loja Apóstolo da Caridade 21 Grande loja do Paraná.
Rito: Rito Escocês Antigo e Aceito
Local: Curitiba.
Grau do Texto: Aprendiz Maçom.
Área de Estudo: Educação, Espiritualidade, Filosofia, Maçonaria, Pensamento.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

HARVEY SPENCER LEWIS (1ª PARTE)


Fontes: Revista Um Renovador do Rosacrucianismo
             Livro: Harvey Spencer Lewis - Um mestre da Rosacruz
Harvey Spencer Lewis nasceu em Frenchton, Nova Jersey em 25 de novembro de 1883, era descendente de Gauleses e filho de pais metodistas que lhe deram a oportunidade de ter uma ótima educação. Desde tenra idade viveu experiências místicas profundas e reveladoras já demonstrando um alto grau de evolução.
Realizou várias pesquisas tanto no campo científico quanto no filosófico, foi um excelente homem de negócios. Sua carreira iniciática começou ainda muito cedo, iniciado nos mais altos graus em diversas Sociedades Iniciáticas não só ocidentais mas também orientais. Durante anos foi presidente do Instituto de Pesquisas Psíquicas de New York sendo considerado uma autoridade na área.
Em 1904 H. Spencer Lewis foi encarregado da redação do Evening Herald de New York Institute for Psychical Rosearch. Grupo composto de cientistas e médicos. Sob a direção de Lewis o New York Institute for Psychical Research realizou pesquisas visando aferir as reais capacidades dos médiuns, o que levou a desmascarar, mas de cinqüenta simuladores.
Essas pesquisas não satisfizeram o Sr. Lewis, pois ele não acreditava em hipótese nenhuma que os fenômenos produzidos pelos médiuns provinham da manifestação de espíritos, e sim de faculdades psíquicas ainda desconhecidas.
Na primavera de 1908 na quinta-feira depois da Páscoa, quando ele se sentava em sua poltrona para realizar a sua meditação diária, teve uma experiência mística que mudou sua vida. Nessa experiência ele compreendeu que o conhecimento que aspirava não estava nos livros e sim dentro do seu próprio ser.
Baseando se no equilíbrio entre ciência e misticismo Lewis abriu caminho para o desenvolvimento de um caminho novo, de desabrochar individual orientado para a realização do Eu através de aplicações concretas destinadas a desenvolver problemas do cotidiano.
Parafraseando Willian Blake, “quando o homem quer alguma coisa com convicção, o Universo inteiro conspira a seu favor”, o Universo conspirou para que H. Spencer Lewis cumprisse seu destino. Sem dinheiro para viajar até a França e conhecer os Rosacruzes um oportunidade inesperada surge. Seu pai, Aaron Lewis, perito em documentos, mas também genealogista precisou de um assistente para levar a França e fazer pesquisas por conta da família Rockfeller. Após as pesquisas genealógicas que demandaram uma semana inteira de trabalho Harvey Spencer Lewis pode encontrar com o seu contato na França, o Professor de línguas de Bulevar Sant-Merri que até hoje não foi identificado. Mas alguns historiadores acreditam que seja Henri Durville, cuja loja, era ao mesmo temo biblioteca e sociedade de edições. Por dois dias Spencer Lewis foi entrevistado por aquele homem para sondar qual eram as intenções do americano. Ao final do segundo encontro foi orientado ao visitante que fosse ao sul da França receber outras instruções.
Mais uma vez a Divina Providência entrou em ação, pois seu pai continuaria suas pesquisas exatamente ao sul da França. No dia seguinte Lewis chegou a Toulouse e se dirigiu a torre do Capitólio afim de consultar os arquivos da cidade. Nesse ínterim ele foi a sala dos Ilustres do Capitólio, onde teve uma breve reunião com um homem que lhe passou um endereço onde ele deveria ir para encontrar outros rosacruzes. Spencer Lewis não indicou o nome desse homem, mas disse que o mesmo tinha a profissão de fotógrafo. Indo de táxi ao endereço que o fotógrafo o indicara atravessando a cidade fazendo um trajeto de alguns quilômetros até chegar a uma construção que continha uma velha torre. Após subir alguns degraus de uma escada circular chegando ao andar superior, onde foi acolhido por um homem idoso com barba comprida e longos cabelos brancos.
No local onde se encontrara ele pode observar uma infinidade de livros. O homem  que o acolheu era o arquivista da misteriosa e sagrada Ordem Rosacruz. Um grupo de iniciados que atuavam em sigilo. Após ter lido alguns arquivos mostrados pelo arquivista o mesmo informou que ele havia sido julgado digno de saber mais sobre a Algusta Ordem dos Rosacruzes  que iria encontrar o Grande Mestre da Ordem naquele dia... continua.
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