quarta-feira, 29 de junho de 2011

ORDEM ROSACRUZ (2ª PARTE)



A Ordem Rosacruz, AMORC, é internacionalmente conhecida pelo seu título tradicional e autêntico, a Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz, do qual deriva a sigla AMORC. "A Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis é a forma latina do nome da organização, que literalmente traduz-se na Antiga Ordem Mística da Rosa e da Cruz. Não há nenhuma conotação religiosa associada a este símbolo, o símbolo da Cruz Rosada antecede o Cristianismo. A cruz representa simbolicamente o corpo humano e a rosa representa a consciência o desdobramento do indivíduo. Juntos, a rosa e a cruz representam as experiências e os desafios de uma vida bem vivida. Assim é o símbolo que representa a fraternidade dos rosacruzes antigos, perpetuando as verdadeiras tradições do movimento Rosacruz do século passado até os dias atuais.
A história da Ordem Rosacruz, AMORC, podem ser dividida em duas classes: tradicional e cronológica. A história tradicional consiste em alegorias místicas e lendas fascinantes que tem sido transmitidas ao longo dos séculos de boca a boca. As cronológicas são baseados em datas e fatos verificáveis.

Raízes no Mundo Antigo
O movimento Rosacruz, do qual a Ordem Rosacruz, AMORC, é a representante mais proeminente no mundo moderno, tem suas raízes nas antigas tradições de mistérios, a filosofia e os mitos do Egito antigo que remonta a cerca de 1500 aC. No passado, a palavra "mistério" se referia a uma sabedoria secreta. Milhares de anos atrás no antigo Egito foram formadas escolas para explorar os mistérios da vida e aprender os segredos dessa sabedoria oculta. Apenas os estudantes sinceros, exibindo um desejo de conhecimento e após passarem em alguns testes eram considerados dignos de serem conhecedores desses mistérios. Ao longo dos séculos, essas escolas criaram um sentido iniciático ao conhecimento que transmitia.
Além disso, era tradição dentro da Ordem que primeiro os membro-alunos se reuniria em câmaras isoladas em magníficos templos antigos onde, como candidatos, eram iniciados nos grandes mistérios. Seus estudos místicos em seguida, assumiram um caráter mais fechado e foram realizados exclusivamente nos templos construídos para essa finalidade. A tradição Rosacruz relata que as grandes pirâmides de Gizé tinha um caráter sagrado aos olhos dos iniciados. Contrariamente ao que afirmam os historiadores, a tradição diz que as pirâmides de Gizé não foram construídas para serem as tumbas dos faraós, mas na verdade eram lugares de estudo e iniciação mística. As escolas de mistérios ao longo de séculos, evoluiram para grandes centros de ensino, atraindo estudantes de todo o mundo conhecido.
O Faraó Tutmés III, que governou o Egito de 1500-1447 aC, organizou a primeira escola esotérica de iniciados fundada nos princípios e métodos semelhantes aos que hoje são perpetuados pela Ordem Rosacruz, AMORC. Décadas depois, o faraó Amenhotep IV foi iniciado naquela escola secreta. Este foi o Faraó mais iluminado da história monoteísta, ele foi tão inspirado pelos sagrados mistérios que a eles deu um sentido completamente novo para a religião do Egito e da filosofia. Ele criou uma religião que reconhecia a Aton, o disco solar, como sendo o símbolo da divindade única, fundação da própria vida, o símbolo da luz, verdade e alegria, e mudou seu nome para Akhenaton para refletir essas novas idéias. E embora a religião anterior foi posteriormente restabelecida, a idéia mística foi apresentada na consciência humana, e sua chama nunca morreu.
Séculos mais tarde, os filósofos gregos como Tales e Pitágoras, o filósofo romano Plotino e outros, viajaram para o Egito e foram iniciadas em escolas de mistério. Em seguida, trouxeram a aprendizagem avançada e sabedoria para o mundo ocidental. O nome da Ordem, como é agora conhecido, estava para vir muito mais tarde. No entanto, a Ordem Rosacruz sempre perpetuou sua herança do antigo simbolismo e seus princípios.

Primórdios Europeus
Foi na época de Carlos Magno (742-814) que o filósofo francês Arnaud apresentou os ensinamentos místicos na França, e de lá se espalhou para a Europa Ocidental. O conhecimento místico europeu medieval era muitas vezes expresso, disfarçadamente por simbolismo ou escondido em canções de amor dos trovadores, assim eram perpetuados os formulários dos alquimistas, o sistema simbólico conhecido como Cabala, além dos rituais da Ordem da Cavalaria.
Embora grande parte da Europa medieval estava em trevas, a civilização árabe altamente avançada, preservou um grande corpo de ensinamentos místicos através de textos traduzidos diretamente de grandes bibliotecas do mundo antigo, como Alexandria no Egito. Nas bibliotecas de filosofia, medicina, matemática e alquimia foram preservados todos os assuntos importantes e, posteriormente, transmitida à Europa pelos árabes.
A Alquimia, a arte de transmutação, entrou em destaque com os gregos de Alexandria. Foi então introduzida para os árabes, que depois transmitiu esta arte precursora da química para a Europa. Os alquimistas desempenharam um papel enorme no início da história da Ordem Rosacruz. Enquanto muitos alquimistas estavam interessados em fazer ouro, alguns estavam mais preocupados com a transmutação do caráter humano. Alquimistas europeus e os Cavaleiros Templários, em contato com a civilização árabe na época das Cruzadas trouxeram muito dessa sabedoria para o Ocidente.
Na Europa, os alquimistas, místicos e filósofos tentaram transmutar os elementos básicos do caráter humano nas virtudes mais nobres e liberar a sabedoria do divino dentro do indivíduo. Alguns dos alquimistas de renome que também eram Rosacruzes ou estavam intimamente associados com eles foram Albertus Magnus, Roger Bacon, Paracelso, Cagliostro, Nicholas Flamel, e Robert Fludd.
Levando em conta o velho ditado, "A verdade vos libertará." Aqueles que buscavam a verdade e tentaram explicar isso aos seus companheiros humanos tornaram-se objeto de perseguição por parte de governantes tirânicos ou sistemas religiosos estreitos. Durante vários séculos, devido à falta de liberdade de pensamento, a Ordem teve que esconder-se sob vários nomes. No entanto, nunca em todos os tempos e lugares ela cessou suas atividades, perpetuando seus ideais e seus ensinamentos, participando direta ou indiretamente do avanço das artes, ciências e civilização em geral, sempre enfatizando a igualdade entre homens e mulheres e a verdadeira solidariedade de toda a humanidade.
Com o estouro da Renascença sobre a Europa e um flash de interesse pelas artes e ciências, uma publicação impressa surge misteriosamente na Alemanha do século 17, chamada Fama Fraternitatis que renovou o interesse pelo Rosacrucianismo por toda a Europa. O Fama introduziu Christian Rosenkreuz, um personagem mítico que dizia ter viajado para os centros de aprendizagem do Oriente e que personificava o interesse reavivado pelos estudos esotéricos e místicos.
Como parte desta grande renovação, o famoso Sir Francis Bacon (1561-1626), filósofo Inglês, ensaísta e homem de estado, dirigiu a Ordem Rosacruz e suas atividades tanto na Inglaterra quanto no continente
Continua...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

POR QUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERES?

Há, basicamente, dois fundamentos para a Maçonaria não aceitar mulheres como membros:
1º -  origem Operativa  na Ordem,
2º - por ser a Maçonaria um rito solar (masculino).

Origem Operativa
A origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício – espécies de sindicatos, na Idade média. Especificamente, a corporação de pedreiros. A palavra “Maçonaria” em francês, Maçonnerie”, é derivada do francês “maçon”, pedreiro. Ou, como preferem alguns, no inglês “Masonry” (Maçonaria) e “mason”, igualmente, pedreiro.
Pode-se inferir que, seus primeiros integrantes operavam, materialmente, em construções, obras - eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de Igrejas, de Pontes, de Moradias, etc os quais, desde a Antigüidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma espécie de aristocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa, e mantinham as técnicas de seu ofício, em segredo. Esta fase da Maçonaria é conhecida como Operativa”, porque seus membros trabalhavam em construções – eram obreiros. Na Idade média havia dois tipos de pedreiros: o “rough mason”, pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou polimento, e o “free mason”, pedreiro livre, que detinha o segredo de como polir a pedra bruta. 
A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluído da maçonaria Operativa, adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a mulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes. As corporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino):
“As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral”.
Apesar da Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitir a admissão de mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo um princípio antigo. No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias. Nas tradições das sociedades iniciáticas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural, podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre.
Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na Maçonaria.
A Maçonaria, em 1730, na França, criou o movimento da “Maçonaria de Adoção”. A Maçonaria de adoção foi um fenômeno da última metade do século XVII. Uma Loja de Adoção, era conduzida por uma Loja Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais as mulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos.
Tais Lojas foram particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da Maçonaria de Adoção depois da Revolução e que continuou pelo século seguinte. A própria imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de adoção Santa Carolina.
Porém, a Maçonaria, atualmente, conserva a regulamentação - conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciar mulheres.

Ritos Masculinos e Ritos Femininos
Grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo subdividiu-se: alguns tornaram-se herbívoros e outros carnívoros. Esses carnívoros tiveram que lançar-se na competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores. Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social. Diferentemente dos lobos, os humanóides não se dispersavam após o ataque  e, o grupo caçador era formado por machos. As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da prole, e não podiam participar ativamente da perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se diferenciado.
Socialmente, os machos aumentaram a necessidade de comunicação e cooperação com os companheiros, e desenvolveram expressões faciais e vocais - em seus grupos caçadores, exclusivamente formados por machos.
Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, os machos foram alijados de suas funções caçadoras. Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por associações masculinas - proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina. O mesmo não ocorre com as mulheres. esses grupos, associações, preocupam-se com a união entre machos, que já existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos - essas entidades exercem um importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos básicos ancestrais.
Muitas mulheres ressentem-se quando seus maridos saem para compartilhar sua masculinidade essencial - ou desejam fazer parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenas da necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de machos caçadores. É interessante observar, que grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche, etc - o sucedâneo da partilha da comida (caça).
Assim, mulheres e homens, geneticamente, possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e femininos. Para a mulher a maternidade, a comunhão com a flora, etc. Para o homem  a caça, a guerra, a comunhão com a fauna. A mulher, a Lua; o homem, o Sol. Porém, para recriar os ciclos da natureza, o princípio feminino e o masculino juntam-se: diferentes, porém complementares.
A Maçonaria reverencia o feminino - seus Templos, apresentam O Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo. O Sol e a Lua são símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino – A Lua, sua complementaridade, o feminino.
A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que representa a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher
é a formadora, a que reúne, rega e ceifa - a natureza do princípio passivo, é reunir e fecundar. As forças da Lua são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas.
Atualmente, há maçonarias mistas, mas não regulares. A Ordem, por ter uma origem muito, muito antiga, respeita a diversidade entre as energias masculinas e femininas.
Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo como símbolo - símbolo solar, símbolo masculino. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga  nos objetos celtas do século IX a. C e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. Os três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em função procriativa - procriação: masculino e feminino.
A Maçonaria, mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina.

Martha Follain - Formação em Direito,
Neurolingüística, Hipnose, Regressão.
Terapia Floral de Bach e Aromaterapia - para animais e humanos.
CRT 21524.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

CHACRA FRONTAL E SUA FUNÇÕES


Nome: Ajna
Localização: Entre as sobrancelhas
Cor: Azul Índigo
Nota Musical: Lá
Mantra: OM
Nº de pétalas: 96
 Funções: Intuição, paranormalidade, percepção extra-sensorial, raciocínio lógico.
Disfunções: Ganância, arrogância, tirania, rigidez, alienação.
Glândula: Pituitária
Órgãos: Sistema nervoso central, olhos, ouvido, nariz, falta de raciocínio lógico,vícios em drogas, álcool e outras compulsões.

Localizado sobre a frente, um pouco acima e entre os olhos. Tem noventa e seis raios ou pétalas. O chacra Ajna é responsável pela clarividência dos objetos e das coisas do mundo astral, das paisagens distantes das massas colorida do mundo astral, e ainda pelos poderes mediúnicos da psicoterapia.
Quando bem desenvolvido é abundante de prana, confere ao homem encarnado ou desencarnado a faculdade de aumentar ou diminuir o seu campo visual, funcionando como verdadeiros telescópios e microscópios.

É chamado de “Terceiro Olho” ou “Olho de Shiva”. Este centro é muito popular no Oriente, tendo em visto a prática Oriental de se adornar a sua região com pedras preciosas ou tatuagens.

O Chacra frontal é o chacra dos sentidos, responsável pela energia da parte superior da cabeça. Percepção, conhecimento e liderança são prerrogativas desse chacra, nos permitindo entrar o mundo aparentemente invisível mediante a percepção extra-sensorial. Através dele, emitimos também nossa energia mental. Atua diretamente sobre a pituitária (hipófise), que dirige a função das demais glândulas. Quando em desequilíbrio pode também afetar órgãos a ele correspondente, além de ficarmos numa situação confusa, em que as idéias e os conceitos não tem um correspondência com a realidade, destruindo nossas idéias criativas. Ficamos sem raciocínio lógico e sem capacidade de colocar em prática nossas idéias. Bloqueios no chacra frontal motivados pela sua hiperatividade causam sintomas como falta de objetivo e instabilidade na vida. Também está ligado a capacidade de visualizar conceitos mentais, isso inclui conceitos de realidade, ou o universo da pessoa, ou seja, a maneira como ela vê o mundo, ou acha que o mundo provavelmente lhe responderá.

SÃO TOMÁS DE AQUINO


A Vida e as Obras
Após uma longa preparação e um desenvolvimento promissor, a escolástica chega ao seu ápice com Tomás de Aquino. Adquire plena consciência dos poderes da razão, e proporciona finalmente ao pensamento cristão uma filosofia. Assim, converge para Tomás de Aquino não apenas o pensamento escolástico, mas também o pensamento patrístico, que culminou com Agostinho, rico de elementos helenistas e neoplatônicos, além do patrimônio de revelação judaico-cristã, bem mais importante.
Para Tomás de Aquino, porém, converge diretamente o pensamento helênico, na sistematização imponente de Aritóteles. O pensamento de Aristóteles, pois, chega a Tomás de Aquino enriquecido com os comentários pormenorizados, especialmente árabes.
Nasceu Tomás em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal dos condes de Aquino. Era unido pelos laços de sangue à família imperial e às famílias reais de França, Sicília e Aragão. Recebeu a primeira educação no grande mosteiro de Montecassino, passando a mocidade em Nápoles como aluno daquela universidade. Depois de ter estudado as artes liberais, entrou na ordem dominicana, renunciando a tudo, salvo à ciência. Tal acontecimento determinou uma forte reação por parte de sua família; entretanto, Tomás triunfou da oposição e se dedicou ao estudo assíduo da teologia, tendo como mestre Alberto Magno, primeiro na universidade de Paris (1245-1248) e depois em Colônia.
Também Alberto , filho da nobre família de duques de Bollstädt (1207-1280), abandonou o mundo e entrou na ordem dominicana. Ensinou em Colônia, Friburgo, Estrasburgo, lecionou teologia na universidade de Paris, onde teve entre os seus discípulos também Tomás de Aquino, que o acompanhou a Colônia, aonde Alberto foi chamado para lecionar no estudo geral de sua ordem. A atividade científica de Alberto Magno é vastíssima: trinta e oito volumes tratando dos assuntos mais variados - ciências naturais, filosofia, teologia, exegese, ascética.
Em 1252 Tomás voltou para a universidade de Paris, onde ensinou até 1269, quando regressou à Itália, chamado à corte papal. Em 1269 foi de novo à universidade de Paris, onde lutou contra o averroísmo de Siger de Brabante; em 1272, voltou a Nápoles, onde lecionou teologia. Dois anos depois, em 1274, viajando para tomar parte no Concílio de Lião, por ordem de Gregório X, faleceu no mosteiro de Fossanova, entre Nápoles e Roma. Tinha apenas quarenta e nove anos de idade.
As obras do Aquinate podem-se dividir em quatro grupos:
1. Comentários: à lógica, à física, à metafísica, à ética de Aristóteles; à Sagrada Escritura; a Dionísio pseudo-areopagita; aos quatro livros das sentenças de Pedro Lombardo.
2. Sumas: Suma Contra os Gentios , baseada substancialmente em demonstrações racionais; Suma Teológica , começada em 1265, ficando inacabada devido à morte prematura do autor.
3. Questões: Questões Disputadas (Da verdade , Da alma , Do mal , etc.); Questões várias .
4. Opúsculos: Da Unidade do Intelecto Contra os Averroístas ; Da Eternidade do Mundo , etc.
O Pensamento: A Gnosiologia
Diversamente do agostinianismo, e em harmonia com o pensamento aristotélico, Tomás considera a filosofia como uma disciplina essencialmente teorética, para resolver o problema do mundo. Considera também a filosofia como absolutamente distinta da teologia, - não oposta - visto ser o conteúdo da teologia arcano e revelado, o da filosofia evidente e racional.
A gnosiologia tomista - diversamente da agostiniana e em harmonia com a aristotélica - é empírica e racional, sem inatismos e iluminações divinas. O conhecimento humano tem dois momentos, sensível e intelectual, e o segundo pressupõe o primeiro. O conhecimento sensível do objeto, que está fora de nós, realiza-se mediante a assim chamada espécie sensível . Esta é a impressão, a imagem, a forma do objeto material na alma, isto é, o objeto sem a matéria: como a impressão do sinete na cera, sem a materialidade do sinete; a cor do ouro percebido pelo olho, sem a materialidade do ouro.
O conhecimento intelectual depende do conhecimento sensível, mas transcende-o. O intelecto vê em a natureza das coisas - intus legit - mais profundamente do que os sentidos, sobre os quais exerce a sua atividade. Na espécie sensível - que representa o objeto material na sua individualidade, temporalidade, espacialidade, etc., mas sem a matéria - o inteligível, o universal, a essência das coisas é contida apenas implicitamente, potencialmente. Para que tal inteligível se torne explícito, atual, é preciso extraí-lo, abstraí-lo, isto é, desindividualizá-lo das condições materiais. Tem-se, deste modo, a espécie inteligível , representando precisamente o elemento essencial, a forma universal das coisas.
Pelo fato de que o inteligível é contido apenas potencialmente no sensível, é mister um intelecto agente que abstraia, desmaterialize, desindividualize o inteligível do fantasma ou representação sensível. Este intelecto agente é como que uma luz espiritual da alma, mediante a qual ilumina ela o mundo sensível para conhecê-lo; no entanto, é absolutamente desprovido de conteúdo ideal, sem conceitos diferentemente de quanto pretendia o inatismo agostiniano. E, ademais, é uma faculdade da alma individual, e não noa advém de fora, como pretendiam ainda i iluminismo agostiniano e o panteísmo averroísta. O intelecto que propriamente entende o inteligível, a essência, a idéia, feita explícita, desindividualizada pelo intelecto agente, é o intelecto passivo , a que pertencem as operações racionais humanas: conceber, julgar, raciocinar, elaborar as ciências até à filosofia.
Como no conhecimento sensível, a coisa sentida e o sujeito que sente, formam uma unidade mediante a espécie sensível, do mesmo modo e ainda mais perfeitamente, acontece no conhecimento intelectual, mediante a espécie inteligível, entre o objeto conhecido e o sujeito que conhece. Compreendendo as coisas, o espírito se torna todas as coisas, possui em si, tem em si mesmo imanentes todas as coisas, compreendendo-lhes as essências, as formas.
É preciso claramente salientar que, na filosofia de Tomás de Aquino, a espécie inteligível não é a coisa entendida, quer dizer, a representação da coisa (id quod intelligitur) , pois, neste caso, conheceríamos não as coisas, mas os conhecimentos das coisas, acabando, destarte, no fenomenismo. Mas, a espécie inteligível é o meio pelo qual a mente entende as coisas extramentais (é, logo, id quo intelligitur ). E isto corresponde perfeitamente aos dados do conhecimento, que nos garante conhecermos coisas e não idéias; mas as coisas podem ser conhecidas apenas através das espécies e das imagens, e não podem entrar fisicamente no nosso cérebro.
O conceito tomista de verdade é perfeitamente harmonizado com esta concepção realista do mundo, e é justificado experimentalmente e racionalmente. A verdade lógica não está nas coisas e nem sequer no mero intelecto, mas na adequação entre a coisa e o intelecto: veritas est adaequatio speculativa mentis et rei . E tal adequação é possível pela semelhança entre o intelecto e as coisas, que contêm um elemento inteligível, a essência, a forma, a idéia. O sinal pelo qual a verdade se manifesta à nossa mente, é a evidência; e, visto que muitos conhecimentos nossos não são evidentes, intuitivos, tornam-se verdadeiros quando levados à evidência mediante a demonstração.
Todos os conhecimentos sensíveis são evidentes, intuitivos, e, por conseqüência, todos os conhecimentos sensíveis são, por si, verdadeiros. Os chamados erros dos sentidos nada mais são que falsas interpretações dos dados sensíveis, devidas ao intelecto. Pelo contrário, no campo intelectual, poucos são os nossos conhecimentos evidentes. São certamente evidentes os princípios primeiros (identidade, contradição, etc.). Os conhecimentos não evidentes são reconduzidos à evidência mediante a demonstração, como já dissemos. É neste processo demonstrativo que se pode insinuar o erro, consistindo em uma falsa passagem na demonstração, e levando, destarte, à discrepância entre o intelecto e as coisas.
A demonstração é um processo dedutivo, isto é, uma passagem necessária do universal para o particular. No entanto, os universais, os conceitos, as idéias, não são inatas na mente humana, como pretendia o agostinianismo, e nem sequer são inatas suas relações lógicas, mas se tiram fundamentalmente da experiência, mediante a indução, que colhe a essência das coisas. A ciência tem como objeto esta essência das coisas, universal e necessária.
A Metafísica
A metafísica tomista pode-se dividir em geral e especial. A metafísica geral - ou ontologia - tem como objeto o ser em geral e as atribuições e leis relativas. A metafísica especial estuda o ser em suas grandes especificações: Deus, o espírito, o mundo. Daí temos a teologia racional - assim chamada, para distingui-la da teologia revelada; a psicologia racional (racional, porquanto é filosofia e se deve distinguir da moderna psicologia empírica, que é ciência experimental); a cosmologia ou filosofia da natureza (que estuda a natureza em suas causas primeiras, ao passo que a ciência experimental estuda a natureza em suas causas segundas).
O princípio básico da ontologia tomista é a especificação do ser em potência e ato. Ato significa realidade, perfeição; potência quer dizer não-realidade, imperfeição. Não significa, porém, irrealidade absoluta, mas imperfeição relativa de mente e capacidade de conseguir uma determinada perfeição, capacidade de concretizar-se. Tal passagem da potência ao ato é o vir-a-ser , que depende do ser que é ato puro; este não muda e faz com que tudo exista e venha-a-ser. Opõe-se ao ato puro a potência pura que, de per si, naturalmente é irreal, é nada, mas pode tornar-se todas as coisas, e chama-se matéria.
A Natureza
Uma determinação, especificação do princípio de potência e ato, válida para toda a realidade, é o princípio da matéria e de forma. Este princípio vale unicamente para a realidade material, para o mundo físico, e interessa portanto especialmente à cosmologia tomista. A matéria não é absoluto, não-ente; é, porém, irreal sem a forma, pela qual é determinada, como a potência é determinada, como a potência é determinada pelo ato. É necessária para a forma, a fim de que possa existir um ser completo e real (substância ). A forma é a essência das coisas (água, ouro, vidro) e é universal. A individuação, a concretização da forma, essência, em vários indivíduos, que só realmente existem (esta água, este ouro, este vidro), depende da matéria, que portanto representa o princípio de individuação no mundo físico. Resume claramente Maritain esta doutrina com as palavras seguintes: "Na filosofia de Aristóteles e Tomás de Aquino, toda substância corpórea é um composto de duas partes substanciais complementares, uma passiva e em si mesma absolutamente indeterminada ( a matéria ), outra ativa e determinante ( a forma )" .
Além destas duas causas constitutivas (matéria e forma), os seres materiais têm outras duas causas: a causa eficiente e a causa final. A causa eficiente é a que faz surgir um determinado ser na realidade, é a que realiza o sínolo , a saber, a síntese daquela determinada matéria com a forma que a especifica. A causa final é o fim para que opera a causa eficiente; é esta causa final que determina a ordem observada no universo. Em conclusão: todo ser material existe pelo concurso de quatro causas - material , formal , eficiente , final ; estas causas constituem todo ser na realidade e na ordem com os demais seres do universo físico.
O Espírito
Quando a forma é princípio da vida, que é uma atividade cuja origem está dentro do ser, chama-se alma . Portanto, têm uma alma as plantas (alma vegetativa: que se alimenta, cresce e se reproduz), e os animais (alma sensitiva: que, a mais da alma vegetativa, sente e se move). Entretanto, a psicologia racional , que diz respeito ao homem, interessa apenas a alma racional. Além de desempenhar as funções da alma vegetativa e sensitiva, a alma racional entende e quer, pois segundo Tomás de Aquino, existe uma forma só e, por conseguinte, uma alma só em cada indivíduo; e a alma superior cumpre as funções da alma inferior, como a mais contém o menos.
No homem existe uma alma espiritual - unida com o corpo, mas transcendendo-o - porquanto além das atividades vegetativa e sensitiva, que são materiais, se manifestam nele também atividades espirituais, como o ato do intelecto e o ato da vontade. A atividade intelectiva é orientada para entidades imateriais, como os conceitos; e, por conseqüência, esta atividade tem que depender de um princípio imaterial, espiritual, que é precisamente a alma racional. Assim, a vontade humana é livre, indeterminada - ao passo que o mundo material é regido por leis necessárias. E, portanto, a vontade não pode ser senão a faculdade de um princípio imaterial, espiritual, ou seja, da alma racional, que pelo fato de ser imaterial, isto é, espiritual, não é composta de partes e, por conseguinte, é imortal.
Como a alma espiritual transcende a vida do corpo depois da morte deste, isto é, é imortal, assim transcende a origem material do corpo e é criada imediatamente por Deus, com relação ao respectivo corpo já formado, que a individualiza. Mas, diversamente do dualismo platônico-agostiniano, Tomás sustenta que a alma, espiritual embora, é unida substancialmente ao corpo material, de que é a forma. Desse modo o corpo não pode existir sem a alma, nem viver, e também a alma, por sua vez, ainda que imortal, não tem uma vida plena sem o corpo, que é o seu instrumento indispensável.
Deus
Como a cosmologia e a psicologia tomistas dependem da doutrina fundamental da potência e do ato, mediante a doutrina da matéria e da forma, assim a teologia racional tomista depende - e mais intimamente ainda - da doutrina da potência e do ato. Contrariamente à doutrina agostiniana que pretendia ser Deus conhecido imediatamente por intuição, Tomás sustenta que Deus não é conhecido por intuição, mas é cognoscível unicamente por demonstração; entretanto esta demonstração é sólida e racional, não recorre a argumentações a priori , mas unicamente a posteriori , partindo da experiência, que sem Deus seria contraditória.
As provas tomistas da experiência de Deus são cinco: mas todas têm em comum a característica de se firmar em evidência (sensível e racional), para proceder à demonstração, como a lógica exige. E a primeira dessas provas - que é fundamental e como que norma para as outras - baseia-se diretamente na doutrina da potência e do ato. "Cada uma delas se firma em dois elementos, cuja solidez e evidência são igualmente incontestáveis: uma experiência sensível, que pode ser a constatação do movimento, das causas, do contingente, dos graus de perfeição das coisas ou da ordem que entre elas reina; e uma aplicação do princípio de causalidade, que suspende o movimento ao imóvel, as causas segundas à causa primeira, o contingente ao necessário, o imperfeito ao perfeito, a ordem à inteligência ordenadora".
Se conhecermos apenas indiretamente, pelas provas, a existência de Deus, ainda mais limitado é o conhecimento que temos da essência divina, como sendo a que transcende infinitamente o intelecto humano. Segundo o Aquinate, antes de tudo sabemos o que Deus não é (teologia negativa), entretanto conhecemos também algo de positivo em torno da natureza de Deus, graças precisamente à famosa doutrina da analogia. Esta doutrina é solidamente baseada no fato de que o conhecimento certo de Deus se deve realizar partindo das criaturas, porquanto o efeito deve Ter semelhança com a causa. A doutrina da analogia consiste precisamente em atribuir a Deus as perfeições criadas positivas, tirando, porém, as imperfeições, isto é, toda limitação e toda potencialidade. O que conhecemos a respeito de Deus é, portanto, um conjunto de negações e de analogias; e não é falso, mas apenas incompleto.
Quanto ao problemas das relações entre Deus e o mundo, é resolvido com base no conceito de criação, que consiste numa produção do mundo por parte de Deus, total, livre e do nada.
Fonte: www.mundodosfilosofos.com.br

sábado, 11 de junho de 2011

O SENTIDO DA MORTE


Todo ser humano com o mínimo de consciência crítica em algum momento da vida vai sentir o desejo de saber qual é o sentido da sua existência, do porquê de estar ali com aquela família, com aqueles amigos, o seu círculo de convivência, etc, e o que deve fazer para que a vida seja digna de ser vivida. Em fim questiona-se, qual é o sentido da vida?

Não existe uma resposta concreta para uma questão subjetiva, o mais próximo que cheguei de uma explicação foi que o sentido da vida é viver aprendendo a crescer. É um ponto de vista muito parecido com o dos reencarnacionistas que acreditam que a vida é um processo de aperfeiçoamento e purificação seja do espírito ou dos corpos sutis, isto posto, podemos concluir que a vida é um processo de melhorar a si mesmo através de um conjunto de experiências, tais como, soluções de problemas cotidianos, conclusões que nos farão agir de formas diferentes que melhorarão a vida dos outros, aprenderemos ser mais solidários, melhores pais, melhores mães, terminaremos com conflitos familiares, faremos as pazes com quem nos fez mal, e tudo isso, somado a uma série de outras coisas nos fará pessoas melhores. Passado de um período que varia de 70 a 90 anos deixaremos esse plano de existência, para depois não sei quando nem onde, voltarmos outra vez para viver outras experiências, com outra família, outros amigos e outro círculo de amizade. A frase escrita no túmulo de Benjamin Franklim exemplifica muito bem esse processo “Aqui jaz o corpo de Benjamin Franklin, livreiro, como a capa de um livro velho, despedaçado e despido de seu título e de seus dourados, entregue aos vermes. Mas a obra não está perdida, pois aparecerá mais uma vez, em nova e elegante edição, revista e corrigida pelo autor”. Tudo isso para nos aproximar do Deus de nossa compreensão e um dia retornarmos a Casa Dele, a Grande Morada e sentarmos novamente a Tua Direita lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Se é verdade que vamos ao encontro de Deus por que choramos a partida de alguém? Choramos de saudade, a saudade de não tê-lo mais nas festas de aniversários e outras datas comemorativas. Choramos de saudade pelos abraços que não serão dados novamente, pelas palavras amigas que não mais serão ditas. E pela certeza de que poderíamos ter feito mais, de ser mais, mais amigo, mais compreensivo e mais presente.

No fim de cada encarnação temos um encontro, a tão vilipendiada Dama da Foice com sua incrível habilidade de ser temida sem nunca ter sido vista nos espera para o último adeus, o último abraço que nos levará a uma outra realidade, onde estaremos cara a cara com o resultado de todas as nossas ações, o que fizemos o que deixamos de fazer.

Mas existe um pergunta a qual poucas pessoas se fazem por medo ou dificuldade de aceitação que os impede de questionar qual é o sentido da morte? Um hiato entre duas existências seria uma resposta incompleta, mas não deixa de ser verdade se nos basearmos no fato de não sabermos o que acontece do “outro lado”. Levando em conta o preceito bíblico de que “ao homem é dado conforme as sua obras".

Óh morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o rato e o homem, vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres nos buscar e saiba que na lápide de alguém que dignificou sua vida baseada ensinamentos do Cristo, honrou sua família com fé no Deus de sua compreensão jamais será escrito a seguinte frase; “Morreu sem nunca ter vivido” pois esses conhecem as Leis dos céus, sabem que a vida é muito curta para ser pequena e não pode ser desperdiçada com mesquinharias que não interessam a Deus. Mais uma vez lhe digo, vista-se com a tua mais bela roupa e vem... mas demore a chegar! Mostra-me que a morte é o despertar de um sonho chamado vida, que seu único sentido é mostrar que essa vida deve ser vivida com intensidade apesar das decepções e derrotas do caminho. Que assim seja agora e sempre!

terça-feira, 7 de junho de 2011

ORDEM ROSACRUZ (1ª PARTE)

Misticismo, no melhor sentido da palavra pode ser definido como um estilo de vida, um modo de ser no coração, e na mente.O verdadeiro místico é dedicado a estudar as leis do universo e da natureza, mas também dedica-se à contemplação da beleza do incriado. Um verdadeiro místico não está buscando uma definição da verdade pronta, supondo que realmente ela exista, mas ele sente a necessidade e o desejo de compreender melhor o significado da vida. Não ditar-lhe o que é certo ou errado, mas que o guia no despertar de sua consciência. Nisso, ele quer viver em uma sociedade livre e esclarecido. É por isso que a AMORC, em seus ensinamentos, da muita importância à liberdade de pensamento.O verdadeiro estudante Rosacruz entende desde os primeiros passos na senda que ele tem acesso a uma herança grande e tradicional, mas também que o objetivo desta herança é permitir-lhe construir sua própria filosofia.
www.amorc.org.br

Por Hugo Lapa
”Desejas ser membro da nossa Sociedade? Se assim é, penetra no teu próprio coração. Desejas conhecer os Irmãos? Se assim é, aprende a conhecer a divindade manifestada na tua própria alma. Busca em ti o perfeito, imortal e imutável, e quando o encontrares terás entrado na nossa sociedade e conhecer-nos-ás."
“Perguntas quais são as nossas doutrinas? Não proclamamos nenhuma, porque quaisquer que proclamássemos seria para ti uma opinião duvidosa, enquanto não te conheceres a ti mesmo. Este conhecimento o obterás pela instrução interna e deve ir desenvolvendo-se em ti mesmo.”
“Não pertencemos a seita alguma, não temos ambição a satisfazer, não desejamos popularidade, nem nos desgosta o estado presente das coisas no mundo como aos que desejam governar para impor as suas opiniões. Não há pessoa nem partido algum que nos influencie, nem esperamos recompensa pelo nosso trabalho. Possuímos uma Luz, que nos permite conhecer os mistérios mais profundos da Natureza e alimenta-nos um Fogo, por meio do qual podemos atuar sobre todas as coisas que existem na Natureza. Possuímos a chave de todos os segredos e conhecemos o laço que une o nosso planeta com os outros mundos. A nossa ciência é uma Ciência Universal, porque abarca o universo inteiro e a sua história começa no primeiro dia da criação. Possuímos os antigos livros de sabedoria. Tudo na Natureza se encontra sujeito à nossa vontade porque a nossa vontade é una com a do Espírito Universal, potência motora do universo inteiro e origem eterna de toda a vida. Não necessitamos de informação alguma dos homens, nem de livros, porque podemos perceber tudo quanto existe e ler no livro da Natureza, isento de erros. Na nossa escola ensina-se tudo, porque a luz de todas as coisas dimana da onisciência do nosso Mestre.
“Podemos falar-te do mais maravilhoso que conhecemos que está tão completamente fora do alcance do filósofo mais erudito dos nossos tempos, como o Sol da Terra.”
“Nada haveria de mais absurdo do que discutir estes assuntos com um cético ou com um materialista, porque negariam a sua possibilidade. Equivaleria a discutir sobre a existência da luz com um cego de nascença, pois nenhum tribunal de cegos poderia pronunciar-se acerca da existência ou não existência da luz. Sem dúvida que esta tem existido e continua a existir, mas ainda que possamos dar aos cegos uma ideia da luz, não poderemos provar a sua existência enquanto permanecerem cegos à razão e à lógica.”
Fonte: www.hugolapa.wordpress.com

quarta-feira, 1 de junho de 2011

JESUS, O ÍDOLO DOS ATEUS

Por Marcelo Deldebbio
O termo atheos surgiu durante a Grécia Antiga, em aproximadamente 500 AC, onde o termo significava “sem Deus”, ou “aquele que cortou seus laços com os deuses” e designava um sacerdote que estava rompendo seus laços com seu antigo templo. O termo foi muito usado nos primeiros séculos após as pregações do Avatar Yeshua, em debates entre helenistas (os sacerdotes gregos), essênios e outras facções de cristãos primitivos (antes do Vaticano) onde cada um dos lados usava o termo para designar pejorativamente o outro. Este termo nunca era designado para um membro do povão e seria impensável alguém se auto-proclamar “ateu”. Era o equivalente a um xingamento.
E Jesus, para os helenistas, era o exemplo máximo dos ateus.
Uma das primeiras coisas que eu aprendi quando estudava Religiões e Mitologias comparadas é a de nunca julgar um movimento religioso ou filosófico com os olhos do presente. Para entender o que realmente estava se passando, é necessário nos colocarmos no tempo e no espaço onde cada movimento religioso ou filosófico ocorreu.
E o mesmo vejo acontecer com o dito “movimento ateu” aqui no Brasil. Sempre que leio em algum lugar um alegado ateu que diz “Eu não acredito em Deus” eu penso “Não acredita em Deus ou não acredita no Deus psicopata, vingativo e ao mesmo tempo amoroso e magnânimo (dupla personalidade?) que a Igreja Católica inventou e empurrou goela abaixo durante toda a sua vida?”.
  
Deus não é um velho sentado na montanha
Entendendo a Kabbalah, podemos perceber que o Jeová (YHVH) bíblico, em suas duas faces, nada mais é do que a representação dual das esferas Geburah (Força, representando a grande restrição e molde das formas) e Chesed (Misericórdia, representando o grande provedor universal) atuando sobre as esferas mais baixas da Árvore da Vida (que é um mapa dos estados de consciência do ser humano). Não há nada que já não estivesse DENTRO do ser humano o tempo todo. Yeshua sabia disso, e o Deus (Keter) que ele pregava é um deus simbólico das arestas que devemos aparar em nós mesmos para atingir o nível de consciência divino. Em outras palavras, Jesus ensinou aos homens como se tornarem deuses (Yeshua era chamado de “O Portador da Luz” em algumas ordens cristãs primitivas… este nome… “Portador da Luz”, lembra alguma coisa para vocês?)..
Outra coisa que precisamos deixar claro é que, hoje em dia, a maioria das pessoas acha que Deuses eram algo como os x-men: criaturas fantásticas cheias de poderes que lançavam raios e trovões, voavam, acertavam flechas a quilômetros de distância e podiam transformar chumbo em ouro. Na verdade, fora dos círculos do povão, os Iniciados sempre souberam que os deuses nada mais são do que grandes egrégoras voltadas para a personificação de forças naturais. São Iniciações nas quais você aprende no Plano físico (Malkuth) a lapidar sua forma de pensar (Hod), sentir (Netzach) e intuir (Yesod) de modo a dominar os seus 4 elementos interiores para permitir o contato com o ser Crístico (e tem cético que acha até hoje que os quatro elementos da alquimia são literais… terra, ar, água e fogo).

Alegorias
Muitos dos ensinamentos da kabbalah são passados adiante através de alegorias, cujas chaves, imagens e desenhos são necessárias para se entender (e principalmente SENTIR) a mensagem que se quer passar. Para os obtusos que não conseguem enxergar nada além do Plano Material, estas alegorias nada mais são do que “contos de fadas”.
Tomemos um exemplo clássico: Todo mundo sabe que os alquimistas são capazes de “transformar chumbo em ouro“. Mas transformamos o chumbo do ego no ouro da essência. Vocês acreditam que outro dia no orkut um dos líderes de comunidades céticas estava em uma discussão exigindo “provas laboratoriais” da transformação de chumbo em ouro? Tem como ser mais patético do que isso?
Vamos pegar um outro exemplo, um conto de fadas clássico: “A princesa está aprisionada em um castelo ou masmorra, protegida por um dragão. Um cavaleiro de armadura reluzente vai até ela, derrota o dragão e salva a princesa, casando-se com ela e, como Rei e Rainha, são felizes para sempre”.
Isto nada mais é do que uma alegoria dentro da Kabbalah para demonstrar o caminho de um iniciado até estar purificado para receber o ser Crístico e tornar-se um boddisathva (ou iluminado, ou christos, ou mestre ascencionado ou qualquer outro nome que queiram dar para isso).
Dentro da simbologia, a princesa representa Yesod, nossa intuição, aprisionado na Pedra Bruta (que é o castelo ou masmorra, representando o plano material de Malkuth).
Através do cavaleiro, que SEMPRE tem uma armadura brilhante e representa todas as sete virtudes, personifica o SOL crístico (Tiferet) da beleza que vai trabalhar esta reforma íntima.
O Dragão representa os 4 elementos (além de ser uma serpente de asas, ele cospe fogo, voa pelo ar, nada na água e caminha sobre a terra) que, por sua vez, representa o caminho de evolução da consciência através das esferas de Hod (razão), Netzach (emoção) e Malkuth (físico), chegando até Tiferet (espiritual). A luta entre o dragão e o cavaleiro representa a essência divina sendo despertada e dominando cada etapa dos 4 elementos (material, intelectual, emocional e espiritual) até que a fagulha divina (princesa) é libertada e se casa com o cavaleiro (no chamado Casamento Alquímico – ver poema de William Blake e música do Bruce Dickinson de mesmo nome) e tornam-se Rei (Hochma) e Rainha (Binah), ultrapassando o Véu de Paroketh e escalando a Árvore da Vida. Falaremos mais sobre isso quando começarem os posts sobre Kabbalah.
Podemos lembrar também da história Perseu e Andrômeda, ou mesmo da alegoria católica para “São Jorge derrotando o dragão” e muitas, muitas outras.
Então, a moral da história é: enquanto as pessoas ficarem procurando por deuses fora de si mesmos, sempre existirá algum pilantra disposto a vendê-los e a dizer o que vocês podem e o que não podem fazer. O Oráculo de Delfos dizia “Conhece a ti mesmo, e conhecerá os deuses e as maravilhas do Universo”. E é disso que se trata a alquimia, astrologia e a kabbalah. Tornar-se você mesmo um deus.

Mas tio Marcelo, e os deuses?
Use os outros Deuses para obter sabedoria. Não os Venere (do latim Venerationem, ou “curvar-se à”), mas os Admire (do latim Admirationem, ou seja “exalte seus sentimentos”). Todos os deuses de todas as mitologias possuem histórias por trás deles e todas estas histórias trazem grandes ensinamentos.
Por outro lado, os deuses formam grandes e poderosas Egrégoras , cheias de energia para serem usadas por aqueles que sabem como acessá-las. Você acha mesmo que pessoas muito mais inteligentes que você iriam venerar um “deus de cabeça de elefante”? A alegoria de Ganesha (meu deus favorito, aliás) é uma das mais lindas e completas lições de vida que já encontrei nas mitologias. Um dia farei um posto apenas sobre ele.
Mas voltando ao assunto: então surge a grande questão “Se todos os deuses estão dentro de seus pensamentos apenas, mas todo pensamento é projetado no astral, então os deuses estão ao mesmo tempo no Universo e dentro de você”, o que nos remete ao Oráculo de Delfos novamente. Parece uma serpente mordendo a própria cauda…

Entendendo os ateus e céticos
Muitas pessoas, lendo esta coluna, devem achar que eu odeio os ateus e céticos ou sou o nêmesis deles, mas nada está mais afastado da verdade. Eu compreendo perfeitamente a posição na Árvore da Vida em que eles estão (da mesma maneira como também compreendo os fanáticos religiosos ou os místicos hippies ou os ateus materialistas).
Tem gente que deve imaginar até que eu e o Kentaro Mori somos inimigos mortais, mas a verdade é que às vezes passamos madrugadas inteiras batendo papo no msn e eu o acho um cara muito inteligente e muito gente boa. Ele tem me ajudado a bolar alguns parâmetros científicos rigorosos para experimentos em alguns laboratórios rosacruzes e eu tenho passado pra ele imagens, fotos e idéias que não tive tempo de pesquisar para ele me ajudar a descobrir se são hoaxs ou não.
Como o ocultista William Blake disse, “Sem opostos não há progresso“.
Todo ocultista é, obrigatoriamente, um cético. Se não for, vai virar um esquisotérico comprador de revistas de horóscopo, amigo dos gnomos de Além da Lenda, abraçador de árvores, entoador de mantras hippies, leitor de revistas de pink wicca e outras modinhas toscas, o que não os tornaria nem um pouco diferentes de um fanático religioso ou de um cético tapado.
Dentro da kabbalah, todos estes casos são desvios do Caminho do Equilíbrio (a título de curiosidade, caminho 25, Arcano XIV, a Temperança): Os materialistas puros (Malkuth), os misticóides (Yesod), os fanáticos céticos (Hod) e os fanáticos religiosos (Netzach). Todos os excessos dos 4 elementos que precisam ser equilibrados na alquimia!
Para entender um ateu, precisamos nos colocar no lugar dele, e acompanhar o desenvolvimento do termo ao longo da história: A partir de Constantino, a religião “oficial” de Roma passou a ser aquele “cristianismo frankenstein” que ainda vamos estudar, mas qualquer pessoa que não estivesse de acordo com a doutrina romana seria considerado um pagão (vindo do latim pagani, ou “pessoa do campo”) ou ateu (“que não possui deuses”).
Esta classificação era meramente filosófica, pois ambos deveriam converter-se ou iriam para a fogueira e nenhum dos dois tipos realmente acabava se convertendo.
No caso dos Pagani, a Igreja bolou formas de absorver, converter seus deuses em diabos e transformar datas festivas em datas católicas (vide 25 de Dezembro). No caso dos ateus, não havia muito o que se fazer a respeito. Uma das curiosidades é que, ironicamente, a imensa maioria das pessoas consideradas atheos pela Igreja encontrava-se dentro das fraternidades rosacruzes (os filósofos iluminados).

Por que “Iluminados”?
Porque dentro destas escolas de pensamento, considera-se que quem está no começo de sua trilha espiritual está “nas trevas da ignorância” e, conforme vai galgando os degraus do autoconhecimento e se lapidando, adquirindo cada vez mais “luz da sabedoria”, até que passa a irradiar esta luz para outras pessoas, ou seja, tornar-se iluminado.
Note que esta “luz” só aparece com muito esforço. Ficar sentado de cabeça baixa esperando alguém te iluminar vai te transformar apenas em uma pedra que recebe luz, mas o brilho precisa vir de dentro para fora, através da lapidação dos defeitos capitais (os tais “7 pecados” que eu vou esmiuçar em colunas futuras). A pessoa precisa “buscar” esta luz através do ceticismo e do ocultismo e, nesta jornada, torna-se um buscador. Note novamente a semelhança com a história de Prometeu/Lúcifer. 

Voltando aos Ateus
Posso imaginar um ateu brasileiro como uma pessoa com inteligência acima da média, que tem entre 16 e 40 anos e morou no Brasil por quase toda a sua vida. Esta pessoa foi alimentada com bizarrices durante toda a sua vida: falaram para ele na escola que um sujeito colocou dois animais de cada espécie em um barquinho durante 40 dias para escapar da chuva, falaram que Deus criou o mundo em 7 dias, que a Terra tem 6000 anos de idade, que uma torre desmoronando era a responsável pelas línguas da Terra e por ai vai… e que tudo isso era “a palavra de Deus”. Mais tarde, jogam na nossa cara um Jesus-Apolo com uma história toda picotada e incompreensível e dizem que “ele morreu pelos nossos pecados” ou “morreu para nos salvar”. E pior, que se não acreditarmos nele, este deus bondoso e magnânimo nos lançará nas profundezas do inferno para sermos torturados pela ETERNIDADE.
Qualquer pessoa que tenha um mínimo de inteligência e cultura vai começar a questionar tudo isso.
As pessoas mais velhas, por terem passado 30… 40 anos ouvindo estas histórias em um período sem troca de informações (não havia internet) e onde a dominação educacional, moral e dogmática era MUITO mais pesada do que a nossa certamente terão muito mais dificuldades em largarem este pensamento. Temos de ter paciência e compreender a posição deles: eles nunca tiveram acesso ao conhecimento “oculto”.
Os mais jovens passam pelo estágio da negação: tendo uma inteligência acima da média, escutam essas coisas e assistem ao show de horrores e injustiças que é a cultura do dízimo e pensam “que merda é essa? Isso não pode ser sério!” e passam a se considerar ateus.
É o que eu considero um “ateu estágio 1”. A criação do não-Deus como resposta aos absurdos das Igrejas caça-níqueis. A imensa maioria do pessoal que eu conheço que se denomina “ateu” começa nesta posição.
A partir deste estágio, a pessoa pode se dividir em três categorias: as que adquirem uma revolta interior tão grande com isso que assumem uma forma mais agressiva de contestar esta religião, abraçando qualquer outra coisa que lhe apresentem apenas como resposta direta aos ataques dos crentes… O problema com isso é que estas pessoas geralmente são manipuladas por iniciados em NOX e Goetia para servirem de gado energético com seus “rituais satânicos” disponíveis na internet (um dia eu falo mais sobre satanismo sério) ou montam a sua “religião do não-deus católico” e saem por ai pregando. Esse pessoal, que costumamos chamar de “satanistas de orkut“, leram meia dúzia de livros do Aleister Crowley, não têm a menor idéia de como a ritualística funciona e geralmente são vampirizados e usados como baterias energéticas para iniciados de verdade das Fraternidades Negras.
A segunda categoria é a dos preguiçosos mentais, que decidem parar seu ceticismo por ai. Decidem que “todas as religiões são iguais, não preciso estudar nenhuma, ninguém presta, são todos picaretas e são todas iguais” e normalmente pensam o mesmo das ciências ocultas, fazendo uma mistureba com os charlatões, videntes e afins (e eu também nem vou culpá-los por isso, porque a coisa é realmente suína no ramo misticóide). Eles normalmente consideram efeitos espirituais como fraudes (e também não podemos julgá-los, já que a maioria das coisas que aparecem na TV é mesmo uma palhaçada), mas nunca se deram ao trabalho de buscar pessoalmente qualquer tipo de comprovação, seja para sim, seja para não. Desta categoria surgem os fanáticos-céticos.
Falar “Deus não existe” é, na melhor das hipóteses, uma demonstração de ignorância, arrogância e prepotência, que assumiria que o indivíduo estudou tudo o que há para ser estudado no planeta e, do alto do conhecimento total, poderia tecer algum comentário semelhante. Por outro lado, falar “Deus existe” quando esse “Deus” é aquela aberração fabricada pela Igreja Católica também é um contrasenso… Oh, a ironia.
E percebemos que o comportamento destes céticos é EXATAMENTE IGUAL ao dos fanáticos religiosos. Ambos são “donos totais da verdade suprema e absoluta incontestável”. Discutir com eles é tão ou mais perda de tempo do que discutir com um pastor evangélico.

A terceira categoria é a que eu respeito. Estes buscadores céticos estudam as outras religiões e filosofias (e por estudar não quero dizer “fuçaram na wikipedia”) e entendem os princípios de suas filosofias e doutrinas, chegando até mesmo a absorver e comparar seus ensinamentos sem se deter nos dogmas impostos (Não mentir, não roubar, não matar, ter ética…). Eles podem chegar à conclusão que “nenhuma das religiões que conheci até agora me serve” (esta resposta eu respeito) mas isso não os impede de continuar estudando e respeitando quem ainda não chegou neste estágio.
Eventualmente ele pode encontrar uma filosofia que lhe sirva, OU continuará uma eterna busca. O mesmo vale para os tais “fenômenos sobrenaturais” (e também pode ser estendido para as informações que eu coloco nesta coluna).
Eu, pessoalmente, acredito que não existe nada “sobrenatural”; existem apenas coisas “naturais” que a ciência ortodoxa não teve capacidade para explicar ainda. Incluindo os espíritos e a magia.
Alguns buscadores acabam chegando a um deus-pessoal, ou seja, o chamado EU SOU. Se basta ter um adorador para qualificar um Deus, se você adorar (do latim Adore, ou “conversar, conhecer”) a si mesmo, isto não configuraria o suficiente para classificá-lo como um Deus? Neste estágio, eles deixam de se tornar um “sem-deus” e se tornam a própria divindade, sem necessidade de procurar nada externo (olha o Oráculo de Delfos novamente, crianças).

O Deus-Ciência
Posso afirmar que o universo que conhecemos foi criado no Big Bang (sopro divino), que formou as galáxias, estrelas e planetas, todos compostos dos mesmos átomos originais, apenas combinados de maneira diferente. Os seres humanos são um amontoado de átomos provenientes desta poeira cósmica, que um dia morrerão e serão recombinados em outros átomos para formar outros seres humanos; assim “reencarnando”. Um dia, quando o universo parar de se expandir e passar a se comprimir, ele acabará no Big Crush e todos os átomos retornarão à origem (embora esta teoria ainda esteja sendo intensamente debatida entre os físicos).
Chame o Big Bang de “Deus” e temos: “O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, e um dia retornará ao criador. O homem é Deus”. E a Kabbalah se prova certa mais uma vez, mesmo no maior dos materialismos.
Site: www.deldebbio.com.br
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