segunda-feira, 30 de maio de 2011

CHACRA LARÍNGEO E SUAS FUNÇÕES

Nome: Vishuddha
Localização: Garganta
Cor: Azul-claro
Elemento: Éter
Nota musical: Sol
Mantra: Ham
Nº de pétalas: 16

Funções: Comunicação, criatividade, iniciativa, independência.
Disfunções: Fracasso, apatia, desespero, limitação, medo, insegurança, auto-reprovação, submissão.
Órgãos: Garganta, amídalas, laringe, cordas vocais, esôfago, susceptibilidade a infecções virais e bacterianas, resfriados, amigdalites, dores musculares e de cabeça (nuca), problemas dentários, endurecimento dos maxilares (bruxismo), congestão linfática, herpes e medo de fracasso na vida social.

O Vishuddaha está localizado à altura da garganta próximo ao plexo nervoso e na perpendicular do chacra frontal do qual recebe alguma cooperação. Contribui no desenvolvimento da audição psíquica. A sua função principal é controlar as atividades vocais e glandulares: timo, tireóide, paratireóides. É responsável pela saúde da garganta e das cordas vocais. Muito vivo e brilhante nos oradores célebres, cantores e poetas. Influi grandemente nos demais centros de forças, nos plexos nervosos e no ato de materialização de idéias através de fonação. Governa a postura do corpo. Esse chacra é considerado o portão para a alta consciência e para a purificação. Trabalhando para desenvolvê-lo podemos iniciar o caminho espiritual, como prêmio nos colocamos em comunicação com nossa essência superior. É o centro psicológico da evolução da criatividade, responsabilidade, iniciativa e autodisciplina.
Quando está aberto e harmonizado, somos conscientes da responsabilidade de nosso desenvolvimento em todos os sentidos desde as nossas necessidades materiais até as espirituais. Passamos, a saber, qual o nosso papel na sociedade no trabalho e nos preocuparmos em conseguir o máximo de satisfação possível. Seu centro físico corresponde a Tireóide, que desempenha papel importante no crescimento do esqueleto e dos órgãos internos, regulando o metabolismo. Regula o iodo e o cálcio no sangue e tecidos. Quando em desarmonia aparece o medo da desaprovação de nossos semelhantes, medo do fracasso na vida social e nos convertemos em seres potencialmente agressivos, adotando uma atitude instintiva de defesa própria. Podemos ser levados a nos esconder no orgulho para poder suportar a carência de êxito. Bloqueios no chacra laríngeo frequentemente produzem sintomas físicos como rouquidão, dificuldade de se comunicar, gagueira, palavras embaralhadas. Esse chacra participa de qualquer desequilíbrio psicofísico.

Sugestões para você equilibrar o Chacra da Garganta feitas pelo frater rosacruz Randler Michel no blog www.fusaocosmica.blogspot.com:
1º Aprenda a dizer não quando realmente você queira dize-lo, não faça as coisas apenas para agradar o outro, e sim a você. ( Essa caiu para mim como uma luva...)
2º Registre a sua vida, alegrias, tristezas, medos, sonhos, escreva seus pedidos, leia sempre este diário.
3º Comece a explorar a manifestação criativa: Pintar, desenhar, colagem, quadros, canto, aprender a tocar algum instrumento, escrever, criar um blog, um site pessoal. ( olha eu criei este blog)
4º Não seja tão exigente e perfeccionista com você mesmo, aceite o seus erros, perdoe-se, e também perdoe o próximo. (O uso dos florais também são indicados)
5ª Crie novas rotinas como tomar um passe, ( espiritual ) receber uma unção, oração com imposição de mãos, receber a energia do Johrei, Reiki, ajuda a restaurar as energias e mater este centro em perfeita sintonia. ( Que tudo que seja para ajudar a gente ser feliz, seja bem vindo).
Fontes de Pesquisa:
Grupo Científico Ramatis - Apostila de Desenvolvimento Mediúnico
Reiki Universal - Johnny De Carlli
Reiki Sistema Ocidental - João Eduardo Fialho e Rosângela Barletta
Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan

ORAÇÃO DRUIDA


Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalante o ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a música seja tua companheira em momentos desfrutados na solidão secreta das tuas dores e risos.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de uma alma livre, eterna e feliz em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço; e que assim tua alma seja capaz de dançar na luz dos acasos.
Que em cada passo do teu caminho sejam gravadas as marcas luminosas da tua passagem nos corações.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração seja capaz de voar contente nas asas da espiritualidade consciente, e com isso percebas a ternura invisível que ilumina o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável.
Que os teus pensamentos, os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida sejam abençoados e abraçados por Aquele que ama.
Que sejas capaz de deixar-se guiar pelo amor que não se explica, mas que sejas capaz de senti-lo com a profundidade de quem ama.
Que o amor à vida, à natureza, aos semelhantes e a ti mesmo seja o teu destino e porto seguro, tua missão de vida e propósito de ser.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, o teu caminhar cansado em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

IRMÃ DULCE - O ANJO BOM DA BAHIA

Ir. Dulce Lopes Pontes
(26/5/1914 - †13/3/1992)

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914, segunda filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Seu pai era cirurgião dentista e professor da Faculdade de Odontologia. Maria Rita teve quatro irmãos: Augusto, Dulce, Aloísio e Geraldo. Em junho de 1921 sua mãe morreu aos 26 anos, após o nascimento da sexta filha, Regina, que também não resistiria.
Aos 13 anos a pequena Maria Rita já havia transformado a casa da família em um centro de atendimento de pessoas carentes, e assim nasceu a sua vocação religiosa. Após visitar regiões onde moravam pessoas muito pobres, onde havia ido em companhia de uma tia, manifestou pela primeira vez o desejo de se fazer religiosa. Sua família a apoiava totalmente nesse seu desejo de ajudar os mais necessitados, não só pelo exemplo do pai, considerado o inspirador de seu trabalho social, mas também pela ajuda direta de sua irmã Dulcinha.
Em 1929 ingressou na Escola Normal da Bahia.
Entrou para a Ordem Franciscana Secular, graças à orientação de seu diretor espiritual, Frei Hildebrando Kruthaup, ofm. Ingressou em 1929 e fez a vestição no dia 25 de dezembro de 1932. Em 15 de janeiro fez a profissão como terceira, e recebeu o nome de irmã Lúcia.

Formou-se professora em 9 de dezembro de 1932, e já no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Fez o seu noviciado em São Cristóvão, Sergipe, e em 15 de agosto de 1934 fez seus primeiros votos, e recebeu o nome de Irmã Dulce, uma homenagem à sua mãe.

Já em setembro ela volta a Salvador, participando da abertura do Hospital Espanhol. Ali  se dedica como enfermeira, sacristã, porteira e responsável pelo raio-X. Em 1935 passa a lecionar no Colégio Santa Bernadete, mas também começa a trabalhar com os operários da Península de Itapagipe. Também nessa época  cria um posto médico para atendimento da comunidade carente nos Alagados. A imprensa passou a chamá-la de Anjo dos Alagados.

Em 1936 fundou, junto com seu antigo diretor espiritual, Frei Hildebrando Kauthrupp, a União Operária São Francisco, que foi a primeira organização operária católica da Bahia, que mudaria seu nome no ano seguinte para Círculo Operário da Bahia. Para a manutenção deste ajudou na construção de três cinemas, construídos com doações: os Cines Roma, Plataforma e São Caetano.
Pensando na educação dos operários e seus filhos, inaugurou em 1939 o Colégio Santo Antônio, no bairro da Massaranduba. Lá estudavam 300 crianças durante o dia e 300 adultos à noite.

Foi nesse ano que invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos para acomodar os doentes que recolhia nas ruas. Sendo expulsa, levou seus doentes de um lugar para outro, peregrinando por cerca de uma década. Em 1941 Irmã Dulce concluiu o curso de oficial de farmácia. Finalmente, em 1949 instalou seus doentes no galinheiro do Convento Santo Antônio, fundado dois anos antes por Irmã Dulce. Deste improvisado albergue, com 70 doentes, nasceria o Hospital Santo Antônio.

Em 1950 inicia o atendimento aos presos da cadeia Coréia.
Em 26 de maio de 1959 foi fundada a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e no ano seguinte foi inaugurado o Albergue Santo Antônio, com 150 leitos. Vinte e quatro anos mais tarde seria inaugurado o novo hospital, agora com 400 leitos.
O Hospital Santo Antônio está no centro de uma complexa organização reconhecida como modelo nacional de assistência social, médica e  educacional. Atua também nas áreas de ensino e pesquisa. A OSID, Obras Sociais Irmã Dulce, é considerada uma das instituições filantrópicas mais importantes do mundo, com mais de 2300 colaboradores e  600 voluntários no Brasil e no exterior. Atende mais de 1 milhão de pessoas por ano.
Trata-se de uma obra construída pela fé. Irmã Dulce dizia, e fazia valer ao pé da letra: “Quando nenhum hospital quiser aceitar mais algum paciente, nós aceitaremos. Esta é a última porta e, por isso, eu não posso fechá-la”. Atender bem e de graça norteiam o trabalho dessa instituição, cuja eficiência e qualidade já mereceu inúmeros prêmios nacionais e internacionais.
Esse portento foi construído com a ajuda de muitos, e como era de se esperar, com a força de uma gigante, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários, presidentes da República. Administradora extremamente capaz, cuidava de tudo pessoalmente, com caridade heróica.

Irmã Dulce levava uma vida espartana. Os momentos de folga eram raros. Não lia jornais nem via televisão. Quase não comia. Três vezes por semana, fazia jejum. As poucas refeições se resumiam a um montinho de arroz e legumes colocados num prato de sobremesa ou num pires de café. Carne, doce e refrigerante não constavam de seu cardápio. Com tantos doentes e famintos esperando por sua caridade, Irmã Dulce também quase não dormia. Eram no máximo quatro horas de sono por noite, sentada numa cadeira de madeira maciça. Começou a dormir ali para pagar uma promessa e usou a espreguiçadeira por 30 anos, até ser proibida pelo médico.
Tinha uma saúde frágil, pois viveu os seus últimos trinta anos com a saúde abalada seriamente, respirando com apenas um terço da sua capacidade pulmonar!
“Quando os médicos perguntavam se havia passado bem a noite, respondia: "Passei na boate." Aí explicava: "boate" era como chamava o tubo de oxigênio que ajudava a mantê-la viva. Os sacrifícios eram proporcionais à felicidade”

Irmã Dulce fundou, em 17 de janeiro de 1984, as Filhas de Maria Servas dos Pobres, uma associação pública de fiéis de direito diocesano, com estatutos aprovados pelo arcebispo de Salvador, com o objetivo de continuar a sua obra na OSID após a sua morte.

Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce esteve com o Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, e recebeu dele o incentivo para prosseguir com a sua obra.
 Os dois se encontrariam de novo em 20 de outubro de 1991, na segunda visita de João Paulo II ao país. O papa fez questão de mudar sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, muito debilitada, no seu leito de enferma.

Cinco meses depois da visita do Papa, aos 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreria, aos 77 anos. No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, políticos, empresários, artistas, se misturavam a dor das milhares de pessoas simples, anônimas. Muitas delas, o povo simples e pobre, justamente para quem Irmã Dulce dedicou a sua vida.

 No ano 2000 foi distinguida pelo papa João Paulo II com o título de Serva de Deus.

O processo de beatificação de irmã Dulce tramitou na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano e está marcado para o dia 22 de maio de 2011, em Salvador - Bahia - Brasil.

Oração
Senhor Nosso Deus,
recordando a Vossa Serva Dulce Lopes Pontes,
ardente de amor por Vós e pelos irmãos,
nós vos agradecemos pelo seu serviço a favor dos pobres e dos excluídos.
Renovai-nos na fé e na caridade, e concedei-nos a seu exemplo vivermos a comunhão com simplicidade e humildade, guiados pela doçura
do Espírito de Cristo, Bendito nos séculos dos séculos.
Amém

Restos mortais: na Capela do Convento Santo Antônio, anexo às Obras Sociais Irmã Dulce, no Largo de Roma, Salvador, Ba (trasladação em 26/maio/2000).

A Beatificação
Irmã Dulce foi beatificada por volta das 18h de domingo 22 de maio/11, no Parque de Exposição de Salvador. Esta etapa é a última antes da canonização da religiosa, conhecida como 'Mãe dos pobres' e 'Anjo Bom da Bahia'. A partir desta data, ela será chamada 'Bem-aventura Dulce dos pobres'.
Terminado o relato de sua trajetória, foi lido o decreto apostólico do Papa Bento XVI inscrevendo Irmã Dulce na lista dos santos e beatos da Igreja Católica, propondo-a como exemplo cristão para todos os fiéis. Neste momento, foi anunciada também a data de celebração da sua festa litúrgica: 13 de agosto.
No primeiro ato da cerimônia, Dom Lorenzo Baldisseri, representante do Papa no Brasil, cumprimentou as autoridades presentes, entre elas o prefeito de Salvador, João Henrique e o senador José Sarney. A missa de abertura foi presidida pelo cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, que representou o papa Bento XVI e que foi ex-arcebispo de Salvador.
Para ser considerada beata, o Vaticano fez o reconhecimento jurídico de uma farta documentação sobre a veracidade do milagre atribuído a Irmã Dulce, em junho de 2003. Em abril de 2009, a religiosa foi considerada venerável pela biografia. Isso, segundo a Igreja Católica, implica dizer que Irmã Dulce teve uma vida de santidade.
Abertura do processo de beatificação começou em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciado o milagre e, em 2002, o processo foi levado para análise do Vaticano.
Papa Bento XVI
O Papa Bento XVI afirmou, em pronunciamento realizado no Vaticano, neste domingo, que estava junto aos brasileiros na alegria pela beatificação de Irmã Dulce

 Dom Geraldo Majella leu carta apostólica para
beatificar Irmã Dulce (Foto: Erik Salles/Agência
A Tarde/AE)
"Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, desejo também associar-me à alegria dos pastores e fiéis congregados em Salvador, na Bahia, para a beatificação da Irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou atrás de si um prodigioso rastro de caridade, a serviço dos últimos, levando o Brasil inteiro a venerar os desamparados", disse, em português.

Bibliografia sobre Irmã Dulce:
Gaetano PASSARELI. Irmã Dulce, o anjo bom da Bahia. Rio de Janeiro: Editora Record, 2ª edição, 2003 (Biografia Oficial).
Maria Rita PONTES. Irmã Dulce dos Pobres. Fortaleza: BNB Editora, 15ª ed., 1999.
Waldomiro JUNIOR e Osvaldo GOUVEIA (org). Sementes de Amor, sabedoria de Irmã Dulce em 85 pensamentos. Rio de Janeiro: Editora Record, 2002.
Marcelo FRAGA e Osvaldo GOUVEIA. Irmã Dulce, o anjo bom do Brasil. A História de Irmã Dulce em quadrinhos. Fortaleza: Feedback Ed., 2003.

Não deixe de conhecer o site oficial de Irmã Dulce e sua obra, a OSID: www.irmadulce.org.br (biografia, relatos de graças, pensamentos de Ir. Dulce, cronologia, fotos)

Do site www.santosdobrasil.org

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CHACRA CARDÍACO

Nome: Anahata
Localização: Na região cardíaca
Cor: Verde
Elemento: Ar
Mantra: Yam
Nº de pétalas 12

Funções: Amor incondicional, união, sistema imunológico.
Disfunções: Desilusão, transição, pânico, depressão.
Glândula: Timo
Órgãos: Coração, arritmia cardíaca, sistema circulatório, brônquios e aparelho respiratório, parte superior das costas, sangue, pele, rubor, pressão alta, colesterol alto, palpitações, acidose, síndrome do pânico e incapacidade de amar.
Está situado à altura do coração físico, e é responsável pelo equilíbrio e intercambio das emoções do sentimento humano. Quando bem desenvolvido, favorece a percepção instantânea das emoções e intenções alheias, passamos a nos relacionar com mais facilidade com tudo e com todos, aceitando tanto os aspectos negativos quanto positivos, sendo capaz de dar amor sem esperar nada em troca. Damos um sentido pleno a nossa existência se trabalharmos bem esse chacra de amor e compaixão. Ele serve como ponte entre as energias superior e inferiores do nosso corpo. E é o chacra pelo qual passa toda a energia que pretendemos dar aos outros. Muitas imagens de Cristo aparecem com o coração exteriorizado. Pretende-se com isso, ensinar que pelo chacra cardíaco é que o homem deve procurar unir-se ao eterno, isto é, pela bondade e justiça do coração, pelo amor, que vai até o sacrifício. O amor, em sua forma modeladora e criadora, representa uma potencia de forma ilimitada quando desenvolvida.
Fontes de Pesquisa:
Grupo Científico Ramatis - Apostila de Desenvolvimento Mediúnico
Reiki Universal - Johnny De Carlli
Reiki Sistema Ocidental - João Eduardo Fialho e Rosângela Barletta
Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan 

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis, que nasceu na cidade de Assis, na Itália, em 1181 (ou 1182). Filho de um rico comerciante de tecidos, Francisco tirou todos os proveitos de sua condição social vivendo entre os amigos boêmios.
Tentou, como o pai, seguir a carreira de comerciante, mas a tentativa foi em vão.
Sonhou então, com as honras militares. Aos vinte anos alistou-se no exército de Gualtieri de Brienne que combatia pelo papa, mas em Spoleto teve um sonho revelador: Foi convidado a trabalhar para "o Patrão e não para o servo".
Suas revelações não parariam por aí. Em Assis, o santo dedicou-se ao serviço de doentes e pobres. Um dia do outono de 1205, enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: "Francisco, restaura minha casa decadente".

O chamado, ainda pouco claro para São Francisco, foi tomado no sentido literal e o santo vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai de São Francisco, indignado com o ocorrido, deserdou-o.
Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, São Francisco deu início à sua vida religiosa, "unindo-se à Irmã Pobreza".
A Ordem dos Frades Menores teve início com a autorização do papa Inocêncio III e Francisco e onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade.
O trabalho foi tão bem realizado que, por toda Itália, os irmãos chamavam o povo à fé e à penitência. A sede da Ordem, localizada na capela de Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, próxima a Assis, estava superlotada de candidatos ao sacerdócio. Para suprir a necessidade do espaço, foi aberto outro convento em Bolonha.
Um fato interessante entre os pregadores itinerantes foi que poucos, dentre eles, tomaram as ordens sacras. São Francisco de Assis, por exemplo, nunca foi sacerdote.
Em 1212, São Francisco fundou com sua fiel amiga Santa Clara, a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Já em 1217, o movimento franciscano começou a se desenvolver como uma ordem religiosa. E como já havia ocorrido anteriormente, o número de membros era tão grande que foi necessária a criação de províncias que se encaminharam por toda a Itália e para fora dela, chegando inclusive à Inglaterra.
Sua devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, no fenômeno denominado "estigmatização".
Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram sua grande fonte de fraqueza física e, dois anos após o fenômeno, São Francisco de Assis foi chamado ao Reino dos Céus.
Autor do Cântico do Irmão Sol, considerado um poeta e amante da natureza, São Francisco foi canonizado dois anos após sua morte.
Em 1939, o papa Pio XII tributou um reconhecimento oficial ao "mais italiano dos santos e mais santo dos italianos", proclamando-o padroeiro da Itália.
O nascimento
Filho de Pietro Bernardone e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu entre 1181 e 1182 , na cidade de Assis, província da Umbria no centro da Itália.
Seu pai era um rico e próspero comerciante de tecidos, que viajava frequentemente em negócios principalmente para França, de onde trazia a maior parte de suas mercadorias. Foi de lá também que ele trouxe sua linda e bondosa esposa, Dona Pica. A mãe de Francisco, foi de fato a mulher da sua vida e foi ela que emocionado muitas vezes invocou. Francisco sempre nutriu uma atenção e um carinho especial pela relação materna em geral.
A sua grande ligação espiritual a Maria, mãe de Jesus, é mais um sinal do seu particular respeito e Amor pelas mães de todo o mundo.
Era frequente usar a relação materna em geral, como exemplo de Amor nos seus diálogos e pregações.
Em relação ao pai, apesar do amor e respeito que nutria por ele, a relação não foi um exemplo e assim conheceu alguns episódios desagradáveis.
Francisco teve um irmão, de que a história pouco fala.
Chegado o momento do parto, Dona Pica, assistida por várias pessoas que ajudavam, teve muitas dificuldades e o nascimento da criança parecia se complicar.
Eis que batem à porta, e a criada ao atender depara-se com um mendigo que lhe transmite que a senhora da casa deverá dar à luz no estábulo da casa, junto aos animais.
Dona Pica, ao saber do sucedido, pediu ajuda às criadas para a levarem até ao estábulo. Lá chegada, a criança nasceu e foi lhe dado o nome de João (Giovanni). O pai, quando regressou, em homenagem à França, mudou-lhe o nome para Francisco.

A Juventude
Francisco era o líder da juventude de sua cidade. Alegre, amante da música e das festas, com muito dinheiro para gastar, tornou-se rapidamente um ídolo entre seus companheiros. Adorava banquetes, noitadas de diversão e cantar serenatas para as belas damas de sua cidade.
A Itália, como toda a Europa daquela época, vivia uma fase bastante conflituosa de sua história, marcada pela passagem do sistema feudal (baseado na estabilidade, na servidão e nas relações desiguais entre vassalos e suseranos) para o sistema burguês, com o surgimento das "comunas" livres (pequenas cidades).
Eram frequentes, nesta época, guerras e batalhas entre os senhores feudais e as emergentes comunas. Como todo jovem ambicioso de sua época, Francisco desejava conquistar, além da fortuna, também a fama e o título de nobreza. Para tal, fazia-se necessário tornar-se herói em uma dessas freqüentes batalhas. No ano de 1201, incentivado por seu pai, que também ansiava pela fama e nobreza, Francisco partiu para mais uma guerra que os senhores feudais, baseados na vizinha cidade de Perúsia, haviam declarado contra a Comuna de Assis.
Durante os combates, em uma tarde de inverno, Francisco caiu prisioneiro, sendo levado para a prisão de Perúsia, onde permaneceu longos e gelados meses. Para um jovem cheio de vida como ele, a inércia da prisão deve ter sido especialmente dolorosa. Somente seu espírito alegre, seu temperamento descontraído e seu gosto pela música o salvaram do desespero. Encontrava ainda forças para reconfortar e reanimar a seus companheiros de infortúnio.
Costumava dizer, em tom de brincadeira para seus companheiros: "Como quereis que eu fique triste, sabendo que grandes coisas me esperam? O mundo inteiro ainda falará de mim!"
Ao término de um ano foi solto da prisão, retornando para Assis, onde se entregou novamente aos saudosos divertimentos da juventude e às atividades na casa comercial de seu pai.
A enfermidade e início da conversão
O clima insalubre da prisão, agravado pelos prolongados meses de inverno, haviam-lhe enfraquecido o organismo, provocando agora uma grave enfermidade. Depois de longos meses de sofrimento, sem poder sair da cama, finalmente conseguiu melhorar. Ao levantar-se, porém, não era mais o mesmo Francisco. Sentiu-se diferente, sem poder compreender o porquê. A verdade é que a humilhação e o sofrimento da prisão, somado ao enfraquecimento causado pela doença, provocaram profundas mudanças no jovem Francisco. Foi o caminho que Deus escolheu para entrar mais profundamente em sua vida. Já não sentia mais prazer nas cantigas e banquetes em companhia dos amigos. Começou a perceber a leviandade dos prazeres puramente terrenos, embora ainda não buscasse a Deus. Na verdade, Francisco não nasceu santo, mas lutou muito para se tornar santo!
Francisco havia perdido o gosto pelos prazeres mundanos, mas conservava ainda a ambição da fama. Por esse motivo, sonhava com a glória das armas e a nobreza, que se conquistavam nos campos de batalha.
Por isso, aderiu prontamente ao exército que o Conde Gentile de Assis estava organizando para ajudar o Papa Inocêncio III na defesa dos interesses da Igreja. Contou para isso com a aprovação entusiasmada do pai, que vislumbrava aí a oportunidade tão longamente esperada de enobrecer sua família. Deus, porém, lhe reservava algumas surpresas ...
Antes de partir, num impulso de generosidade, Francisco cedeu a um amigo mais pobre os ricos trajes e a armadura caríssima que havia preparado para si. Isso lhe valeu um sonho estranho: viu um castelo repleto de armas destinadas a ele e a seus companheiros. Francisco não conseguiu entender o significado do sonho. Pensou que estava, talvez, destinado a ser um famoso guerreiro! O fato é que o sonho não lhe saía do pensamento.
Ao chegar ao povoado de Espoleto, Deus tornou a lhe falar em sonhos, desta vez com maior clareza, de modo que ele reconheceu a voz divina que lhe perguntava: "A quem queres servir: ao Servo ou ao Senhor?" Francisco respondeu prontamente: "Ao Senhor, é claro!" A voz tornou a lhe falar: "Por que insistes então em servir ao servo? Se queres servir ao Senhor, retorna a Assis. Lá te será dito o que deves fazer!" Francisco entendeu, então, que estava buscando apenas a glória humana e passageira. Estava fazendo a vontade de pessoas ambiciosas e mesquinhas e não a vontade do Senhor do Universo.
Desafiando os sorrisos de desdém dos vizinhos e a cólera de Pedro Bernardone, contrariado em seus projetos, Francisco retornou a Assis, dando prova da energia de seu caráter e do valor do seu ânimo, virtudes que se mostrariam valiosas mais tarde nos percalços de seu novo caminho.
Começou a longa busca e a longa espera: "O que Deus quer de mim? O que Ele quer que eu faça?" Era esse o constante questionamento de Francisco.
Para tentar desvendar os desígnios de Deus, passou a se dedicar à oração e à meditação. Percorria campos e florestas em busca de lugares mais tranquilos, em busca de respostas para suas dúvidas e inquietações. Para ele, tudo passou a ter outro sentido. Passou a enxergar as coisas com outros olhos e outro coração.
Viagem em Roma
Em busca de respostas, decidiu viajar para Roma, isso no ano de 1205. Visitou a tumba do Apóstolo São Pedro e, indignado pelo que viu, exclamou: "É uma vergonha que os homens sejam tão miseráveis com o Príncipe dos Apóstolos!" E jogou um grande punhado de moedas de ouro, contrastando com as escassas esmolas de outros fiéis menos generosos. A seguir, trocou seus ricos trajes com os de um mendigo e fez sua primeira experiência de viver na pobreza. Voltou a Assis, à casa paterna, entregando-se ainda mais à oração e ao silêncio.
A família e os amigos estavam preocupados com o jovem Francisco: o que lhe estaria acontecendo? Será que ainda estava em pleno juízo? Seu pai, então, não se conformava! Não era isso que ele tinha sonhado para seu filho! Indignado, forçava-o a trabalhar cada vez mais em seu estabelecimento comercial.

O beijo no Leproso e o novo chamado de Deus
Em 1206, passeando a cavalo pelas campinas de Assis, viu um leproso, que sempre lhe parecera um ser horripilante, repugnante à vista e ao olfato, cuja presença sempre lhe havia causado invencível nojo.
Mas, então, como que movido por uma força superior, apeou do cavalo, e, colocando naquelas mãos sangrentas seu dinheiro, aplicou ao leproso um beijo de amizade.
Falando depois a respeito desse momento, ele diz: "O que antes me era amargo, mudou-se então em doçura da alma e do corpo. A partir desse momento, pude afastar-me do mundo e entregar-me a Deus".
Pouco depois, entrou para rezar e meditar na pequena capela de São Damião, semi destruída pelo abandono. Estava ajoelhado em oração aos pés de um crucifixo bizantino, que a piedade popular ali venerava, quando uma voz, saída do crucifixo, lhe falou: "Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas". Não percebendo o alcance desse chamado e vendo que aquela Igrejinha estava precisando de urgente reforma, Francisco regressou a Assis, tomou da loja paterna um grande fardo de fina fazenda e vendeu-a. Retornando, colocou o dinheiro nas mãos do sacerdote de São Damião, oferecendo-se para ajudá-lo na reconstrução da capela com suas próprias mãos.
Conhecendo o caráter de Pedro Bernardone, é fácil imaginar sua cólera ao ver desfalcada sua casa comercial e perdido o seu dinheiro. Não bastava já o desfalque que dava ao entregar gratuitamente mercadorias e alimentação para os "vagabundos" necessitados? Agora mais essa! E Francisco teve que se esconder da fúria paterna.
Certo dia saiu resolutamente a mendigar o sustento de porta em porta na cidade de Assis. Para Bernardone isso já era demais! Como podia ele envergonhar de tal forma sua família? Se seu filho havia perdido o juízo, era necessário encarcerá-lo! Assim, Francisco experimentou mais uma vez o cativeiro, desta feita num escuro cubículo debaixo da escada da própria casa paterna. Depois de alguns dias, movida pela compaixão, sua mãe abriu-lhe às escondidas a porta e o deixou partir livremente para seguir o seu destino.

O Despojamento das vestes e dos bens materiais
Ao final de 1206, Pedro Bernardone, convencido de que nem as razões nem a força podiam torcer o ânimo de Francisco, decidiu recorrer ao Bispo, instaurando-se um julgamento como nunca aconteceu na história de outro santo. O palco do julgamento foi a própria Praça Comunal de Assis, junto à igreja de Santa Maria e à casa do bispo, bem à vista de todos.
Bernardone exigiu que seu filho lhe devolvesse tudo quanto recebera dele. Francisco sem vacilar um momento se despojou de tudo até ficar nu, jogou os trajes e o dinheiro aos pés de seu pai, e exclamou: "Até agora chamei de pai a Pedro Bernardone. Doravante não terei outro pai, senão o Pai Celeste".
O Bispo, então, o acolheu, envolvendo-o com seu manto.
Daquele momento em diante, cantando "Sou o arauto do Grande Rei, Jesus Cristo", afastou-se de sua família e de seus amigos e entregou-se ao serviço dos leprosos, tratando de suas feridas, e à reconstrução das Capelas e Oratórios que cercavam a cidade. Cada dia percorria as ruas mendigando seu pão e convidando as pessoas para que contribuíssem com pedras e trabalho na restauração das "Casas de Deus" que estavam em ruínas.
De alguns recebia apoio e incentivo. De muitos, o desprezo e a zombaria. No entender da maioria, o filho de Pedro Bernardone havia perdido completamente o juízo.
Estava já terminando a restauração da última Igrejinha da redondeza, a capelinha de Santa Maria dos Anjos e perguntava-se o que faria depois. O que mais lhe pediria Deus? Não havia entendido ainda que a Igreja que devia restaurar não era a de pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época pelas divisões, heresias e pelo apego de seus líderes às riquezas e ao poder.
Devia ser aquele o ano de 1209. Certo dia, Francisco escutou, durante a missa, a leitura do Evangelho: tratava-se da passagem em que Cristo instruía seus Apóstolos sobre o modo de ir pelo mundo, "sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões, sem dinheiro no bolso ..." (Lc 9,3). Tais palavras encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou, cheio de alegria: "É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo o coração!" E sem demora começou a viver, como o faria em toda a sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde, também para seus companheiros: "Nossa regra de vida é viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo"!
A partir daquele dia, Francisco iniciou sua vida de pregador itinerante, percorrendo as localidades vizinhas e pregando, em palavras simples, o Evangelho de Cristo.
Muitos começaram, enfim, a compreender o sentido dessa vida e manifestaram o desejo de seguí-la.
No ano de 1210, Francisco e seus seguidores viajaram até Roma para buscar a aprovação do Papa para o seu modo de vida. Mas como aquele bando de mendigos, maltrapilhos e desconhecidos seria recebido pelo severo Inocêncio III? Francisco rezava e confiava. Afinal, não era o próprio Cristo que o estava conduzindo?
Por coincidência ou providência divina, encontrava-se em Roma, nessa ocasião, o Bispo de Assis, grande admirador de Francisco. Graças a ele o Papa os recebeu.
Inocêncio III ficou maravilhado com o propósito de vida daquele grupo e, especialmente, com a figura de Francisco, a clareza de sua opção e a firmeza que demonstrava. Reconheceu nele o homem que há pouco vira em sonho, segurando as colunas da Igreja de Latrão (a igreja-mãe de todas as Igrejas do mundo!), que ameaçava ruir. O Papa reconheceu que era o próprio Deus quem inspirava Francisco a viver radicalmente o Evangelho, trazendo vida nova a toda a Igreja, naquele tempo tão distanciada dos ensinamentos de Cristo! Por isso deu a seu modo de viver o Evangelho a aprovação oficial da Igreja. Autorizou Francisco e seus seguidores a pregar o Evangelho nas igrejas e fora delas e os despediu com sua bênção. Este fato histórico ocorreu a 16 de Abril de 1210, marcando o nascimento oficial da Ordem Franciscana.
Ao voltar de Roma, Francisco e seus companheiros resolveram ficar por uns tempos em Rivotorto. No lugar de Rivotorto, existia um pequeno casebre, cuja função era apoiar e dar abrigo aos viajantes que pontualmente passavam por ali.

Sermão das aves
Certo dia, Francisco saiu para uma missão. Entre Cannara e Bevagna, num local silvestre, onde havia um pequeno descampado e ao redor muitas árvores de todas as espécies.

Em cima das árvores, voando em revoadas e espalhadas pelo chão no descampado, muitas aves, que cantavam e se confraternizavam com grande alarido.

O Santo falou a seus discípulos: "Esperem um momento, vou pregar às nossas aves irmãzinhas”.
Entrou no campo indo de encontro às aves que estavam no chão. E mal começou a pregar, as que estavam nas árvores desceram. Nenhuma se mexia, embora andando ele passasse perto e mesmo chegasse a roçar nelas com a extremidade de sua veste! E dizia às aves:
"Minhas irmãzinhas aves, vocês devem muito a DEUS, o CRIADOR, e por isso, em todo lugar que estiverem devem louva-LO, porque ELE lhes permitiu que voassem para onde quisessem, livremente, da mesma forma que devem agradecer o alimento que ELE lhes dá, sem que para isso tenham que trabalhar; agradeçam ainda a bela voz que o SENHOR lhes proporciona, que lhes permitem realizar lindas entonações! Vejam, minhas queridas irmãzinhas, vocês não semeiam e não ceifam. É DEUS quem lhes apascenta, quem lhes dá os rios e as fontes, para saciar a sede; quem lhes dá os montes e os vales, para o seu refúgio e lazer, assim como lhes dá as árvores altas, para fazerem os ninhos. Embora não saibam fiar e nem coser, DEUS lhes concede admiráveis vestimentas para todas vocês e seus filhos, porque ELE lhes ama muito e quer o bem estar de vocês. Por isso, minhas irmãzinhas, não sejam ingratas, procurem sempre se esforçarem em louvar a DEUS."
Acabando de dizer-lhes estas palavras, todas as aves num gesto quase uniforme, começaram a abrir os bicos e esticar os pescoços, à medida que abriam as asas e inclinavam reverentemente a cabeça até a terra, cantando, demonstrando assim que Francisco lhes havia proporcionado uma grande satisfação!
Finalmente, São Francisco lhes fez o Sinal da Cruz e deu-lhes licença de se retirarem. Então, todas aquelas aves se levantaram no ar com um maravilhoso canto, e logo se dividiram em revoadas e desapareceram atrás das colinas e das matas.
Conta-se que, dias depois, o Santo foi em companhia de Frei Massau a um lugarejo chamado Alviano, entre Orte e Orvieto. Pararam na praça do Mercado e como sempre, cantaram uma melodia com versos que convidavam a conversão do coração, com a finalidade de reunir o povo. Depois começou a pregar. Entardecia. As andorinhas que ainda hoje fazem ninho nos altos muros e nas torres das construções, voavam de um lado para outro em ciclo contínuo, cantando forte e de modo quase uníssono. Os habitantes do lugarejo que se comprimiam ao redor para ouvir a palavra dele, não estavam conseguindo entender quase nada, porque o barulho das andorinhas era muito intenso. Então, Francisco com a maior tranqüilidade, olhou para elas e com muita doçura disse:
"Irmãs andorinhas, parece-me que agora é minha vez de falar. Já cantaram e falaram bastante! Escutem, pois, a palavra de DEUS e fiquem silenciosas enquanto eu falo!"
Elas pararam e fizeram um grande silêncio, por todo o tempo que ele falou.

A morte de Francisco
Quando percebeu que estava próximo de morrer, mandou que o levassem para a sua pequena cela na Porciúncula. No Sábado dia 3 de Outubro, o Santo vivia os seus últimos momentos. Ao entardecer começou a cantar o Salmo 141 de David, rodeado pelos frades que choravam e não queriam deixa-lo sozinho. Com o passar do tempo, o som de sua voz foi perdendo a intensidade até que emudeceu inteiramente. Seus lábios fecharam para sempre e foi cantando, que entrou na eternidade. DEUS infinita bondade, ainda permitiu uma última saudação ao seu humilde cantor. Por cima de sua cabana e ao redor, apenas a voz do Santo calou, o espaço foi ocupado por um sonoro e imprevisto coro de vozes de todas as aves, que em profusão e admirável alarido vieram cantando dar-lhe o último adeus.

Dois anos após sua morte foi beatificado e em 1228, declarado Santo no dia 16 de Julho pelo Papa Gregório IX. Seu Mausoléu encontra-se na Basílica com o seu nome, em Assis.
São Francisco foi escolhido oficialmente padroeiro da Itália

A Ordem dos Irmãos
A Ordem Franciscana foi criada como uma Ordem de Irmãos, que assumiam a missão de viver e pregar o Evangelho. Não era uma Ordem Clerical (Ordem composta por sacerdotes), como outras que já existiam. O próprio Francisco não quis ser sacerdote e os primeiros frades também não tinham esse objetivo. Desde o início, porém, houve o ingresso de alguns sacerdotes já formados, que desejavam ser franciscanos. Algum tempo depois, sobretudo quando Santo Antonio, professor de Teologia, ingressou na Ordem, passou a ensinar Teologia aos frades e alguns deles passaram a se ordenar sacerdotes. Mais tarde, devido principalmente às necessidades da Igreja, a maioria dos frades passou a se ordenar. Mas até hoje, dentro da ordem Franciscana, convivem como irmãos, em igualdade de condições, frades sacerdotes e não sacerdotes (estes chamados outrora de irmãos leigos, por não serem sacerdotes), cada um exercendo a sua função. Esse é, sem dúvidas, um dos aspectos mais belos da Ordem criada por São Francisco.

As Clarissas
Francisco, além de fundar a 1ª Ordem Franciscana (masculina), foi também o fundador da 2ª Ordem Franciscana, conhecida também por Ordem de Santa Clara, abrindo assim a vivência do ideal franciscano para o ramo feminino. A primeira religiosa franciscana foi a jovem Clara Offreduccio, mais tarde chamada de Santa Clara de Assis, jovem de família nobre e admiradora de Francisco desde que o conhecera como "Rei da Juventude" pelas ruas e festas de Assis. Passou a admirá-lo mais ainda, quando se tornou um inflamado pregador da alegria e da paz, da pobreza e do amor de Deus, não só através de palavras mas com o exemplo de sua própria vida.
Era isso precisamente o que almejava a jovem Clara. Não estava satisfeita com os esplendores do palácio de sua família, nem com o sonho do futuro enlace principesco ao qual seus pais a estavam encaminhando. Sonhava com uma vida mais cheia de sentido, que lhe trouxesse uma verdadeira felicidade e realização. O estilo de vida dos frades a atraía cada vez mais.
Depois de muitas conversas com Francisco, aos 18 de março de 1212, (Domingo de Ramos), saiu de casa sorrateiramente em plena noite, acompanhada apenas de sua prima Pacífica e de outra fiel amiga, e foi procurar Francisco na Igrejinha de Santa Maria dos Anjos, onde ele e seus companheiros já a aguardavam.
Frente ao altar, Francisco cortou-lhe os longos e dourados cabelos, cobrindo-lhe a cabeça com um véu, sinal de que a donzela Clara fizera a sua consagração como Esposa de Cristo. Nem a ira dos seus parentes, nem as lágrimas de seus pais conseguiram fazê-la retroceder em seu propósito. Poucos dias depois, sua irmã, Inês, veio lhe fazer companhia, imbuída do mesmo ideal. Alguns anos após, sua mãe, Ortulana, juntamente com sua terceira filha Beatriz, seguiu Clara, indo morar com ela no conventinho de São Damião, que foi a primeira moradia das seguidoras de São Francisco.
Com o correr dos anos, rainhas e princesas, juntamente com humildes camponesas, ingressaram naquele convento para viver, à luz do Evangelho, a fascinante aventura das Damas Pobres, seguidoras de São Francisco, muitas das quais se tornaram grandes exemplos de santidade para toda a Igreja.

O Tau na vocação Franciscana
O TAU tem a forma da letra grega TAU (T) que é uma cruz.
As duas maiores influências diretas em São Francisco de Assis, em relação ao TAU, foram os antonianos e o Quarto Concílio Luterano.
São Francisco de Assis tomou o TAU e seu significado dos antonianos. Eles eram uma comunidade religiosa masculina, fundada em 1095, cuja única função era cuidar dos leprosos.
Em seus hábitos era pintada uma grande cruz. São Francisco de Assis tinha relações muito familiares com eles, porque trabalhavam no leprosário de Assis, no Hospital de São Brás, em Roma, onde Francisco esteve hospedado.
No princípio de sua conversão, São Francisco de Assis encontrou os antonianos e seu símbolo do TAU. Mas a influência mais forte que fez do TAU um símbolo tão querido para Francisco e pela qual ele se tornou sua assinatura, foi a do Concílio de Latrão. Os historiadores geralmente admitem que São Francisco de Assis estava presente nesse Concílio, no qual o Papa Inocêncio III fez o discurso de abertura, incorporando em sua homilia a passagem de Ezequiel (9,4) que diz que os eleitos, os escolhidos serão marcados com o sinal do TAU: "Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a grandes abominações que na cidade se cometem" e acrescenta: "O TAU é a última letra do alfabeto hebraico e a sua forma representa a cruz, exatamente tal e qual foi a cruz antes de ser nela fixada a placa com inscrição de Pilatos. O TAU é o sinal que o homem porta na fronte quando - como diz o apóstolo - crucifica o corpo com os seus pecados quando diz: 'Não quero gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo' (...) Sejam portanto mestres desta cruz!
Cópia do site: http://www.angelfire.com/

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O QUE É A FRANCO-MAÇONARIA


Folheto publicado pela Grande Loja Unida da Inglaterra
A Franco-Maçonaria é uma das mais antigas fraternidades seculares. Este folheto tem a finalidade de explicar a Franco-Maçonaria tal como ela é praticada sob os auspícios da Grande Loja Unida da Inglaterra, que administra as Lojas de franco-maçom na Inglaterra e no País de Gales, e em muitos outros lugares de além-mar. As explicações seguintes podem vir a corrigir alguns mal-entendidos. A Franco-Maçonaria é uma sociedade que reúne homens preocupados com os valores morais e espirituais. Os seus membros aprendem os seus preceitos por meio de uma série de exposições ritualísticas, e que seguem as antigas formas, usando os costumes e as ferramentas dos pedreiros ou artífices da pedra como guias alegóricos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

CHACRA ESPLÊNICO OU SOLAR E SUAS FUNÇÕES

Nome: Manipura
Localização: Plexo Solar
Cor: Amarelo
Elemento: Fogo
Mantra: Ram
Nº de Pétalas: 10

Funções: Personalidade, vitalidade, ação e vontade, paz e harmonia, auto-estima, proteção contras vibrações negativas.
Disfunções: Ansiedade, preocupação, indecisão, preconceito, desconfiança, negligência, mentira.
Glândula: Pâncreas
Órgãos: Baço, estômago, fígado, vesícula, intestino delgado, parte inferior das costas, sistema nervoso vegetativo, sentimento de inferioridade, falta de lógica e razão, insegurança e insônia.
O chacra esplênico representa a personalidade e estão ali concentradas as qualidades da mente racional e pessoal da vitalidade, da vontade de saber e aprender, da ação do poder, do desejo de viver, de comunicar e participar. É o ponto de ligação com outras pessoas. Trata-se de um chacra poderoso, que promove a auto-aceitação. É através de sua plena harmonia que vivemos com plenitude nossos atributos físicos e mentais, e nos movemos na sociedade com desenvoltura e harmonia. É o chacra que mais se relaciona com o nosso ego e por isso absorve muita energia dos dois primeiros.
 Vontade e o poder representam na sociedade atual a chave para o êxito, mas pode implicar que com o desejo do aumento de posses nos faça desrespeitar nossos semelhantes, impondo-nos sobre os demais com o objetivo de obter o que interessa. O egoísmo obstrui e consequentemente desarmoniza os chacras superiores atrapalhando o nosso processo evolutivo.
Se esse chacra estiver desarmonizado o sentimento de inferioridade poderá ser alimentado e as capacidades mentais, tais como lógica e razão, poderão diminuir, aumentando, como conseqüência a confusão e o sentimento de insegurança.
A pessoa que tem o chacra esplênico em bom funcionamento, goza de boa saúde, pois o prana utilizado pelo corpo físico, alimenta-se de um magnetismo tão intenso que o chacra assemelha-se a uma usina vitalizante e a pessoa que dele se aproxima é beneficiada terapeuticamente. São pessoas que emanam uma elevada taxa de energia.
A sua simples presença pode reanimar e vitalizar os outros. Os que têm o chacra esplênico desarmonizado tornam-se verdadeiros vampiros das forças alheias absorvendo dos outros as energias que lhes vibram a flor da pele.
Fontes de Pesquisa:
Grupo Científico Ramatis - Apostila de Desenvolvimento Mediúnico
Reiki Universal - Johnny De Carlli
Reiki Sistema Ocidental - João Eduardo Fialho e Rosângela Barletta
Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan 

SANTO INÁCIO DE LOYOLA

Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contato contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio "deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar"1. Ou, como ele mesmo diz com humildade, "até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercí cio das armas e no vão desejo de ganhar honra"2.

A hora esperada pela Providência
Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. "Confessou-se com um companheiro de armas. Depois de algum tempo de duração da batalha, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda. E como ela passou entre as duas pernas, a outra também foi duramente ferida"3. Inácio caiu por terra. Seus companheiros se renderam.
Os franceses, admirados da coragem do espanhol, trataram-no muito bem, fazendo-o levar depois, em liteira, para o castelo de seus pais. Os ossos haviam começado a se soldar de maneira defeituosa, e foi preciso quebrar de novo a perna para ajustá-los. Isso tudo, é bem preciso dizer, sem anestesia. O que levou-o às portas da morte, de modo a receber os últimos sacramentos. Quando todos esperavam o desenlace, na véspera da festa de São Pedro o doente, que era muito devoto desse Apóstolo, começou a melhorar.

Conversão de um homem coerente
Seria longo narrar todas as torturas a que se submeteu esse soldado para não ficar aleijado; pois, como poderia aparecer assim na corte? Veio depois a longa convalescença, a leitura da vida de Cristo e dos santos, únicos livros que havia no castelo, e sua conversão se deu da maneira mais radical.
O primeiro pensamento do novo soldado de Cristo foi o de ir para a Terra Santa e viver em oração, penitência e contemplação nos lugares em que se operou nossa Redenção.
Em Montserrat, fez uma confissão geral de sua vida e depôs a espada no altar da Virgem. Viveu depois algum tempo em Manresa, onde recebeu grandes favores místicos e escreveu seus famosos "Exercícios Espirituais".
Não lhe permitiram ficar em Jerusalém, por causa da tensa situação então reinante. Inácio voltou a Barcelona para estudar, a fim de preparar-se para o sacerdócio. Foi depois para Alcalá e ainda Salamanca, onde, por causa de sua pregação e reunião de discípulos, sendo ainda leigo — o que era perigoso naquela época de novidades malsãs e heresias — foi denunciado à Inquisição e aprisionado até que sua inocência foi reconhecida.

"Companhia", como num exército
Resolveu por isso ir a Paris, estudar na famosa universidade local. Foi lá que a Providência o fez encontrar os seis primeiros discípulos, com os quais fundaria a Companhia de Jesus. Entre eles estava o grande Apóstolo da Índia e do Japão, São Francisco Xavier, e o Beato Pedro Fabro.
Após os votos feitos em Montmartre, o que marcou propriamente o início da Companhia, eles se encontraram em Veneza, com o plano de ir à Terra Santa. Enquanto isso, trabalhavam nos hospitais.
Como, depois de um ano, não conseguiram realizar seu intento, decidiram ir a Roma colocar-se à disposição do Sumo Pontífice. Nas proximidades da Cidade Eterna, Inácio teve uma visão na qual Nosso Senhor prometeu ser-lhe favorável em Roma.
"Inácio tinha sugerido para nome de sua irmandade `Companhia de Jesus'. Companhia era compreendido em seu sentido militar, e naqueles dias uma companhia era geralmente conhecida pelo nome de seu capitão. Na Bula latina de fundação, no entanto, eles foram chamados `Societas Jesu'"4.

Paladino da Contra-Reforma Católica
O papel dos jesuítas na Contra-Reforma católica foi essencial. Na época, pareciam perdidas para o protestantismo não só a Alemanha, mas a Escandinávia, e ameaçados os Países Baixos, a Boêmia, a Polônia e a Áustria, havendo infiltrações da seita não só na França, mas até na Itália.
Santo Inácio enviou seus discípulos a essas regiões infectadas, e estes foram reconduzindo para a Igreja ovelhas desgarradas até na própria Alemanha. Ali trabalharam Pedro Fabro, Cláudio Le Jay e Bobadilha. Mas o jesuíta que seria o grande apóstolo dos povos germânicos, obtendo inúmeras reconversões, foi São Pedro Canísio, hoje considerado, com razão, o segun do apóstolo da Alemanha, depois de São Bonifácio.
O papel dos jesuítas foi também primordial no Concílio de Trento — onde brilharam os padres Laynes e Salmeron — bem como nas universidades e nos colégios, imunizando assim a juventude européia contra o erro.
Recebendo informações dos grandes triunfos de seus discípulos, exclamava Santo Inácio: "Demos graças a Deus por sua inefável misericórdia e piedade, tão copiosamente derramada em nós por seu glorioso nome. Porque muitas vezes me comovo quando ouço e em parte vejo o que me dizem de vós e de outros chamados à nossa Companhia em Cristo Jesus"5

Obediência pronta, humildade exemplar
Santo Inácio de Loyola queria uma companhia de escol, para combater os erros da época, principalmente os de Lutero e Calvino, e por isso estipulou que, diferentemente das outras congregações ou ordens religiosas, o noviciado seria de mais de um ano. Dizia no fim da vida, quando sua Companhia estava já estendida por quase todos os continentes: "Se eu desejasse que a minha vida fosse prolongada, seria para redobrar de vigilância na escolha de nossos súditos"6.
Quando um noviço se ajoelhava junto a ele para pedir perdão e penitência por alguma falta, depois de ter concedido uma e imposto a outra, Inácio dizia: "Levante-se". Se, por uma humildade mal compreendida o noviço não se levantasse imediatamente, ele o deixava ajoelhado e saía, dizendo: "A humildade não tem mérito quando é contrária à obediência".

Discernimento na seleção dos súditos
Um dia chamou um irmão coadjutor e o mandou sentar-se na presença de uma visita. O irmão não o fez, pensando faltar ao respeito ao Superior e à visita. Inácio ordenou-lhe então que pusesse o banco sobre a cabeça, e assim estivesse até a saída da visita.
Quando o noviço não servia, Inácio não tinha contemplação nem mesmo pela sua posição social. Expulsou da Companhia o filho do Duque de Bragança e sobrinho do grande benfeitor da Companhia, D. Manuel, rei de Portugal, e ainda um primo do Duque de Bivona, parente do vice-rei da Sicília, que era também seu amigo e benfeitor.
"A obstinação nas idéias era um dos principais motivos de exclusão ou de expulsão, para o santo fundador. Um espanhol de grande capacidade, duma ciência pouco comum e duma virtude reconhecida, entrou na Companhia e exercia o cargo de ministro na casa professa de Roma, com habilidade; mas quando se lhe metia uma idéia na cabeça, não lhe saía mais. Inácio tirou-lhe o cargo, julgando inapto para mandar aquele que não sabia obedecer. [...] Uma noite Inácio soube que ele acabava de dar uma nova prova da sua teimosia; no mesmo instante envia-lhe ordem de abandonar a casa sem esperar para o dia seguinte"7.

Venerado como santo ainda em vida
Essa severidade era entretanto balanceada com tanta doçura, que ele era uma verdadeira mãe para os noviços. Tal equilíbrio fazia com que fosse venerado como santo mesmo em vida.
Sua mais preciosa conquista, São Francisco Xavier, tinha-lhe tanta veneração, que muitas vezes lhe escrevia de joelhos. E nos perigos e tempestades invocava seu nome, trazendo ao pescoço, como proteção, junto a seus votos de profissão, a assinatura do Padre Inácio. Constantemente afirmava: "O Padre Inácio é um grande santo".
Laínez, outro dos primeiros discípulos de Inácio e seu sucessor no generalato da Companhia, também o venerava como santo, do mesmo modo que São Francisco de Borja, depois terceiro Superior Geral da Companhia8.
Sua vida interior era profunda, e passava-se constantemente na presença de Deus. Conforme narra em sua autobiografia, toda vez que queria encontrar a Deus ele O encontrava, bastando um pouco de recolhimento. Tinha visões, repetidamente, sobretudo quando se tratava de acertar algum negócio importante da Companhia, ou quando redigia suas Constituições. Essas visões lhe eram constantes também quando celebrava a Missa9.
"Sua roupa foi sempre pobre e sem enfeites, mas limpa e asseada, porque, se bem amasse a pobreza, nunca lhe agradou pouca limpeza"10.
Santo Inácio faleceu em Roma, no dia 31 de julho de 1556.

Notas:
1.
Pedro de Ribadeneira, Vida de San Ignácio de Loyola, Espasa-Calpe Argentina S.A., Buenos Aires, 1946.
2.Saint Ignace de Loyola, Autobiographie, Éditions du Seuil, 1962, p. 43. Esta autobiografia foi relatada ao Pe. Luís Gonçalves da Câmara pelo próprio Santo. Com uma memória prodigiosa, o jesuíta português, imediatamente depois de cada conversa, transcrevia-a para o papel.
Santo Inácio ditou o texto na 3a. pessoa.
3.Id., ib.
4.Saint Ignatius of Loyola, J. H. Pollen, Transcribed by Marie Jutras, The Catholic Encyclopedia, Volume VII, 1910, Robert Appleton Company.
Online Edition Copyright © 1999 by Kevin Knight.
5.R.Garcia-Villoslada, S.I., Ignácio de Loyola _ Um español al servicio del Pontificado, Hechos y Dichos, Saragoça, 1956, p. 221.
6.J.M.S. Daurignac, Santo Inácio de Loiola _ Fundador da Companhia de Jesus, Livraria Apostolado da Imprensa, Porto, 1958, 4a. edição, p. 255.
7.Id., p. 257 e ss.
8.Pedro de Ribadeneira, op. cit., p. 258.
9.Cfr. Autobiographie, p. 163.
10.Id., pp. 260-261.
Artigo oferecido pela Revista Catolicismo

quarta-feira, 4 de maio de 2011

CHACRA UMBILICAL

Nome: Svadhisthana
Localização: Região do Umbigo
Cor: Laranja
Elemento: Água
Nota musical: Ré
Mantra: Vam
Nº de pétalas: 6

Localizado a dois dedos abaixo do umbigo, aberto para frente e para as costas.
Funções: Reprodução e propagação de espécies, sexualidade.
Disfunções: Controle ou desvio da sexualidade, rejeição, solidão, ressentimentos, vingança, ciúme, depressão, inveja.
Glândulas: Gônadas, glândulas sexuais masculinas e femininas (testículos e ovários).
Órgãos: Sistema reprodutor, bexiga, quadris, pernas, pés, nervo ciático, espasmos musculares, cãibras, cólicas, desordens menstruais e desequilíbrios hormonais.
 O chacra Umbilical é o chacra da propagação da espécie, portanto, da reprodução. É um chacra fundamental, cuja correta atividade nos permite amar a vida, fazendo com que seja mais prazerosa. Concentra as qualidades que têm a ver com a sexualidade, curiosidade, busca criativa do prazer material, gosto pelas coisas belas, pela arte, pelas emoções e as relações com outros indivíduos, por exemplo: atração sexual, abertura para as coisas novas, relações afetivas, amorosas e sexuais. Este chacra é a sede dos medos, dos fantasmas e fantasias negativas vinculadas à sexualidade e do comportamento frente ao outro sexo. Se funciona mal, pode transformar a vida num pequeno “inferno” pessoal que termina refletindo nas pessoas com que vivemos e nos relacionamentos.
É responsável pela boa assimilação do metabolismo dos alimentos no corpo humano. Alguns o classificam de Centro Gástrico. O Umbilical bem desenvolvido aumenta a percepção das sensações alheias, adquirindo um tato instintivo da sensibilidade astral incomum, fazendo perceber facilmente as emanações negativas existentes no ambiente e as vibrações do mesmo.
Se os dois primeiros chacras (básico e umbilical) não estiverem abertos em todos os seus aspectos, os outros chacras ao serão capazes de abrir-se completamente e funcionarão de modo muito restrito.
Fontes de Pesquisa:
Grupo Científico Ramatis - Apostila de Desenvolvimento Mediúnico
Reiki Universal - Johnny De Carlli
Reiki Sistema Ocidental - João Eduardo Fialho e Rosângela Barletta
Mãos de Luz - Barbara Ann Brennan

SANTO EXPEDITO


ORIGEM HISTÓRICA:
Mártir de Metilene, é pouco conhecido dos historiadores, mas sua existência é certa.
Santo Expedito, segundo a tradição, era armênio, não se conhecendo o lugar de seu nascimento, mas parece provável que seja Metilene, localidade onde sofreu seu martírio.
A Armênia é uma região da Ásia Ocidental, situada ao Sul do Cálcaso, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, nas margens dos Rios Tigre e Eufrates.
Essa região foi sempre considerada uma terra de predileção. Aliás, pelo testemunho da Sagrada Escritura, foi sobre as montanhas armênias do Ararat que a Arca de Noé pousou quando as águas do dilúvio baixaram (Gênesis, 8.5).
A Armênia foi uma das primeiras regiões a receber a pregação dos apóstolos Judas Tadeu, Simão e Batolomeu, mas também local de inúmeras perseguições aos cristãos. Essa região foi regada com o sangue de muitos mártires, entre eles Santo Expedito.
Sua cidade natal (com toda probabilidade) não passa hoje de uma pequena localidade chamada Melatia, cidade construída no século II pelo imperador romano Trajano.
A partir de Marco Antonio, tornou-se residência da 12ª Legião, conhecida como "Fulminante", cuja missão era defender o império romano dos bárbaros asiáticos. Hoje Metilene é uma cidade mística e simples, onde sua população vive em calma, longe das agitações políticas.
Além de Santo Expedito, que foi levado à morte a 19 de Abril de 303, sob o poder de Deocleciano, lá veneram-se outros Santos mártires, entre eles: São Polieucto, outro oficial do exército romano que foi martirizado no século III.
Deocleciano subiu ao trono de Roma em 284. Por seu ambiente e por seu caráter, parecia oferecer aos cristãos garantias de benevolência, pois havia em seu palácio a liberdade de religião, sendo, inclusive, sua esposa Prisca e sua filha Valéria, cristãs, ou ao menos, catecumenas.
Sob influências de Galero, seu genro, pagão convicto, determinou a perseguição dos cristãos, ordenando a destruição de igrejas e livros sagrados, a cessação das assembléias cristãs e a abjuração de todos os cristãos. Galero, sempre incitado por sua mãe, também pagã, queria abolir para sempre o Cristianismo e através de insinuações maldosas e hábeis calúnias, fez crer a Deocleciano, que o cristianismo conspirava de várias formas contra a augusta pessoa do imperador.
Deocleciano, então, empreendeu a exterminação sistemática dos cristãos, envolvendo, inclusive, os membros de sua própria família e os servidores de seu palácio. Foi uma hecatombe sangrenta: oficiais, magistrados, o bispo da Nicomédia (Antino), padres, diáconos, simples fiéis foram assassinados ou afogados em massa.
Somente em 324, com a retomada da autoridade do imperador cristão Constantino, foi que tiveram fim as terríveis perseguições que durante três séculos tinham ensanguentado a Igreja.

O GUERREIRO
Voltando à história de Santo Expedito, a tradição refere-se que ele era chefe da 12ª Legião Romana, cognominada "Fulminante", estabelecida em Metilene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. "Fulminante" lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre.
Durante uma campanha da Germânia, na região dos Quades, no nordeste da Hungria atual, o imperador Marco Aurélio foi cercado pelos bárbaros, ficando sem água e provimentos. Marco Aurélio orou como lhe ensinava sua filosofia e fez com que fossem feitos encantamentos pelos mágicos, companheiros indispensáveis, à época, dos exércitos.
A 12ª Legião, recrutada no Distrito de Metilene, na Capadócia, formada em grande parte por soldados cristãos, reuniram seus soldados fora do campo, onde ajoelharam-se e oraram ao verdadeiro Deus
Esses milhares de homens em oraçào e com os braços abertos formaram um espetáculo tão estranho que os inimigos pararam surpresos. Uma chuva abundante se pôs a cair, foi quando os soldados romanos saciaram sua sede e fizeram o inimigo recuar. Depois, caíram raios e granizos sob os bárbaros, com tal violência, que os mesmos debandaram em pânico. Como se vê, Santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões, composta, em grande parte, por soldados cristãos.

O SOLDADO CRISTÃO
Mas a história que documenta as façanhas desta legião, infelizmente, é bastante sóbria em detalhes da vida de seus chefes. Ela nada nos diz sobre Santo Expedito. Podemos supor que ele distinguiu seu comando pelas virtudes de cristão e de chefe ligados à sua religião, à seu dever, à ordem e à disciplina, dando, em todas as circunstâncias, o exemplo das mais belas virtudes.
O ardor bastante conhecido do generoso soldado Expedito e sua situação de chefe de legião, chamou a atenção de Deocleciano, quando as perseguições começaram em Metilene. Entre muitos que já haviam pago com a vida estavam: Maurício, outro chefe de legião, Marcelo, centurião romano e Sebastião, tribuno da guarda pretoriana, hoje conhecido como São Sebastião. Sendo assim, Expedito e seus companheiros de armas, cheios de admiração pelo capitão Sebastião, deveriam ter prometido imitar sua conduta, devendo crer, inclusive, que teriam que sofrer a mesma sorte, quando das perseguições cristãs, enfrentando a morte a ter que renunciar sua fé.

MARTÍRIO E MORTE
Nada se sabe sobre as circunstâncias que acompanharam os últimos instantes de Santo Expedito.
Podemos supor que ele também foi sacrificado por recursos do império. Sabe-se que era concedido ao cidadão romano o privilégio de somente perecer pela espada. São Paulo, por ser cidadão romano, foi beneficiado por essa lei e teve a cabeça cortada, já São Pedro, que era judeu, foi crucificado. Quando se tratava de um soldado do exército romano, antes da decapitação, ele deveria sofrer o suplício da flagelação.
Assim também ocorreu com Santo Expedito, depois de ser flagelado até derramar sangue, teve a cabeça decepada. Era o dia 13, das calendas de Maio, isto é, 19 de Abril de 303. Assim afirmam os martinólogos da época.
Outros cristãos pereceram com ele do mesmo modo, supondo-se serem seus companheiros de armas. São os mártires: Hermógenes, Caio, Aristônio, Rufo e Gálatas. Nada mais podemos adiantar sobre o martírio de Santo Expedito, pois a história silencia a esse respeito.
Pouco importa. A única conclusão é que Santo Expedito, chefe da 12ª Legião, era seguramente uma alma de fé muito grande, pois preferiu perder sua situação e até sua vida a renunciar à sua religião.
Não se sabe o que foi feito do corpo do heróico mártir. Piedosas mãos devem tê-lo sepultado em local hoje desconhecido.
Sua lembrança, ao contrário, ficou guardada na memória dos cristãos e os primeiros escritores eclesiásticos puderam escrever seu nome entre os que tinham derramado seu sangue pela fé.

O CULTO A SANTO EXPEDITO E SEUS SÍMBOLOS
Seu culto se estabeleceu em sua pátria, transpondo o Oriente e passou para a Alemanha meridional. De lá se espalhou pela Itália, sobretudo na Sicília, na Espanha e difundiu-se pela França e Bélgica. Em várias igrejas do mundo apresentam-se estátuas representando Santo Expedito, com traje legionário, vestindo uma túnica curta e um manto jogado militarmente atrás das espáduas, tendo postura marcial. Em uma mão segura uma palma e na outra uma cruz.
Sua atitude é de um homem pronto para a ação. É nesta postura, cheia de entusiasmo e generosidade, que os fiéis viram o defensor e patrono das "Causas Urgentes".
A piedade popular, sempre confiante, tem dessas invenções, que não se podem censurar. Dentre as porções de insígnias simbólicas que a Idade Média adotou à estátua, o Santo, ainda hoje, calca com seu pé um corvo que se consome a lançar seu grito habitual: "Crás" (palavra latina que siginifica "Amanhã"). Mas "Crás" denota a dilatação, o deixar para o dia seguinte ou mais tarde, tudo o que se deve cumprir imediatamente. Assim, Santo Expedito, esmagando a ave fatalmente, lhe responde com a cruz que segura na mão direita e que leva uma única palavra: "Hodie!" (que significa: "Hoje"), exprimindo, assim, sua vontade de lançar fora qualquer retardamento ou hesitação no cumprimento da tentação, que como sugere, adiar para o dia seguinte. A piedade popular vê neste símbolo, a prontidão com que Santo Expedito quer acolher as preces dos fiéis que recorrem a sua intercessão, daí ser título de patrono das "Causas Urgentes".

O NOME DE SANTO EXPEDITO
Todos os historiadores estão de acordo na fixação da época e local em que Santo Expedito morreu pela fé. Mas tal não acontece quando se trata de seu nome e da significação que convém dar-lhe.
Aliás pode-se indagar se trata-se de um nome propriamente dito ou de um apelido ligado, seja à sua pessoa, ou mesmo a toda a legião de que era o chefe.
As opiniões diferem. Primeiramente é conveniente ressaltar que havia no exército romano duas espécies de soldados: o "expeditus" e o "impeditus".
O "expeditus" era assim chamado porque tinha um armamento leve e desembaraçado de toda a carga de que era encarregado o "impeditus". Toda uma parte da milícia (os "expediti"), levemente equipada, podia à primeira ordem, entregar-se à defesa do território. Os "expediti" formavam, assim, um corpo inteiro ao qual teria pertencido Santo expedito. Uma pura coincidência teria favorecido o relacionamento do nome do Santo com o das tropas que ele comandava. Neste caso, "Expeditus" ter-se-ia em seguida tornado um nome próprio. É uma primeira interpretação.
Mas a opinião mais difundida e que repousa sobre outros casos semelhantes, freqüentes em todas as regiões e em todas as línguas, acha que "Expedito" ter-se-ia tornado o nome do Santo, porque lhe teria sido dado como apelido exprimindo perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava então no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam freqüentemente a certas pessoas um apelido, que designava quer um traço de seus caráter ("Felix": Feliz; "Constans": Constante), quer o lugar que ocupavam entre os filhos de uma mesma família ("Primus": Primeiro; "Sextus": Sexto; "Octavus": Oitavo); até a cor de seus cabelos ("Rufus": Ruivo; "Niger": Negro) etc. Este apelido acabava por designá-los nominalmente, do mesmo modo que em português temos sobrenomes como: Russo, Negro, Branco, Castanho, Grande, Pequeno e até Raposo, Coelho, Leitão, etc.).
Este nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para fazer reconhecê-lo. O nome condiz, em todo o caso, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram dele um mártir.
Seguramente Santo Expedito é um Santo que podemos invocar com toda confiança nos "casos urgentes", sendo numerosas as graças obtidas por intercessão nessas circunstâncias.

Mas não devemos esquecer que o melhor culto que podemos tributar-lhe não é somente invocá-lo nos "casos urgentes", e sim imitá-lo na prática generosa da virtude e do cumprimento fiel de todas os deveres do nosso estado.
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