sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ORDEM MAÇÔNICA FEMININA


As mulheres maçons da imagem seguinte estão prontas para a Consagração de Templo exclusivamente feminino St. Ermins (Westminster, EUA). A foto é do dia 26 de Setembro de 1933. A Grão Mestre Elizabeth Boswell-Reid é a quarta mulher da direita para a esquerda.

Há poucas semanas postei um artigo intitulado, "POR QUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERES?", trago agora ao conhecimento de todos, um pouco da história da Ordem Maçônica Mista ou Feminina.  Uma Ordem de irmãs que mesmo não sendo reconhecidas como maçons pela Grande Loja Unida de Inglaterra, executam seu ofício com grande empenho e sabedoria em busca do auto-aperfeiçoamento e a propagação da trindade maçônica, ou seja, a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade. (Renato Cardoso)

Fonte: Ordem Maçônica Mista Internacional
História da Maçonaria Feminina
Maçonaria como a conhecemos hoje nasceu oficialmente em junho de 1717, quando quatro Lojas se reuniram em Londres para formar uma Grande Loja da Inglaterra, que se espalhou rapidamente. Posteriormente ela foi introduzida na França depois de 1735. Lá, como na Inglaterra, onde status legal de uma mulher era menor e sem direitos civis, as mulheres eram recusadas nas Lojas. Porém, isso não se coadunava com as mulheres pertencentes à nobreza, bem como alguns homens que as apoiavam e que consideravam injustos os argumentos usados para manter as mulheres longe da Irmandade.

França
Cerca de 1740, a "Maçonnerie d'Adoption", ou " Maçonaria de Adoção Feminina " foi criada para "permitir a participação das mulheres na Irmandade ". Em 1774. O recém-criado Grande Oriente da França reconheceu as Lojas de Adoção Feminina, mas exigiram que fossem subordinados às Lojas masculinas e permanecendo sob sua supervisão. Os membros eram esposas de Maçons e sua principal atividade era organização de bailes e eventos beneficentes.
Eram recrutadas na nobreza e alta burguesia. Por exemplo, a Loja "Contrat Social" foi presidida pela Princesa Lamballe.
Durante a Revolução Francesa, a Maçonaria tornou-se adormecida, assim como as Lojas de Adoção Feminina. Elas foram reabertas sob o império napoleônico e a imperatriz Josefina, esposa de Napoleão I, foi Grã-Mestre.
Apesar de terem sido projetadas especificamente para as mulheres, sempre estavam sob a supervisão masculina. Os rituais eram alegóricos e não simbólicos. Eles evocaram qualidades como a humildade, sinceridade, fidelidade e castidade.

Suas atividades principais eram sociais e filantrópicas.
No final do século 19, homens e mulheres cada vez mais sentiam a necessidade de uma organização que fosse além de bailes e recepções de caridade. Participação feminista nas Lojas ajudou a desenvolver uma consciência e um gosto pela democracia. Em 1892, a Loja Les Libres-Penseurs em Le Pecq iniciou Maria Deraismes, uma conhecida escritora feminista e ativista.

Maria Deraismes
Como Isso era contra as regras do Grande Oriente, este fechou a Loja. Maria Deraisme permaneceu amiga muito próxima de George Martin, que a convenceu a criar um Loja, onde homens e mulheres pudessem trabalhar em plena igualdade. Então, ela reuniu um pequeno número de mulheres e alguns Maçons e em 1893, criou o Droit Humain (DH), uma organização Maçônica aberta a homens e mulheres, que acabaram por se espalhar para todos os continentes, inclusive nos Estados Unidos, onde é conhecido como Co-Maçonaria.
Em 1901, uma Loja de Adoção Feminina foi reativada, mas desta vez sob os auspícios da Grande Loja da França. Na época da Primeira Guerra Mundial, mais e mais mulheres se juntaram às forças de trabalho, substituindo os homens que foram para o campo de batalha.

Droit Humain: Direitos Humanos
Logo após a guerra, as mulheres obtiveram o direito de voto. A emancipação das mulheres foi acompanhada de perto pela emancipação da Maçonaria Feminina.
Entre 1911 e 1935, vários Lojas de Adoção femininas foram criadas, mas eles não tinham nada em comum com aqueles dos séculos 18 e 19. Elas reuniam-se regularmente para debater o mesmo tipo de temas das Lojas masculinas, embora eles ainda usassem rituais da Maçonaria Adoção do século anterior. A Grão-Mestre, uma mulher, trabalhava com total liberdade, sem a supervisão de um irmão.
Em 1935, a Grande Loja da França decidiu conceder autonomia completa às Lojas de Adoção. Mas as Irmãs francesas não se sentiam preparadas e pediram para ser dado algum tempo para formar um secretariado e preparar um congresso de todas as Lojas de Adoção Feminina. Enquanto isso, a Segunda Guerra Mundial começou e todas as atividades Maçônicas foram novamente suspensas até 1944. Em 17 de setembro de 1945, um corpo Maçônico novo foi criado, com a ajuda da Loja Grande da França. Esta Grande Loja era independente e sua composição era exclusivamente feminina. Ela foi chamada Union Maçonnique Féminine de France (The Women's Masonic Union of France), que em 1952 se tornou a Grande Loja Feminina da França ou GLFF.
Os rituais em uso nas Lojas de Adoção Feminina foram abandonados em 1959 e substituídos pelo Rito Escocês Antigo e Aceito. O Rito Francês e o Rito Tradicional também foram introduzidos em 1973. Desde então, o G.L.F.F. tem sido fundamental na criação de outras Grandes Lojas Maçônicas Nacionais. Maçonaria Feminina se espalhou para outros países como Bélgica, Itália, Suíça, Luxemburgo, Dinamarca, Turquia, Alemanha, Canadá, Inglaterra, África e Américas.
No entanto, com a criação da Grande Loja de Londres e da publicação da Constituição de Anderson em 1723, as mulheres foram impedidas de participar da Maçonaria regular. Menção é feita a participação de uma Sra. Harvard, no ano de 1770, em Hereford, e uma senhora Bell, em 1790, em Londres, mas estes são casos isolados e não provam a presença de mulheres em Lojas. Maçônicas. Normalmente, a história é que estas senhoras foram flagradas espionando uma reunião da Loja e desde que  prenderam os segredos do ofício, então a única forma de impedi-las de divulgação deles era iniciá-las ali mesmo e fazer-lhes o juramento de silêncio de um Maçom.
Em 1902, Annie Besant, que havia sido iniciada em uma Loja do Droit Humain em Paris, criou a Loja Human Duty, em Londres. Este foi o início da co-Maçonaria na Inglaterra. Em 1908, um grupo dissidente criou a Fraternidade Ancient Masonry cuja participação foi exclusivamente feminina e que adotou o Ritual de Emulação. Em 1958, ela (Human Duty) mudou seu nome para a Order of Women's Free-Masons. Em 1913, uma segunda Grande Loja de Mulheres foi fundada sob o nome de The Honourable Fraternity of Antient Free-Masons. Em 1925 viu-se a criação da Order of Ancient, Free and Accepted Masons for Men and Women.

Estados Unidos da América
Uma história de grande circulação nos E.U. A. é o de uma mulher Maçom chamada Catherine Babington, que viveu no Kentucky em 1800. Perto de sua casa havia um prédio de dois andares usado pelos Maçons como Loja. Catherine escondeu-se no púlpito e assistiu todas as reuniões da loja por mais de um ano, vendo as sessões de todos os graus e todos os trabalhos. Ela foi finalmente descoberta e quando questionada, ela mostrou um notável conhecimento do ritual. Ela foi mantida sob custódia por mais de um mês, enquanto a Loja decidia o que fazer com ela. Acabou por ser permitida a sua presença nas sessões, mas não admitida na ordem. Porém, este é novamente um caso da aceitação das mulheres em Lojas Maçônicas.

Uma Loja Feminina existiu brevemente em Boston em 1790. Sua Venerável Mestre, Hannah Mather Crocker (1763-1829) escreveu uma série de cartas sobre a Maçonaria, que foram publicados em Boston em 1815. Ela alegava que teve conhecimento do ofício, pois "...parte da vida, foi investigar alguns dos princípios da Maçonaria para aplacar os temores de suas amigas cujos maridos eram Maçons. E ela continua: "Eu tive a honra, alguns anos atrás, de presidir uma instituição semelhante, constituida apenas de mulheres, atuando como uma Loja regular, fundada sobre os princípios originais da Maçonaria". Outro documento menciona o endereço da Loja St-Ann. Acredita-se que a primeira Loja Norte-Americana de Adoção Feminina foi formada na Filadélfia em 1778 por oficiais franceses. No século 19, Albert Pike, comandante Supremo do Rito Escocês, criou um rito de Adoção baseado no Rito Francês. Uma das primeiras mulheres a ser iniciada na Loja de Adoção foi a escultora Vinnie Resma Hoxie, que criou a estátua de Abraham Lincoln exibido no Capitólio.
No entanto a Maçonaria de Adoção, nos Estados Unidos deve mais a Rob Morris de Kentucky. Em 1850, ele publicou um ritual de Adoção sob o nome de "The Rosary of the Eastern Star" ou em português "O Rosário da Estrela do Oriente", o que levaria à criação da Order of the Eastern Star ou Ordem da Estrela do Oriente (OES), um corpo Para-Maçônico aberto à Maçons e seus parentes femininos. A Ordem Estrela do Oriente foi baseada, em parte, no Rito Francês de Adoção e parcialmente em diversos outros. Alguns desses grupos iniciais eram denominados de Filhas de Maçom, Esposas de Maçom, Heroínas de Jericó (Heroine of Jericho), Verdadeiras Parentes (True Kindred) e outras.

Order of the Eastern Star ou Ordem da Estrela do Oriente (OES)
Rob Morris primeiro concebeu e organizou os graus da Estrela em 1850, simplificando o ritual em 1860. De 1865 à 1868, Robert Macoy reformulou o ritual e organizou o sistema de capítulos. O ritual Macoy é o fundamento da OES tal como a conhecemos hoje. O OES possui mais de um milhão de membros em todo o mundo.

Robert Macoy
A primeira Loja Co-Maçônica foi fundada nos Estados Unidos em 1903. Em 1907, a Federação Americana dos Direitos Humanos (Droit Humain ) foi criada em Washington, DC. Ela tem várias Lojas nos E. U. A. Tambem existem outros corpos Co-Maçônicos, entre eles estão a União George Washington e Grande Loja Simbólica de Memphis-Misraim. Devemos também  mencionar a existência de Lojas Femininas que trabalham exclusivamente em espanhol, francês ou alemão. Há três Lojas criadas pela Grande Loja Feminina da Bélgica desde 1992, e espera-se que ocorra a formação da Grande Loja Feminina dos Estados Unidos.

America Latina
A primeira Loja chilena Feminina, Respetable Logia Araucaria Nº1 , foi criada em 1970 para "dar às mulheres chilenas um espaço para o desenvolvimento intelectual e espiritual em um quadro não dogmático livre de preconceitos religiosos". Dela nasce em 1983, a Respetable Logia Acacia Nº2 e se forma no Valle de Rancagua o Triángulo Armonía. Em 1983 foi criada a Grande Loja eminina do Chile, que também semeou Lojas na Bolívia e na Argentina, graças a sua Loja itinerante, Cruz del Sur ". Hoje, há Lojas Femininas no Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Venezuela e México.

Referencias bibliográficas
History of Women's Freemasonry.
http://www.womenfreemasonsusa.com/history.html
The Order of Women Freemasonry. http://www.owf.org.uk/News.htm
The Traditional History of The Order of Women Freemasons.
http://freemasonry.bcy.ca/texts/women_order.html
Breve Historia de la Masonería Femenina Chilena.
http://www.geocities.com/glfem/brevehist.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

RITUAL DE EMULAÇÃO NÃO É RITO DE YORK

Com a atual expansão do sistema de Emulação e tendo me afiliado a Maçonaria a pouco tempo numa loja Acadêmica que trabalha nesse sistema, tenho estudado com afinco no intuito de aprender sobre o Ritual e executá-lo com maestria como deve fazer todo maçom que se comprometeu com esse ofício.
O Ritual de Emulação (Emulation Rite) é praticado pelos maçons da cidade inglesa de York, desde 1816. Por uma questão de reformulação os ingleses nunca aceitaram o título de “Rito de York” e com razão, pois até 1717 as lojas eram independentes e na Grã Bretanha não existem Ritos e sim Rituais. Para os ingleses, rito é o maçônico e ritual é um procedimento, uma prática especifica o que eles chamam de working.
Segundo o Ir. Fernando de Faria, "Semanticamente, a palavra Emulação é o sentimento que nos estimula a supera algo. Buscando a perfeição. O nome, Emulation, aqui decorre da Loja Emulação de Desenvolvimento – Emulation Lodge of Improvement – que desde 2 de outubro de 1823, se reúne semanalmente em Londres (às quartas-feiras), de outubro a junho, demonstrando as cerimônias e prestando instruções conforme o dito Emulation working". Além do Emulação existem ainda outros cinco rituais que muito se assemelham entre si cujas práticas variam de acordo com as regiões na Inglaterra. São eles: Logic, Taylor’s, Bristol, Stability, West End.
O verdadeiro Rito de York foi patenteado nos Estados Unidos da América do Norte em 1797 tendo com mentor o Ir. Thomas Smith Webb.
A Grande Loja da Pensilvânia foi a primeira Grande Loja a ser fundada nos Estados Unidos trabalhando no Rito de York e diferentemente de como é praticado no Brasil ele só existe a partir do 4º grau e se estende até o 13º grau.
As Blue Lodges, ou seja, as Lojas Simbólicas americanas trabalham com um ritual que descende diretamente do Ritual da Grande Loja dos Antigos (a de 1751), portanto, mais antigo do que os rituais ingleses atuais, todos posteriores à União de 1813.

Lojas Inglesas
Como a decisão dos membros das Lojas britânica em continuar a respeitar as antigas obrigações, permanecendo livres sem aderir ao sistema de obediências, a Grande Loja de Londres teve uma influência muito limitada muito tempo depois de sua fundação. Ela teve como centro de resistência à Grande Loja era a antiga Loja de York, de tradição operativa e que dava aos membros da Grande Loja o título de “Modernos”, enquanto eles próprios se autodenominavam “Antigos”, pelo fato de respeitarem as antigas leis e trabalharem sob as mesmas.
O que os Antigos censuravam nos Modernos era a descristianização dos rituais, a omissão das orações e da comemoração dos dias santos, contrariando assim os mandamentos da Santa Igreja (Anglicana). O cisma entre os Antigos e Modernos durou até 1813, quando as duas Grandes Lojas fundiram-se formando a Grande Loja Unida da Inglaterra (daí o nome Unida), que adotava o Rito dos Antigos de York (o nome York não é e nem nunca foi uma homenagem a cidade de Nova York e sim o nome de uma cidade ao norte da Inglaterra entre Londres e Edimburgo).
A Constituição desse Supremo Órgão foi publicada em 1815. Esse rito não possui Altos Graus, tendo além dos três simbólicos, uma quarta etapa designada “Real Arco”, que é considerada uma extensão do 3º grau.
No Brasil, foi introduzido em 1837, pela Loja Orphan Lodge, subordinada à Grande Loja Unida da Inglaterra. A primeira Loja a trabalhar no Rito, ligada à uma Potência do país foi a Eureka Lodge do Grande Oriente do Brasil que em 1891 adotou o Ritual de Emulação.
Em 1920, um ritual em português impresso em Londres e reconhecido pela Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE) começou a ser usado no Brasil. Isso só foi possível depois da assinatura do Tratado pelo qual ficou estabelecido criação do Grand Concil of Craft Masonry in Brazil.

O Inicio Da Confusão
Por um erro de tradução o GOB interpretou Grand Concil of Craft Masonri in Brazil como Grande Capitulo do Rito de York mesmo sem ser Capitulo e nem Rito de York. Até hoje muitos irmãos que praticam outros ritos por desinformação tratam o Ritual de Emulação como Rito de York sendo que os trabalhos de um difere em muito dos trabalhos do outro. Cabe aos irmãos do Ritual de Emulação e do Rito de York se esforçarem para corrigir esse engano explicando a todos os irmãos, quando em loja ou fora dela, confundirem o Ritual com o Rito.

No Brasil
O Rito de York chegou ao Brasil através do Grande Oriente Unido, também conhecido por "Grande Oriente dos Beneditinos", com a Washington Lodge, fundada em 19 de novembro de 1874, na cidade de Santa Bárbara do Oeste-SP. Esta Loja não foi fundada por ingleses, mas, sim, por americanos originários do Estado do Alabama, depois de terem emigrado para o Brasil, por ocasião da Guerra Civil nos Estados Unidos da América, esclarecendo o conceito do Rito de York
Os trabalhos do Rito de York são os mais antigos e os mais praticados em todo o mundo. Estima-se que 99,99% dos maçons os pratiquem. Isso porque é o único monitor adotado oficialmente em todas as GLs dos EUA. Há apenas umas 40 Lojas em todo os EUA que adotam outro sistema, entre as quase 40.000 existentes.
A Grande Loja de Londres juntamente com as Grandes Lojas da Escócia e Irlanda, fundadas em 1717, 1725 e 1736, respectivamente, constituem as três mais antigas do mundo.
Conforme a List of Lodge 2011, atualmente, existem 200 Grandes Lojas no mundo, das quais a Grande Loja Unida da Inglaterra e pelo menos 170 possuem tratados de reconhecimento
Existem aproximadamente 50 mil lojas em jurisdições reconhecidas pela Grande Loja Unida da Inglaterra.
O número de maçons na Inglaterra gira em torno de 238 mil, é a maior jurisdição, com 7.945 Lojas.
Em Londres, cerca de 1.648 lojas maçônicas, com 150 mil maçons, aproximadamente.
Nos EUA temos atualmente 1.378.000 membros. Com as Prince Hall, esse número chega a 2 milhões.
É importante frisar que o Rito de York praticado nos Estados Unidos difere do praticado na Inglaterra.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SÃO JORGE - O SANTO GUERREIRO


Fonte: www.casadobruxo.com.br
História
Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.
Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.
Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.
A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.
Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.
Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.
O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.
Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.
Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.
Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.
A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.
A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...
Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.
Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.
As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.
Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.
O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.
A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.

ORAÇÃO de SÃO JORGE
Chagas abertas, Sagrado Coração todo amor e bondade, o sangue do meu senhor Jesus Cristo, no corpo meu se derrame, hoje e sempre.
Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter, para me fazerem mal.
Armas de fogo o meu corpo não o alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem.
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder da sua Santa e divina Graça, a virgem Maria de Nazaré, me cubra com o seu sagrado e divino manto, me protegendo em todas as minhas dores e aflições, e Deus com a sua Divina Misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge, em nome de Deus, em nome de Maria Nazaré, em nome da falange do Divino Espírito Santo, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas anulas defendendo-me com a sua força e como a sua grandeza, do poder dos meus inimigos carnais e espirituais e de todas as suas más influências, e que debaixo das patas do seu fiel ginete, meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós, sem se atreverem a ter um olhar sequer que me possa prejudicar.
Assim seja com o poder de Deus e de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém.

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