segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SOBRE A IMPORTÂNCIA DA INICIAÇÃO (1ª PARTE)

Meu objetivo ao criar este blog foi e sempre será de uma forma clara e objetiva dismistificar os misticismo aos que pouco ou nada sabem sobre esse fantástico caminho de evolução.
Depois de ter recebido convites de "Ordens Maçônicas Mistas das Arábias", "Ordem dos Gregos Atômicos" (Deve ser a Ordem da Formiga Atômica) e venda de conjurações a preços módicos não posso deixar passar a oportunidade de escrever o que aprendi como estudante Rosacruz sobre o significado e a importância das iniciações.

Muito se tem escutado e transmitido sobre este tema ao longo de várias eras, algumas confusões tem gerado é certo, mas também muitas verdades têm sido reveladas; umas transcritas a partir de personalidades que nós acabamos por assimilar e sobrescrever e outras que apesar de influenciadas pelas primeiras são deliberadamente o resultado nosso próprio trabalho interior.
Tal como Dante Alighieri teremos que iniciar a descida ao interior de nós mesmos, ao Inferno das Paixões e dos Vícios com a conseqüente luta contra os nossos próprios demônios culminando na subida em direção a uma luz paradisíaca que apesar de inatingível será sempre um objetivo para além mesmo deste ciclo temporal! Visita Interiora Terrae, Retificando que, Invenies Occultum Lapidem (Visita o interior da terra e, retificando encontrarás a pedra oculta).

A Iniciação é de fato um ponto de viagem na nossa existência neste plano. Nos antigos textos místicos, a Iniciação era tratada como um conjunto de provas que determinavam a capacidade de um jovem atingir a maioridade e as responsabilidades inerentes. As provas passavam pelo campo físico, intelectual, moral e por vezes espiritual no caso de alguns eleitos.

O armar de um cavaleiro era precedido de um conjunto de provas de bravura no campo de batalha que não se resumiam somente ao número de vidas ceifadas ao inimigo, mas há sua postura entre os demais, que lhe garantiam o respeito e a admiração – a honra. Assim como no passado, todos nós temos que vencer os 12 Trabalhos de Hércules se pretendemos aspirar à Imortalidade, que é objetivamente o resultado da Iniciação. A titulo de exemplo prático lanço t rês perguntas que devem ser sentidas no silencio do nosso Ser:

Quantas vezes durante o dia nós ousamos agir de forma correta mesmo com aqueles que não agem corretamente conosco?

Quantas vezes conseguimos resistir aos estímulos destrutivos da mente como a inveja, a cobiça, o ciúme, a raiva, a culpa ou o ressentimento?

Quantas vezes sentimos felicidade na presença de coisas simples: um pôr-do-sol, uma obra de arte, um relacionamento estável?

Temos consciência que a verdadeira Iniciação não é um processo fácil nem igual para todos qualitativamente. Pode durar uma vida inteira, para se ascender ao mesmo que outros apenas necessitam de um pequeno instante! Pode mesmo nunca chegar a manifestar-se. Os misticos de fato, se diferenciam dos demais. São pessoas que na condição de seres humanos bateram à porta do Templo, trouxeram dentro do seu coração a pretensão de ascender a algo superior, à realidade da qual vivemos apenas na sombra.

O desenvolvimento espiritual que se traduz na capacidade de sentirmos a voz interior, com uma intensidade e freqüência cada vez maiores… é e sempre foi o que diferenciou os homens. Já alguém disse: “não há boas nem más pessoas, o que existe são pessoas mais ou menos conscientes, mais ou menos elevadas espiritualmente” – lembrem-se da alegoria da caverna de Platão, e ousem olhar lá para fora! Recuando um pouco na trajetória individual, importa dizer que para iniciarmos o processo de Iniciação é preciso estar preparado, estar vigilante “não colocarás vinho novo em vasilhas velhas” diz na Bíblia, o que quer isto dizer? Que não se consegue implementar novas ideias em mentes cristalizadas e fechadas. Assim, a Iniciação tem que ser preparada com alguma antecedência “abrindo novos caminhos e veredas para o Messias que está para vir”.

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