sábado, 11 de junho de 2011

O SENTIDO DA MORTE


Todo ser humano com o mínimo de consciência crítica em algum momento da vida vai sentir o desejo de saber qual é o sentido da sua existência, do porquê de estar ali com aquela família, com aqueles amigos, o seu círculo de convivência, etc, e o que deve fazer para que a vida seja digna de ser vivida. Em fim questiona-se, qual é o sentido da vida?

Não existe uma resposta concreta para uma questão subjetiva, o mais próximo que cheguei de uma explicação foi que o sentido da vida é viver aprendendo a crescer. É um ponto de vista muito parecido com o dos reencarnacionistas que acreditam que a vida é um processo de aperfeiçoamento e purificação seja do espírito ou dos corpos sutis, isto posto, podemos concluir que a vida é um processo de melhorar a si mesmo através de um conjunto de experiências, tais como, soluções de problemas cotidianos, conclusões que nos farão agir de formas diferentes que melhorarão a vida dos outros, aprenderemos ser mais solidários, melhores pais, melhores mães, terminaremos com conflitos familiares, faremos as pazes com quem nos fez mal, e tudo isso, somado a uma série de outras coisas nos fará pessoas melhores. Passado de um período que varia de 70 a 90 anos deixaremos esse plano de existência, para depois não sei quando nem onde, voltarmos outra vez para viver outras experiências, com outra família, outros amigos e outro círculo de amizade. A frase escrita no túmulo de Benjamin Franklim exemplifica muito bem esse processo “Aqui jaz o corpo de Benjamin Franklin, livreiro, como a capa de um livro velho, despedaçado e despido de seu título e de seus dourados, entregue aos vermes. Mas a obra não está perdida, pois aparecerá mais uma vez, em nova e elegante edição, revista e corrigida pelo autor”. Tudo isso para nos aproximar do Deus de nossa compreensão e um dia retornarmos a Casa Dele, a Grande Morada e sentarmos novamente a Tua Direita lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Se é verdade que vamos ao encontro de Deus por que choramos a partida de alguém? Choramos de saudade, a saudade de não tê-lo mais nas festas de aniversários e outras datas comemorativas. Choramos de saudade pelos abraços que não serão dados novamente, pelas palavras amigas que não mais serão ditas. E pela certeza de que poderíamos ter feito mais, de ser mais, mais amigo, mais compreensivo e mais presente.

No fim de cada encarnação temos um encontro, a tão vilipendiada Dama da Foice com sua incrível habilidade de ser temida sem nunca ter sido vista nos espera para o último adeus, o último abraço que nos levará a uma outra realidade, onde estaremos cara a cara com o resultado de todas as nossas ações, o que fizemos o que deixamos de fazer.

Mas existe um pergunta a qual poucas pessoas se fazem por medo ou dificuldade de aceitação que os impede de questionar qual é o sentido da morte? Um hiato entre duas existências seria uma resposta incompleta, mas não deixa de ser verdade se nos basearmos no fato de não sabermos o que acontece do “outro lado”. Levando em conta o preceito bíblico de que “ao homem é dado conforme as sua obras".

Óh morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o rato e o homem, vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres nos buscar e saiba que na lápide de alguém que dignificou sua vida baseada ensinamentos do Cristo, honrou sua família com fé no Deus de sua compreensão jamais será escrito a seguinte frase; “Morreu sem nunca ter vivido” pois esses conhecem as Leis dos céus, sabem que a vida é muito curta para ser pequena e não pode ser desperdiçada com mesquinharias que não interessam a Deus. Mais uma vez lhe digo, vista-se com a tua mais bela roupa e vem... mas demore a chegar! Mostra-me que a morte é o despertar de um sonho chamado vida, que seu único sentido é mostrar que essa vida deve ser vivida com intensidade apesar das decepções e derrotas do caminho. Que assim seja agora e sempre!

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